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| CAPÍTULO NOVE |
Observo o homem que chegou a pouco tempo encarar duro Apolo, e o mesmo não parece estar gostando muito da presença do senhor em sua frente. Makayla é a única com um sorriso sincero ali diante a cena pesada.
— Vamos filha — o homem até então desconhecido para mim, puxa a pequena pelo braço.
— Você ao menos se perguntou se a menina quer ir embora? — a voz ríspida de Apolo faz com que o homem pare seus passos.
— O que é agora moleque? Quer dar um de irmão mais velho? Minha filha não precisa disso, ela já tem sua família — o velho responde com total sarcasmo em sua voz.
Uma sensação ruim toma conta do meu corpo, e não entendo o por que daquilo estar acontecendo.
— E você quer dar um de pai bom para a menina? Já contou para ela que você não é nada do que aparenta ser? — Apolo diz com um sorriso falso em seu rosto.
— Não briguem — a pequena menina diz — Papai, eu conheci meu irmão e digo que quero sempre poder vir visitá-lo, somos uma família, só temos um ao outro. Não quero ser órfã de irmão, não faça isso acontecer. Você me prometeu que iria me dar o mundo, tudo que eu pedisse, então agora estou pedindo para que meu irmão faça parte da minha vida. Quero que ele seja da família, assim como nós dois somos — ela então olha para seu irmão — Aceita ser da família? Diz que sim, por favor. Não me faça ter que lembrar que sou uma ótima pessoa para se ter em sua vida, e também que sou muito persistente quando quero alguma coisa, não me faça ter que ser insuportável, sei fazer isso perfeitamente bem, ah, e eu quero te lembrar também que agora tenho uma babá, a qual é sua amiga, estão isso quer dizer que tem nos duas em sua vida, sei que agora não estou dizendo nada com nada, mas é que você está me deixando nervosa com o seu silêncio, e se você quer me ver em silêncio, por favor, responda logo.
A menina é uma perfeita matraca. Gostei dela.
Sorrio.
Minha atenção volta para Apolo que a olha com um olhar mais leve. Ela o tem em suas mãos.
— Já sou seu irmão matraca, e está mais que bem vinda para voltar em minha casa — ele diz a olhando.
— Ufa, era isso mesmo que eu queria escutar — diz rindo — Agora eu vou com o meu pai, ele deve estar precisando de mim, sou uma ótima dona de casa e sei que faço falta lá — da de ombros — Mas volto em breve, não vá se esquecer de mim.
Ela o pega desprevenido e o abraça. Apolo apenas abaixa sua cabeça para observa-la, não mexe um músculo sequer. Logo depois ela vem em minha direção e me dá um abraço, eu a correspondo me agachando.
— Não deixa meu irmão solitário, ele é chato mas sei que dentro dele ainda existe um coração batendo —diz em sussurros — Você é a luz dessa casa, lembre-se disso.
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APOLO » Livro I
RomanceUm acidente deixa com que Apolo fique com uma cicatriz que irá marcar para sempre sua vida. Depois de alguns anos após o acidente, Apolo resolveu reabrir seu estúdio de tatuagens, com a ajuda de seu amigo. Ele tinha muitos planos, mas nenhum deles...