Depois de se despedir do tivô Ford, Dipper começou a rir. Sim, Wendy... Aquela conversa que eles tinham acabado de ter era por causa dela. Com certeza.
Falando em Wendy, ela estava na frente de uma barraca que parecia interessante. Ele se aproximou para dar uma olhada.
— E aí, Dipper, tá ligado neste novo jogo? — falou ela, feliz com a chegada do amigo. — Ele se chama "Gaste Dinheiro Nessa Barraca Imbecil". Quer uma bola?
Dipper observou uma mesa no centro da barraca, com uma pilha de latas equilibradas sobre ela. Os prêmios pendurados em volta eram os mais diversos, de todas as cores e tamanhos. Foi quando ele olhou para a vendedora da barraca e percebeu que não era ninguém mais, ninguém menos que sua irmã.
— Mabel, o que você está fazendo aí? — disse, surpreso.
— Você esqueceu? — ela estava mal-humorada pela primeira vez em muito tempo. — Temos que tomar conta de uma barraca este ano.
— Eu achava que o tivô Stan tinha desistido da ideia.
— Pois é, eu também.
Wendy estendeu uma bola pequena e colorida para Dipper.
— Vamos lá, tenta uma vez.
Ao pegar a bola, ele percebeu que ela era muito leve, como as de piscina de bolinha. Não era preciso ser um gênio para saber que aquilo era uma furada.
— Você tá de brincadeira. Isso não derruba nem um castelo de cartas.
— Está dizendo que não consegue? — Wendy olhou pra ele com um olhar desafiador.
— Sim, e provavelmente mais ninguém.
— Shh, shhh — disse Wendy, tentando fazer o garoto se focar. — Não questiona, só tenta.
Ainda que cético, ele entrou na brincadeira. Pegou impulso e atirou a bola com a maior força possível sobre a pilha de latas, mas ela era tão leve que, com uma brisa suave, mudou de direção e foi parar na cara de Wendy.
— Ai! Que droga, me acertou! — protestou ela.
— Ah, me desculpa! — desesperou-se Dipper. Não era possível, o olho da Wendy atraía bolas de brinquedo, era a única explicação.
— Estou brincando. — Wendy riu, mostrando seu rosto intacto. — Isso aqui não machuca ninguém.
— Ufa. — Dipper recuperou-se do susto. — Ainda bem.
Ele olhou novamente para a barraca com a pilha de latas, os prêmios perfeitos e a bola murcha.
— Stan. Uma atração honesta, será que é pedir demais?
Assim que disse isso, os três ouviram a voz do dito cujo em um tom robótico vindo de outra barraca a alguns metros de distância.
— Seus moleques. Larguem a barraca. Aqui não é a casa da mãe Joana.
Surpresos, os garotos vândalos largaram o canetão que estavam usando para riscar a barraca e saíram correndo.
— Não. Voltem mais. Aqui.
Escondido atrás de um arbusto, o Stan verdadeiro observava seu sósia com um grande sorriso no rosto.
De uma maneira bizarra, a estratégia do robô estava funcionando. As pessoas ficavam tão surpresas ao perceber que aquele homem esquisito era um robô que se assustavam e iam embora.
Bem, quase todas as pessoas. Havia um homem e uma mulher que chegaram perto, curiosos. A mulher olhou para os lados e acabou avistando Stan.
— Oi, com licença. O senhor é responsável por este robô? — Ela se aproximou.
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Ele é Will
Fanfic"Você vai ter que escolher um nome por enquanto. Como gostaria de ser chamado? Todos olharam para o garoto, esperando uma resposta. - Nunca pensei nisso... É... Que tal Will?" Em algum lugar, perdido na infinita dimensão do campo da mente, Bill Ciph...