Gael West é um homem abalado pela trágica perda da sua amada esposa, Olivia Thompson que infelizmente morreu num fatídico acidente. Gael, como qualquer viúvo, não se encontrava preparado para lidar com a ausência de Olívia em sua vida, tão pouco olh...
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GAEL WEST
Estou até agora à espera de Letícia, já que na hora H, minha filha decidiu aparecer aos prantos na porta do escritório. Bem conveniente, não?
O certo é que ainda fiz um jogo de sedução afim de convencer a minha morena de não abandonar aquilo que mal estava só começando. Foi inevitável, a teimosa me deixou na vontade e com uma réstia de ardência e tesão avassalador apenas para atender a carência de uma criança.
Enquanto ela não voltava, fui até ao quarto. Lá eu aproveitei para tomar um duche e aquietar o tesão bruto que se instalou a valer em meu corpo, vesti uma calça moletom seda negra e depois aproveitei para descer até ao andar inferior.
Tornei a esperar por Letícia na sala enquanto me servia com uma dose de bourbon. Em todo o tempo correu a expectativa de que a qualquer hora ela ia aparecer lá do alto da escada sorrindo para mim. Só que isso nunca aconteceu.
Estou quase perdendo a paciência. Na verdade para quem me conhece, sabe que não sou conhecido por ser paciente e o fato é que esta demora estava me aborrecendo para lá do aceitável.
Uma vez mais olhei na penumbra da noite as horas no relógio digital de parede. Pouco vi que passavam das 00:00.
Será que Letícia ponderou bem e aproveitou o fato de April precisar dela para escapar de mim? Mulher para dar o pé na bunda é ela e talvez por isso nem seja tão má ideia, eu agarrar em minhas próprias pernas e ir ver o que a impede de me reencontrar.
Num pulo tornei a subir a escadaria. O corredor está vazio, não há ninguém à vista para furar meus planos, também se houver, eu cá estou pronto para me virar.
Mais uns passos e a porta do quarto que é suposto ser para Letícia, está entreaberta. Um sorriso se forma em minha boca. Gosto da sensação de que estou prestes a fazer uma coisa proibida. Uma adrenalina envolvida ao tesao, invade todas as juntas do meu corpo.
Secretamente olhei por cima do ombro. O silêncio que se instalou às vezes não é confiável. Não penso muito, pensar as vezes não é viável. Então acabo agindo pelo impulso, empurro a porta para lá e ja estou dentro, lugar do qual ninguém há-de me tirar. Com cautela torno a empurrar a porta para lá, a fecho no trinco, quero garantir a eficácia de nossa privacidade.
— Letícia? - a chamei ao olhar em volta.
Ela não me deu resposta, tudo o que pude ouvir foi o som da água correndo no duche. Um sorriso safado baila em meus lábios. Sei exatamente onde encontrar Letícia.
Ela está exatamente como a imagino em meus sonhos. Linda, perfeita e única. Está de costas cantarolando uma música qualquer que tenho a certeza já a ter escutado em algum lugar. Ela canta bem, tem uma voz melodiosa, é perfeita e eu gosto de ouvi-la cantar.
Letícia está tão distraída que nem sequer se apercebe da minha presença. Isso me diverte, excita. Leva a loucura e não consigo compreender, como tal efeito pode ser tão automático, tão irreverente em tão pouco tempo.
