Capítulo 14

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Ouvir aquele nome fez meu estômago revirar. Eu repentinamente tive um mau pressentimento e esperei minha mãe sentar-se próxima à mim, antes de realmente começar a prestar atenção nela.

- Eu não sei o que foi que ele te disse quando vocês terminaram - ela começou e eu engoli em seco, tendo vontade de interrompê-la para dizer o quão magoada ele tinha me deixado por não esclarecer os motivos de sua decisão -, e eu deveria ter conversado com você sobre isso...

- Eu estou bem - eu disse, sendo sincera. - Eu... Aceitei a decisão dele.

De certa forma, fora isso mesmo o que havia acontecido. Minha mãe balançou a cabeça positivamente, compreensiva.

- Bom, eu o vi hoje, falei com ele - ela explicou -, e ele não queria que eu te dissesse nada a respeito...

- Do quê? - eu quis saber. Não havia razão para ela adiar tanto o assunto.

- Minseok está no hospital - ela finalmente soltou. - Eu não sei o que foi que ele te disse, mas ele está doente.

A partir daí, eu não ouvi mais nada. As únicas palavras que invadiram a minha mente foram aquelas enviadas numa das mensagens de Minseok. "Me desculpe por ser um fraco que não consegue contar a verdade". O que diabos ele tinha na cabeça para me esconder isso? Há quanto tempo ele o estava fazendo?

Fui invadida por muitas dúvidas e lembranças e não consegui voltar a prestar atenção em minha mãe até o momento em que ela me prendeu pelos ombros, sabendo que eu não estava nada bem.

- Filha, não importa o que aconteceu - ela disse, olhando seriamente para mim -, ele tentou te poupar de alguma forma, ele ainda gosta de você.

E meu coração respondeu batendo de maneira intensa e rápida. Minha mãe estava dizendo aquilo para me confortar, pois sabia o quanto Minseok e eu éramos felizes juntos. Ela viu a minha tristeza quando terminamos e recordava-se bem da alegria quando havíamos começado o namoro. Ela não estava fazendo por mal e, realmente, teria sido melhor que tivéssemos ido ao escritório para ter essa conversa, já que Baekhyun apenas me encarava sem expressão alguma.

- Você pode ir ao hospital para vê-lo, se quiser - minha mãe falou e eu neguei com um aceno de cabeça, tentando me livrar das mãos dela, que me impediam de sair correndo. - Você deveria...

- Eu... Eu não sei, mãe - respondi, sentindo vontade de chorar. Estava nervosa e decepcionada, surpresa e triste ao mesmo tempo. Era como se Minseok tivesse decidido por mim e desacreditado no que eu sentia. Como se eu pudesse me tornar um estorvo na vida dele e ele na minha.

Abaixei a cabeça, tentando esconder o choro e minha mãe afrouxou as mãos, deixando-me livre. Levantei-me, sem coragem de olhar para meu primo e rumei até a escada, pisando com pressa nos degraus. Ouvi meu irmão chamar por meu nome quando passei em frente ao seu quarto, que estava com a porta aberta, mas não pude parar para atendê-lo. Entrei no meu quarto e fechei a porta, jogando-me sobre a cama como uma criança que acabou de receber um castigo por se comportar mal. Como no dia em que o telefonema de Minseok me deixou arrasada. "Eu quero terminar... Não complique as coisas..."

Não se tratava de complicar, na verdade, nenhum de nós dois estava tomando a decisão correta num momento como aquele: ele por estar fugindo e eu por não ter insistido mais.

Embora eu soubesse que isso deveria ser posto de lado e que eu deveria juntar forças para ir vê-lo, como minha mãe havia me aconselhado, não conseguia não me sentir machucada. Eu nem ao menos sabia o que ele tinha, mas o tom de voz usado por minha mãe deixou bem claro que era algo grave. Se não fosse, ela teria vindo atrás de mim e dado continuidade ao assunto. Ao invés disso, a porta não se abriu e eu passei o resto da noite sozinha.

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