CAPÍTULO 22 - O CHAMADO

36 12 7
                                    


Era tudo o que Globular precisava.

Naquela tarde, depois que deu uma surra em Atyori Argent, ele seguiu de volta ao seu refúgio com seus semimortos e os ordenou que saíssem do caminho enquanto ele seguia até o seu projeto de sinalizador.

Por um segundo ele até cogitou ir atrás de Atyori e acabar com ela e com o terráqueo que estava a ajudando, mas quando deu uma olhada para o sinalizador que ela montara ele percebeu que não precisaria se esforçar mais — não que fosse um esforço acabar com uma patrulheira fracote qualquer.

Globular então abriu a caixa de metal sem o mínimo esforço e sem que o precisasse desligar, ele modificou alguns fios para refazer a assinatura e o conectou ao sinalizador que os semimortos estavam há dias tentando construir.

Ele suspirou quando sentiu o sinal modificando, subindo em direção ao céu e se perdendo entre as nuvens.

Ele urrou de prazer quando as grandes naves da sua frota começaram a entrar no planeta e interromper o brilho do sol que chegava a terra.

Mais do que nunca Globular sentiu que aquele planeta seria seu.

Uma nave de reconhecimento saiu pela abertura traseira da nave mãe e desceu até o lugar onde o sinalizador ainda estava ligado a todo vapor. Quando a nave pousou e três dos seus homens mais fiéis desceram em seus trajes acinzentados que imitavam a cor da sua pele, Globular levantou as mãos e permitiu que os semimortos finalmente alcançassem o descanso eterno.

— Mestre! — Disse o homem na frente se ajoelhando e sendo imitado pelos outros, como todos os outros globularianos, ele tinha a pele azul-clara e cabelos lisos escuros. — Nos perdoe pela demora, depois que atingimos a nave da Patrulha Galáctica acabamos perdendo vosso sinal.

— Nós temos o procurado por todos os planetas desse sistema solar. — Completou o homem à direita.

Globular caminhou até eles com sua postura altiva de sempre, as mãos para trás do corpo e sua cabeça erguida sem que ele a abaixasse nem mesmo para olhar os servos curvados em sua frente.

— Agssain, Klarc, Dongton... Olhem ao redor, o que acham do planeta em que estamos? — Ele questionou, sem deixar evidente o que realmente queria dizer.

Os homens pareceram confusos, sem ficar de pé eles começaram a olhar envolta: para as árvores grandes e verdes, o terreno enlameado e os corpos ressecados sobre ele, e logo atrás a pilha de metal retorcido que formava o sinalizador.

— Parece uma confusão, senhor — respondeu baixo Agssain. — Nos desculpe tê-lo deixado sozinho nesse lixão.

— Não é um lixão, Agssain, muito pelo contrário. — Globular abriu um grande sorriso. — Esse planeta tem mais potencial do que você imagina, ele tem força, tem alimento, e eu o quero para mim.

Ele começou a andar em direção a nave de reconhecimento e os homens ficaram de pé, logo o seguindo.

— Me arrumem um traje e digam para que os homens comam, bebam e se preparem. Logo eu me tornarei o imperador desse planeta!

SUPER-KATY: QUEBRANDO TUDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora