▶Sete◀

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Diga-me como viver neste mundo
Diga-me como respirar e não sentir dor
Diga-me, porque eu acredito em algo
Eu acredito em nós

James Bay- Us

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Eu desvio meu Vmotion 0.2 para o lado na tranquila rua do bairro e estaciono sob uma árvore. Meu carro se destaca em um bairro como este. Cada casa nesta rua tem essencialmente o mesmo desenho, todas com paredes marrons e com telhados vermelhos. Tiro a minha Glock do console central e enfio no cós de trás da minha calça, fora de vista. Eu faço uma varredura da rua na minha frente e atrás de mim através do espelho retrovisor antes de sair rapidamente do meu veículo e caminho pela rua para uma das minhas casas de esconderijo.

Esta casa está sendo usada para armazenar cerca de um milhão de dólares de maconha. Eu raramente faço uma aparição nas casas. Isso geralmente é deixado para o meu pai e seu pessoal, mas, infelizmente, aqui estou eu. Porra. Limpo uma gota de suor que está escorrendo pela minha têmpora. Puxando o telefone do meu bolso, eu pressiono o número de um dos guardas maconheiros para alertá-lo da minha chegada.

Bato em silêncio, e Matthias responde.

— Hola. — Ele abre rapidamente a fechadura da porta de segurança de aço, e eu entro. O cheiro pútrido da maconha empacotada atinge instantaneamente meus sentidos e eu estremeço interiormente. Alguns gostam do cheiro – eu, eu odeio.

— Kush? — Pergunto enquanto verifico pacote após pacote de maconha premium. Eu sei a resposta, mas eu preciso verificar. Nós importamos apenas o melhor, sempre. O que torna o nosso produto muito procurado, em comparação com a merda dos nossos concorrentes.

— Si. —Matthias balança a cabeça, a cicatriz na testa aprofundado sua carranca.

Eu coloco minhas mãos em meus quadris.

— Eu não gosto de tudo isso em um único local. Diga para Kirk levar metade para a casa na Sunset esta noite.

— Sim, senhor. — Ele hesita, então acrescenta: — E, enquanto você está aqui, eu queria que você soubesse que temos um pequeno problema com um dos nossos caras...

— Quem? — Eu rosno para Matthias. Minha paciência em lidar com questões do pessoal está se esgotando.

— George.

— O que tem ele?

— Ele está, ahh... mexendo nas mercadorias na casa em Wheeler.

— Merda. — Eu esfrego minhas mãos sobre o meu rosto. Logo hoje. — Não temos ninguém que possa substituí-lo? — Minha mente corre para contar os homens que temos que não estão na cadeia.

— Não. Todo mundo ainda está preso.

— Merda. Ok, eu vou lidar com George. Faça com que a metade disso seja transportado hoje à noite. Quaisquer outras atualizações? Vizinhos curiosos? Qualquer outra coisa que eu precise estar ciente? — Eu estou pronto para dar o fora daqui. Minha Glock está cavando um buraco nas minhas costas.

— Nah, tudo tem estado tranquilo. Até agora, está tudo bem. — Matthias enfia as mãos nos bolsos da frente.

— Bom. Não temos espaço para cagadas, Matthias. Estou falando sério.

Ele balança a cabeça respeitosamente.

— Sim senhor.

Eu bato a minha mão no ombro de Matthias como um gesto de adeus. Na porta, espio pelo olho mágico para me certificar de que ninguém está lá fora antes de deslizar de volta para a noite seca. Duas meninas passam por mim sorrindo em suas bicicletas, e eu sinto uma pitada de culpa, sabendo que eu trouxe minhas coisas até sua vizinhança, um bairro onde elas devem se sentir seguras, mas a qualquer momento poderia virar uma zona de guerra maldita com um dos nossos concorrentes ou os federais. Eu engulo a raiva de mim mesmo por trazer isso ao seu mundo.

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