▶Nove◀

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Agora eu corro com meus lobos
Danço ao redor do fogo
Bem nos olhos vejo os monstros
Que insistem em me encarar

Jão - Monstros

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Uma coisa que eu aprendi nesse negócio é: Não confie em ninguém. Então, eu não deveria ter me surpreendido quando Jordan entrou na minha casa que servia como esconderijo na Sunset Drive, e eu vejo a cabeça de George através de uma janela escurecida de uma BMW. Nenhum dos meus homens dirigiam BMWs.

— Chefe. — Jordan salta em atenção quando vê o que eu já notei.

— Continue dirigindo. Ele não sabe deste carro, ele não vai nos reconhecer. — Eu aconselho Jordan. — Enquanto ultrapassa, dê uma boa olhada e veja se consegue identificar com quem ele está falando.

— Sim senhor. — Jordan continua dirigindo, parecendo como se pertencesse ao bairro com sua caminhonete, e eu me encosto contra o meu banco, esperando passar despercebido. — Eu não posso ter certeza chefe, mas não se parece com alguém que está em nosso radar. Tenho certeza de que eram negros.

— Foda-se! — Eu gritei e soquei o painel de sua nova picape.

— Quer que eu lide com isso? — Ele faz uma curva à direita em direção a outra rua.

— Encoste. — Eu resmungo. Estou muito chateado que George poderia estar comprometendo meus negócios com uma potencial gangue de rua.

Jordan para no meio-fio, e nós ficamos sentados calmamente enquanto penso no que fazer.

— Quem nós temos de olho em Sunset? — Eu corro mentalmente através da lista de meus homens que estão trabalhando.

— Era Matt, mas agora é George .

— Então, ele está sozinho?

— Sim. Matt está transferindo bens hoje. — Por "bens", ele quer dizer drogas, pessoas. Meu negócio, minha vida. Porque eu sou um ser humano nojento da porra. Eu sou melhor do que isso, ainda que esteja aqui.

— Ok. Retorne.

Jordan vira a caminhonete e faz uma curva em U acentuada. O vento fica mais forte e relâmpagos cortam o céu escuro enquanto nós voltamos para Sunset Drive e para o meu refúgio.

— Qual é o plano, chefe?

A BMW se foi, e não há mais sinal de George.

— Estacione e fique aqui. Eu vou para dentro. — E vou descobrir o que diabos está acontecendo.

Ele balança a cabeça e estaciona a caminhonete na rua. Pego meu celular e minha arma, e entro pela porta da frente, que está aberta. George está de pé no interior, no telefone. Eu vou até a sala ao lado para que ele não possa me ver, e escuto sua conversa. O que eu ouço me deixa furioso.

Sem pensar, bato com força a porta atrás de mim.

— George!

Ele deixa cair o telefone.

— Jonathan! — Ele olha a arma na minha mão direita.

— Desligue. — Eu aceno em direção ao telefone no chão.

Ele engole em seco e se abaixa para pegar o telefone, colocando-o no bolso.

— Não tão rápido. Me entregue.

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