CAPÍTULO 12 - OLHOS NO FUTURO

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O gosto da força vital dos terráqueos era viciante. Globular percebeu depois que não conseguiu passar três dias inteiros sem se alimentar de alguém.

E agora, embora já tivesse um satisfatório pequeno grupo de servos, ele se alimentava porque o gosto daqueles seres era realmente maravilhoso — isso quando escolhidos corretamente: tinha que ser aqueles das mais altas castas, aqueles que nunca haviam sofrido durante sua vida e tinha a doçura da ganância em seus âmagos.

Imponente e altivo como sempre, se permitindo a graça de permanecer em sua forma original, Globular estava no meio da densa floresta assistindo enquanto seus servos semimortos seguiam suas ordens — ele já notara que os rastros de sua glória estavam se espalhando como abelhas Galderianas famintas pelos canais de comunicação, e precisava se manter escondido enquanto não alcançava seu objetivo.

Agora, os servos desmontavam aparelhos eletrônicos para que ele pudesse montar o sinalizador — um trabalho difícil já que aquele planeta estava longe de conseguir atingir o avanço da tecnologia vinda de fora daquele sistema solar, e também porque os servos zumbis tinham os movimentos muito lentos, e como grande Imperador que viria a ser, Globular sabia que não deveria colocar a mão no trabalho ou seria mal interpretado. Então, ele ficava lá, olhos atentos vigiando enquanto seguiam as ordens que ele os dava.

— Se apressem meus odiados servos! — Ele disse em voz alta, abrindo os braços e levantando a cabeça. — Não podemos atrasar o meu domínio sobre esse planeta fértil. Logo eu dizimarei todos os habitantes desse planeta, e elevarei esse mundo à glória interplanetária!

Os servos zumbis murmuraram em concordância com o mestre — já que não podiam falar — e Globular até sentiu um pouco de falta da tagarelice de seus homens. Mas ele sabia que não demoraria para reencontrá-los!

SUPER-KATY: QUEBRANDO TUDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora