▶Prólogo◀

834 40 9
                                    



Eu inalo o ar fresco da primavera quando começo minha caminhada para casa do supermercado onde trabalho. O cheiro de umidade paira no ar e pequenas manchas de neve são tudo o que resta da última tempestade na semana passada. O cascalho é triturado sob meus pés, enquanto eu ando no acostamento da única estrada que atravessa a pequena cidade. Eu moro com minha mãe em uma pequena casa na extremidade mais distante da cidade. A pequena casa fica ao lado do Lago Lyn, a cidade se chama Brocelind . Por todos os dias dos meus vinte e dois anos, temos vivido neste pedaço de merda. Está dilapidado e caindo aos pedaços, mas é tudo o que podemos pagar, então eu não reclamo. Faço o melhor que posso com nossa situação.

Mais uma vez, eu chuto o cascalho ao lado da estrada rural que leva ao lago e ao nosso pequeno pedaço de lar destruído. Está escuro aqui fora, na calada da noite, mas a lua brilha tanto que torna a estrada facilmente visível. Eu sigo pelo acostamento, pelo cascalho e fora da estrada. Não é incomum não ver um único carro me ultrapassar no caminho para casa. É, no entanto, incomum ver as luzes de um carro da polícia.

Meu coração começa a bombear descontroladamente quando eu vejo as luzes na entrada de cascalho que leva a nossa casa, e os meus pés disparam em uma corrida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu coração começa a bombear descontroladamente quando eu vejo as luzes na entrada de cascalho que leva a nossa casa, e os meus pés disparam em uma corrida. Tropeçando algumas vezes nas pedras, eu me aproximo de casa e ouço meu nome sendo chamado.

— Clarissa! — É Praetor Scott, o proprietário do terreno. — Clarissa! — Ele grita novamente. É difícil acreditar que alguém realmente possui e aluga o pedaço de merda em que vivemos, mas ele sempre foi bom para nós e brando quando não pagamos o aluguel em dia.

— Qual o problema? — Pergunto enquanto me aproximo sem fôlego. Meus olhos se fixam na casa que estar destruída e toda preta e com fumaça saindo da porta e janelas.

— É a sua mãe. — Praetor me diz, balançando a cabeça. — Quando eu liguei ela não respondeu, Não é do feitio dela, Clary. — Ele olha para a casa em péssimo estado. – Então eu vim aqui. A casa estava em chamas, então eu sai do carro rápido já discando o número do bombeiro. Sai a procura de sua mãe achei que ela ainda estava dentro da cada. hum, a vi deitada no chão na entrada. — Praetor está visivelmente perturbado quando passa a mão trêmula por seu cabelo grisalho claro e fecha os olhos brevemente.

Praetor Scott tem sido como um amigo para mim. Ele é brando e cortês, mas rígido. Alto e forte, e nada o perturba. Até agora.

Um policial passa a fita amarela que indica cena de crime em torno da casa, e eu passo por ele quando ele começa a gritar para eu parar. Eu corro para frente, e aí está minha linda mãe. Na grama seca. Em uma poça de sangue. Um revólver preto ao seu lado.

— Não, não, não! — Eu grito. — Mamãe, não... — Eu ofego enquanto me ajoelho ao lado dela. O sangue está secando em seu cabelo emaranhado. Ele molha meus joelhos, e eu noto que o sangue começou a engrossar e apresentar uma consistência gelatinosa no chão. Eu a puxo para meu colo e a abraço. Eu a abraço e grito. Eu grito por ela. Eu grito por mim. Eu grito por quão injusta a vida tem sido para nós.

You found me ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora