Capítulo 19

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Há pais por todo o lado assistindo a pequena peça de teatro organizada pelos docentes do colégio para celebrar o dia dos pais.

As crianças estão eufóricas exibindo seus sorrisos e espalhando alegria. Joyce e John também estão presentes. Eles adoram mimar os netos e fazer parte de quase todos os eventos da vida deles. São uns avós babados, como costuma falar Jodi.

— Vovó eu vou ser a próxima a subir no palco! - April não cansou de dizer. A avó lhe sorri e afaga seus cabelos cheia de ternura.

— Estou ansiosa para ver minha pequena artista! - ela piscou o olho para mim. — John você não esqueceu a máquina de última geração, não é? - seu olhar agora está no marido.

Ele procura pela pequena bolsa preta que tem pregado na volta do pescoço. A pega e imediatamente a faz agitar no ar.

— Não ia falhar o melhor momento da festa! - ele ri. É um homem com um humor.

Barulho chega do palco. É a diretora do colégio chamando atenção de todos os participantes da festa. Ela dá as boas vindas e agradece pela presença de todos os pais que a ovacionam entusiastas. Em seguida dá sequência ao grupo seguinte. O mesmo do qual April faz parte e pelo qual sei que estar toda empolgada. Ela é a protagonista.

— Boa sorte, meu amor! - eu lhe disse ao beijar sua bochecha.

Camille chegou por trás e agachando à altura da menina, tomou as maçãs do seu rosto nas mãos. Olha nos olhos dela, sorri cheia de encanto e lhe diz qualquer coisa no ouvido. April assente com a cabeça e sai de mão dada com sua amiga Amira.

— Joyce! - Camille se dirige agora à mãe de Gael. A mesma se voltou para ela e a cumprimentando com dois beijos nada afetados na bochecha. — Tem tanto tempo que não a vejo!

— É verdade, minha querida! Bastante tempo mesmo e que sinto que teremos que combinar de almoçar juntas qualquer hora dessas e colocar o papo em dia... - elas trocam olhares cúmplices. Tocam nas mãos uma da outra. — Sua Amira está cada dia mais bonita! - Camille olha na direção da filha. Sorri orgulhosa. Depois volta os olhos a Joyce nunca perdendo de vista o sorriso sínico que ela tem.

— Está sim, Amira é meu maior orgulho! - ambas riem um pouco. — Quanto ao almoço vou providenciar para que seja para breve!

— Vai começar! - John avisou.

Olhei para o palco. A peça de teatro do qual April protagoniza está começando com a abertura de um cenário de floresta.

Observo-a atenta, acompanho todos os passos e falas que April vai dando. Ela sorri, está segura em seu papel. Espalha alegria e exala harmonia. É boa no que faz. É de alma e coração que está abrindo seu mundo de fantasia.

Às minhas costas eu pude ter a sensação de que mais alguém acabou de se juntar a nós. Há notas de um perfume importado masculino que não sei de onde lembro já ter sentido. Não olho para trás, estou vincada em ver minha doce menina dar tudo de si lá no palco.

— É um verdadeira artista! - ouvi alguém dizer. A pessoa não está longe da verdade. April é ouro em bruto.

Quando a teça termina, todos soltam aplausos. April se curva para agradecer igual uma verdadeira artista, depois sai correndo do palco. Eu abri meus braços para a receber, mas ela me surpreendeu ao correr de encontro aos braços de outro alguém.

— Ena! - uma voz masculina exclamou, quando recebeu de impacto o aperto da menina. — Gostei muito do seu papel, princesa!

— Mesmo de verdade, titio Gus? - April afastou a cabeça do musculoso corpo. Está olhando para cima afim de encontrar os olhos do tio. A mão do homem está nos cabelos da pequena. Prende-lhe mechas atrás da orelha.

Herança do Amor - BOOK NOVA VERSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora