"Que mundo mais cheio de vida", eu admiti a mim mesma...
Eu não pude saber disso até morrer. Ele era um garoto, o qual seu nascimento não era muito desejado. Quando Deus e sua irmã, Maika tiveram um caso, foi quase um escanda-lo, muito teve de ser superado, como o quanto se pode amar. Afinal os dois além de irmãos eram casados.
Como eu disse há muito tempo, Deus Criou a Terra e sua irmã criou a Lua. Os dois estabeleceram seus reinos lá: o reino Lunar e o reino Daichiner. Deus casou-se com uma dos mortais que habitava a Terra, Hatsune Juliet. Maika de uma forma incomum, começou criando apenas um homem para lhe fazer companhia, Nightcore, e eles acabaram se apaixonando, depois disso ela criou seu povo. Deus teve apenas um filho com Juliet e esse foi Shuu, do mesmo jeito Maika e Nightcore tiveram Daichi seu filho único. Mas, duas gerações depois quando esses filhos já estavam casado e planejavam ter filhos, Maika e Deus se reaproximaram e acabaram tendo Kirito.
Kirito, foi como a culpa para os dois. Naquele tempo abortos não existiam, não porque não havia conhecimento disso, mas porque era quase como um crime você matar uma vida que nem teve tempo de existir para saber se iria ou não ser um fardo.
A criança recebeu o sobrenome do marido de Maika, Nightcore. Nightcore Kirito.
Juliet, não se sentiu traída nem culpou ninguém, assim como Nightcore. Naquele mundo, não odiávamos tanto para jogar a culpa nas pessoas, não importando se merece ou não; Pelo obvio motivo de que a regra número 1 para o universo era: Amar, acima de tudo, e perdoar quaisquer ações que sejam feitas por amor, não importando o grau de crueldade que elas tenham.
Pelo que pude compreender, ela e Deus tiveram uma briga quando o garoto nasceu, o mais marcante eram suas falas:
- Aonde vai?
- Me deixe!
- Não, se é por causa da criança, podemos mandar alguém do povoado cuidar, ele não precisa saber quem são seus pais, você pode me culpar o quanto quiser eu sei que errei
- O que – olhar continha lagrimas e desgosto – Você está se ouvindo, você realmente deixaria o garoto viver uma vida de mentiras? – Ele segura o braço dela na altura de seu rosto – além disso, culpar? Eu jamais o culparia, só não consigo acreditar que você confia tão pouco em mim, para pensar que eu o abandonaria por isso.
Ele não disse uma palavra, mas seu rosto já dizia tudo: uma pura expressão de surpresa pasma, ele a abraçou fortemente. Depois disso ele foi criado no reino lunar, afastado das outras pessoas, sejam reais ou não, ou de que reino fossem. Toda via, sempre que podia ele ia até Juliet, que foi como uma mãe para ele, mais do que sua própria mãe, sempre olhando por ele, sorrindo gentilmente, ao contrário de sua mãe a qual, sempre que estava perto dele, agia friamente; do mesmo modo que Nightcore, ele foi mais o pai dele do que Deus, pois ele o mostrou como lutar no mundo e até como lutar literalmente, o que seu pai nunca tento fazer, sempre o ignorando.
Como eu disse, seu nascimento não foi desejado, não pelo seu pai ou por sua mãe, mas pelas pessoas que mais deviam o odiar, e também eram as mais gentis que poderiam o desejar.
*
Eu não soube muito de sua vida, em seu crescimento, além da gentileza de Nightcore e Juliet; de como ele aprendeu a tocar instrumentos como: violino, violão, piano guitarra, baixo, bateria; apendeu a cantar, dançar, pintar, todas as formas de arte; como aprendeu a lutar com espadas e armas, e até aprendeu a jogar basquete; ele recebeu uma boa educação vinda daqueles que, para ele, eram seus pais. Aprendendo a se cuidar, com Juliet, a se defender, com Nightcore e a se expressar, com os dois.
Depois disso eu só soube dele, depois que morri.
Ele havia se apaixonado por Miku, e com ela fugiu. Claro que se pormos na situação que o reino estava, não foi uma boa ideia para os outro, mas acho que foi boa para os dois.
Numa noite de céu estrelado, no topo do morro baixo na clareira da floresta, após Miku sair de mais uma das frequentes festas que ocorria lá ela saiu sozinha e estava acompanhada do silêncio, até ouvir um barulho vido de algum lugar entre as arvores. Ela adentrou-a, perguntando "alguém está aí", olhando de um lado ao outro, ela só conseguia ver o céu entre as arvores, até que de repente alguém surgem na direção oposta a seu olhar, a pegando de costas ele põe um pano branco em frente ao seu rosto, a fazendo desmaiar.
Ele havia vindo dentre as arvores, isso era um fato, mas quem era ele?