Velhos conhecidos

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O dia estava lindo lá fora

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O dia estava lindo lá fora. Os pássaros cantavam pela manhã e o céu estava de um azul muito puro. A luz do sol que entrava pela janela batia na madeira e dava um tom levemente alaranjado ao quarto. Fazia tempo que Dipper não acordava com tanta disposição tão cedo.

Ele não era do tipo que gostava de cantar, mas parecia impossível não fazer isso nessa manhã enquanto escovava os dentes e trocava de roupa. Voltou ao quarto e pegou o seu boné de costume, pronto para descer as escadas. Não sabia que horas eram, mas deviam ser nove e pouco. O fato de Mabel já ter descido era um pouco incomum, pois geralmente ele acordava com ela fazendo barulho por ali.

Dipper sentou-se na cama e começou a pensar em todos os modos que ele já havia acordado na cabana por causa de sua irmã. Às vezes ela estava cantando no banheiro enquanto escovava os cabelos, outras vezes simplesmente abria e fechava gavetas até ele acordar para reclamar. Houve até uma vez em que ela tropeçou no quarto e Dipper acordou com ela xingando, e uma em que suas amigas sentaram em cima dele sem querer. Agora ele estava rindo, mas lembrava-se de ter ficado muito bravo.

O que será que ele podia fazer hoje? Se o tivô Ford estivesse ali poderia até pensar em jogar Masmorras, Masmorras e mais Masmorras, mas ninguém fora ele curtia o jogo. Não tinha importância. Com o tempo que estava fazendo, uma atividade ao ar livre como ir à piscina ou até jogar minigolfe parecia perfeita. Dipper só não queria era ir pescar, de jeito nenhum. Só o Stan mesmo pra gostar de ficar parado em um barco por um século esperando um peixe morder a isca.

Num humor quase tão bom quanto o de Dipper, Mabel entrou com tudo no quarto justo quando ele estava saindo.

— Oi, Dipper! Hoje a gente vai entregar aqueles folhetos, lembra?

— Nossa, já? — o garoto espantou-se, quase automaticamente decepcionado. Tinha esquecido completamente de Will e seus cartazes, e tinha a esperança de fazer alguma coisa que estivesse com vontade hoje.

— Ah, é mesmo. — Mabel revirou os olhos e ajeitou os folhetos que carregava, ressentida. — Esqueci que você considera o Will um monstro ou algo assim. — Quando virou para o outro lado, no entanto, os dois se olharam ao mesmo tempo no espelho grande encostado na parede do quarto. A distância entre eles parecia maior que o normal, e o semblante de ambos era triste. A cena inteira parecia deprimente.

Tudo pareceu perder o sentido. Por que, afinal, estavam brigando? Eles costumavam se dar tão bem. Dipper suspirou. Era sempre uma droga quando estavam brigados, porque toda vez que encontrava alguma coisa legal ou pensava num comentário divertido se lembrava de que não estavam se falando e Mabel o ignoraria.

— Mabel... A gente tá brigando por uma coisa tão estúpida, né?

A menina encarou o irmão, meio triste.

— É verdade. Desde quando a gente guarda rancor desse jeito?

Ele deu uma risada desajeitada.

Ele é WillOnde histórias criam vida. Descubra agora