Capítulo 29 - Almoço

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Finalmente do dia esperado chegou, levanto cedo vou até o jardim onde acontecerá o evento e faço uma oração entregando a Deus tudo que vai acontecer ali, misteriosamente vem em minha direção um papel voando com a seguinte frase escrita: "GRANDES D...

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Finalmente do dia esperado chegou, levanto cedo vou até o jardim onde acontecerá o evento e faço uma oração entregando a Deus tudo que vai acontecer ali, misteriosamente vem em minha direção um papel voando com a seguinte frase escrita: "GRANDES DECISÕES SERÃO TOMADAS AMANHÃ". Fico olhando para o papel em minhas mãos e olho para o céu. Deus está me pedindo para esperar até amanhã? Será que entendi bem? Penso e vejo as pessoas chegarem para começar organizar, coloco o papel em meu bolso e vou para meu escritório afim de orar mais um pouco preocupada com a maneira que devo conduzir tudo.

Ontem estive um pouco de tempo com Bruno, mesmo ele sendo carinhoso e gentil não me beijou e senti falta disso, sinto falta do Bruno que me assediava e corria atrás de mim, enquanto eu fazia o que sei fazer de melhor, ser uma babaca completa e desastrada.

- Majestade? - uma criada chama-me de meu desvaneio, me fazendo olhar a linda mulata a minha frente.

- Oi Lupita o que houve?

- Chegou esse bilhete do rei para a senhora. - ela me indica o bilhete na bandeja em sua mão.

- Obrigada, pode olhar para mim onde Ana se meteu?

- Elas estão saindo da capela agora nesse exato momento, estávamos lá fazendo um culto matutino, quando um guarda me chamou para lhe trazer esse recado.

- Obrigada mais uma vez Lupita, você vai ajudar a servir não é?

- Sim senhora estou na escala para o almoço.

- Sempre que forem servir quero que o ministro seja servido primeiro e se o rei questionar pode deixar comigo que as defenderei.

- Como a senhora quiser. - diz saindo com um leve sorriso para mim. Meus criados foram escolhidos a dedo por Dolores e louvo a Deus por isso, de todos só um ainda não se converteu, mas já até diz coisas como misericórdia e Deus nos ajude.

Abro o bilhete de meu rei e sorrio boba com as palavras que estão escritas.

"Hoje no almoço onde eu e o primeiro ministro estaremos em seu jardim particular, quero que me peça algo e lhe darei até metade do meu reino. Só não me peça meu coração pois esse já tem dona. A rainha o tomou para ela desde a primeira vez que esbarrou no meu carro."

Ele não assinou, mas também não precisava, são coisas que só ele diria, me sinto melhor em saber que o coração dele se inclina para mim novamente. Estava nervosa, mas o bilhete me acalmou.

- O que lê tão feliz? - Ana questiona entrando.

- Nada não, coisas do Papai do Céu. - digo fazendo ar de mistério e ela revira os olhos.

- Nervosa?

- Não mais, Deus tratou de acalmar meu coração. Mas preciso de um favor seu.

- O que foi?

- Peça que os cozinheiros preparem um cardápio diferente para o banquete de amanhã mesmo horário e lugar.

- Como assim?

- Deus não quer que eu diga hoje e não sei o motivo. Ele manda nós obedecemos.

- Então porque não cancela o de hoje para amanhã?

- Porque Ele não mandou, simples assim. - digo levantando e guardando os dois papeis na gaveta. - Vou me arrumar, você dá o recado a eles por favor? - digo fingindo ser uma pessoa antipática, ela odeia quando faço isso.

- Como quiser majestade. - faz uma reverência torta e eu dou as costas rindo.

No horário combinado os dois homens chegam e brechando pela fresta da porta o ministro olho para o céu pedindo graça para encarar e sorrir para esse homem. Ele tem perseguido meu primo, Jarbas e tramado contra meu povo e meu marido. Minha vontade é de subir na cara dele de tamanco (aquele que não tenho) mais não posso pois sou rainha.

Vou receber os dois e ganho altos elogios do meu marido que são confirmados pelo verme.

- Sejam bem vindos ao meu humilde jardim, preparei tudo com amor e simplicidade como eu sou, espero que não se importem.

- Está tudo digno de uma rainha. - o nojento diz e eu aceito com uma mesura de cabeça e um sorriso contido.

- Você se superou meu amor, está tudo lindo e cheiroso.

- Venham para a mesa, devem estar com fome. - digo guiando eles aos lugares marcados, onde o traste ficaria de frente para mim, não ia tirar os olhos dessa cobra descascada não mesmo.

- Pelo visto hoje passaremos bem rei Bruno, está tudo de um cheiro divino.

- Eu não como desde ontem esperando por esse banquete. - Bruno diz me arrancando um largo sorriso. Eu já disse que o amo? Não eu não disse...

- Então por favor sirvam-se. - faço um gesto para os garçons e para Lupita que acena com a cabeça.

O almoço transcorreu normal, os dois começaram a conversar sobre negócios e eu fiquei fitando meu inimigo número um (embora eu não tenha outro inimigo). Até que Bruno percebe que estou calada e vira-se para mim.

- Recebeu minha missiva?

- Sim majestade. - digo fingindo não ser esposa dele e ele rir.

- Então minha rainha, qual o seu pedido nessa tarde? - olho para ele e para o ministro que estão atentos a mim, esperam que eu peça uma joia ou um cavalo, ou seja lá o que for que eles pensam que eu quero, até que ouvem...

- Meu pedido nessa tarde é que amanhã nesse mesmo horário os dois cavalheiros venham almoçar comigo novamente.

- Amanhã é meu aniversário e estarei dando uma festa a noite majestade. - o ministro olha para Bruno achando estranho meu pedido.

- Se minha rainha quer que venhamos almoçar com ela amanhã, assim será, estarei viajando daqui a pouco, mas volto nessa madrugada e estarei aqui amanhã, então você me diz o que deseja ganhar do seu rei combinado? - ele fala me fitando com um lindo sorriso.

- Como meu rei quiser. - digo com cara de santa (a santa que não sou kkkk)

- Posso ajeitar os horários e vir também, um pedido especial da rainha, torna-se para mim um presente de aniversário. - o falso diz.

- Pois estamos combinados, os dois homens mais importantes do país no meu jardim amanhã novamente. - digo pensando que seria agora a hora perfeita de matar o ministro com minha faca de sobremesa.

Vejo eles dois saírem, Bruno estava atrasado para pegar o voo e o outro para ir destilar veneno por aí. Dou as ordens de amanhã com vontade de mandar botar veneno na comida dele, mas me contenho lembrando que sou cristã e que Deus está no comando dessa operação e não eu.

- Obrigada meu Pai por me dar a graça necessária para aturar esse estorvo em minha casa. - digo alto olhando para o céu.

Ninguém explica DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora