Você confia em mim?

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Obviamente, Miguel acordou com muita dor de cabeça. Se sentou na cama e não entendeu. Como podia ter parado lá? E por que ele estava tão cheiroso? Por que o cheiro de Marisa estava em seu travesseiro? O que aconteceu aquela noite?

-Pode falar, cara. - falou pra Tom, que entrou no quarto. -O que eu fiz?

-Acho melhor eu mostrar. - Tom respirou fundo. -Se troca e vamos pro apartamento das meninas.

-Certo. - ficou nervoso, ele não conseguia lembrar de nada.

Então, eles foram para o apartamento. E Miguel escutou uma conversa entre Márcia, Luis e Marisa.

-Para, gente. Não tá tão feio assim. - e realmente não estava, o tapa que Marisa levou de Miguel estava marcado em seu rosto, mas bem pouco, mal se percebia. Mas para Márcia e Luís era o fim do mundo.

-Claro que tá. - Márcia falou.

-Miguel dessa vez passou dos limites. - Luís comentou. -Está doendo?

-Mas gente, você encarnou meu tio Vavá, né? Misericórdia, Luís. - Marisa riu de lado.

-Pelo menos a gente te fez rir um pouco. Não aguento te ver amoadinha assim. - Márcia sorriu de lado.

-Aqui, farroupilha, eu quem fiz ela rir. - Luís protestou e Marisa riu, de novo. -Tá vendo, eu novamente.

-"Aqui, farroupilha". - Marisa imitou a fala dele, e riu. -Eu amo vocês... - e os dois a abraçaram.

-Querem sair de cima dela, por favor? - Aracy chega no quarto. -Tá bem, princesa?

-Tô, minha rainha. - Marisa sorriu, e parou assim que viu Miguel e Tom entrarem no quarto.

-Agressor! - Márcia "rosnou", e virou o lado do rosto de Marisa que estava marcado para Miguel. -Não se lembra de nada, louro José?

-Para, Márcia! - Marisa se virou pro outro lado.

-Eu fiz isso? - Miguel pergunta.

-Bora, gente. - Aracy olha para os dois, que não paravam de se encarar.

-Vamos, vamos. - Tom fala.

-Vai bater nela? - Márcia perguntou em tom defensor e irônico.

-Anda logo, Márcia. - Tom puxou ela pela manga da camiseta e todos saíram.

Miguel a olhou, e se aproximando, sentou-se ao lado dela na cama.

-Marisa... Eu fiz isso? - fez a pergunta novamente, e Marisa assentiu.

-Sim... - ele foi colocar a mão no rosto dela, com a preocupação nítida. -Não, Miguel, calma, tá tudo bem. - sorriu de lado.

-Marisa, me perdoa, por favor. - a abraçou de lado, fazendo com que ela ficasse com a cabeça apoiada em seu ombro.

-Miguel, eu tô bem. - se afastou para poder olhar em seus olhos. -Quem tem que pedir perdão sou eu.

-Pode parar. - a olhou, fingindo estar irritado. -Eu já te disse que você parece criança mimada?

-Bom... - riu, balançando a cabeça. -Já. Muitas vezes.

-Pois é. Quem extrapolou aqui fui eu. E não se fala mais nisso. - ela balançou a cabeça, revirando os olhos.

-Tá, Miguel. Tá. - cruzou os braços, nervosa, e ele a olhou.

-É sério, Marisa. Eu não sei o que deu em mim, você... - ela o interrompeu.

-Você sabe muito bem que não pode beber. - falou em tom de bronca.

-É, eu sei. O erro foi meu, é que eu estava meio tri... - ela olhou pra ele, e ele se interrompeu. -Enfim, não vamos falar sobre isso.

Eu Odeio Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora