Não há como mudar um país, isso eu aprendi da maneira mais difícil.
Durante anos eu olhei em livros pessoas se juntando e fazendo a diferença, mas eu era alimentada com conformismo, por meus pais que se diziam ter olhos abertos.
Eu acabei crescendo com ódio de meu país e, sem perceber, idolatrei os outros países. Eu tinha o sentimento nacionalista, mas nunca pela minha nação que, assim como eu sempre supus da sociedade, estava corrompida. Eu li sobre os casamentos de mesmo gênero no Canada, ouvi sobre o sistema público tão perfeito da Finlândia, eu li sobre a cultura japonesa e a música coreana, até o lema de liberdade de expressão dos Estados Unidos eu ouvi.
No entanto logo eu percebi que mesmo esses países tinham seus defeitos. A América era cheia de preconceitos e violência; No Japão a indústria de animes é extremamente dura e injusta com os animadores que são as partes essenciais; os chamados Idols de K-Pop eram quase que escravizados por suas agencias, para que produzissem como maquinas; na Finlândia não existem empresas privadas, apesar que eu não sei se isso é tão ruim assim.
Mas não é isso que o amor é sobre? amar um país mesmo com seus defeitos. Canada e Japão sempre farão parte de meu coração como oásis e sei que os outros países são os sonhos de outras pessoas.
Eu fui criada com contradição, falácia, ódio, mentiras, e preconceito, mas ainda assim me tornei uma pessoa decente. Mas não sou perfeita, eu sou o yin yang em si. Você pode ter vida e morte separados, mas nunca o bem e o mal e é isso que sou a guardiã do Bem e Mal.