| CAPÍTULO CINCO |

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| CAPÍTULO CINCO |

[ TRÊS ANOS ATRÁS - dois dias antes do acidente ]

Chego a cozinha e a encontro fazendo um lanche natural, o qual ela sempre fazia para levar ao seu serviço

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Chego a cozinha e a encontro fazendo um lanche natural, o qual ela sempre fazia para levar ao seu serviço.

Bom dia minha rainha — deixo um beijo em suas bochechas.

Bom dia bebê — sorri.

Revirei os olhos.

Um dia você terá que parar de me chamar assim — resmungo.

Esse dia nunca chegará — sorri — Agora sente-se que vou servir seu café.

E assim faço. Alice nunca deixou de me mimar, e sem contar que nunca deixou com que eu saísse de casa para morar sozinho. E confesso que assim que ela me "proibiu" eu não me importei nenhum pouco em rebater, até por que, morar sozinho não era para mim.

Não mesmo.

Seu pai está na cidade Apolo — escuto então sua voz, em um tom baixo.

Toda a vontade que eu tinha de tomar o delicioso café da minha mãe, sumiu naquele mesmo instante.

Me levantei da cadeira rapidamente e deixei a cozinha, sem dizer nenhuma palavra.

Apolo — ela gritou meu nome — Apolo — a senti segurar meu braço — Não me deixe falando sozinha outra vez, isso não se faz — disse — Me desculpe, mas eu precisava te avisar. A qualquer momento você poderia o encontrar e estar totalmente despreparado. Sinto muito filho, prometo não tocar mais nesse assunto.

Você sempre promete, mas a última vez ele esteve aqui, e você praticamente me obrigou a falar com ele — bufo — Esquece que aquele homem existe Alice, ele só te fez sofrer. Destruiu nossa "família" se é que eu poderia nos chamar de família. Chega dessa merda, eu não aguento mais.

Puxei meu braço e a deixei falando sozinha mais uma vez.

Que se foda essa merda !

[.......]

O quanto a vida pode ser fodida ?

Se é que isso pode ser chamada de vida.

O que sobrou da minha fodida perna direita estava outra vez vermelha e dolorida.

Liguei para Ethan lhe avisando que hoje eu não iria para o estúdio. Não tinha nenhuma condição.

E eu teria que sobreviver com isso pelo resto da minha vida.

Uma risada forçada sai pelos meus lábios.

O que era sobreviver para mim ?

Bom, isso eu não saberia responder, até por que, me sinto completamente morto por dentro.

APOLO » Livro I Onde histórias criam vida. Descubra agora