▶Dezesseis◀

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Você e eu, nós temos que deixar o outro ir
Continuamos esperando, mas nós dois sabemos
O que parecia ser uma boa ideia se transformou em um campo de batalha

Lea Michele - Battlefield

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— Jace. — Ela sussurra baixinho, correndo os dedos em toda a bela caixa. — O que é isso? — Ela morde o lábio, e eu posso ver que o seu coração está disparado pelo pulso da veia em seu pescoço.

Posso dizer a verdade? A verdade que eu preciso dela tanto quanto ela precisa de mim? A verdade que eu não quero viver sem ela? A verdade que ela é a única coisa boa na minha vida?

A verdade que eu a amo?

— Porque você ficou. — Eu finalmente digo. — Você me amou o suficiente para ficar. Você não sabe o que isso significa para mim. — Eu estendo a mão e escovo um fio de cabelo fora do seu rosto, colocando-o atrás da orelha. Ela se encolhe com o meu toque e se afasta um pouco, mas eu vejo lágrimas em seus olhos, um sinal de conflito.

Meu sorriso vacila.

— Se você não gostou, eu posso devolvê-lo.

— Não. — Ela diz rapidamente, puxando a corrente da caixa. — Eu amei, mas você não tem que fazer isso.

— Eu quero. — Eu faria qualquer coisa para você.

Ela solta o fecho e passa por trás de seu pescoço. Faz uma volta e retira a corrente de seus dedos, prendendo o fecho e ajeitando o cabelo. O colar cai perfeitamente em seu peito.

— Clary. — Eu puxo o queixo dela para cima, para que ela possa me olhar nos olhos. — Me mata ouvir dizer que você não tem ninguém. Você sempre terá a mim. Você nunca vai estar sozinha ou perdida novamente. Eu não sei se acredito em destino, mas algo nos reuniu naquele hotel. Dei uma olhada em você e sabia que precisávamos um do outro.

Lágrimas caem de seus olhos, e ela as limpa.

Antes de ficar muito nervoso eu digo a ela:

— Eu te amo Clary. — Então ela se joga em meus braços e soluça no meu peito. Eu nunca fui bom em confortar ninguém, mas se eu pudesse tirar toda a sua dor, eu faria.

Ela se agarra a mim como se ela não acreditasse no que eu disse.

— Jace. — Ela gagueja entre as respirações. — Antes de dizer qualquer outra coisa, eu preciso que você seja honesto comigo. — Ela desliza a mão na minha e me puxa para o sofá na sala de estar. Ela se senta, mas coloca um pouco de distância entre nós. Eu observo seus ombros caídos e os punhos apertados em seu colo.

— O que está acontecendo Clary?

— Você vai me machucar? — Seu queixo treme.

— Nunca. — Eu a cortei. — Por que você ainda me pergunta isso?

— A foto.

Merda. Eu engulo em seco.

— Que foto Clary? — Eu jogo, é estúpido de minha parte, mas eu faço. Ela viu a foto do caralho, porra.

— A foto minha no seu computador. E do meu pai e minha mãe morta. Por que você tem elas Jace? O que você está fazendo com elas? — Sua voz treme.

Espere o que? Eu vi sua foto. Mas foi isso.

— O que você está falando? Fotos de sua mãe e pai? Eu não tenho fotos de seus pais Clary. Eu nem sei quem são seus pais.

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