Eu Odeio Te Amar

É ela.

Depois do abraço - que durou quase uma hora, eles se despediram, e cada um foi para seu respectivo apartamento. Onde estavam sendo esperados ansiosamente com chuvas de perguntas, como paparazzis.

-Pode começar a contar. - Cláudia disse, acompanhada por Aracy e Márcia, no apartamento das meninas.

-É pra contar tudo. - Luís foi claro, e nisso, estava junto com Tom, no apartamento dos meninos, numa insistência que só.

Os dois reviraram os olhos, ao mesmo tempo.

-Acho que nem precisa responder. - Aracy sorriu por simplesmente observar por segundos o semblante bobo de Marisa.

-Diz aí, voltaram? - Márcia pulava, ansiosa por uma resposta.

-Não. - Marisa riu quando Márcia parou de pular, e sentou no sofá.

-Então, o que aconteceu? - Cláudia balançava as pernas, inquieta.

-Só tenho a dizer uma coisa. - elas a olharam atentamente. -Eu amo ele. - falou com o olhar todo apaixonado e as meninas exclamaram um "woooooont". Cláudia a encarou séria. -Que foi, mulher?

-Conta pra gente uma coisa que não seja óbvia. - sorriu convencida.

-O que vocês conversaram? - Márcia se aproximou.

-Meu Deus, gente, isso tudo é fogo? - Aracy perguntou, rindo, e Marisa riu também.

-Vamos dormir, gente? - Marisa levantou e Cláudia a olhou torto.

-Duvido que você vá dormir. - arqueou a sobrancelha e Marisa jogou uma almofada nela, rindo. E então saiu para o quarto.

-Deixa ela, Cláu. Ela vai descansar. - Aracy sorriu.

-Aposto que ela não vai dormir. - Cláudia balançava a cabeça negativamente, convencida, e Márcia riu.

-Vocês reclamam dela... - Aracy inicia um novo assunto. -Mas vocês também não me contam nada, né? - Márcia e Cláudia começaram a se entreolhar, assobiar. -Ei, não adianta não.

-Ok. - Márcia respirou fundo. -O que quer saber de mim?

-Tom? - Cláudia, disfarçando, entrou na "brincadeira", falando junto com Aracy.

-Ah, sei lá. - deu de ombros. -Ele é meio estranho com isso. Acho que não é nada muito sério, sabe?

-Jura? - Cláudia a encarou surpresa. -Acha mesmo que é algo passageiro?

-Bom... - Márcia deu de ombros, levantando. -É o Tom, né? Não dá pra esperar tanto dele.

-Ele parece mostrar ser tão determinado... - Aracy a encara surpresa.

-É... - deu de ombros novamente, e saiu da sala.

-Aí tem coisa. - Cláudia franziu o cenho.

-Sua vez. - a loira a encarou curiosa.

-Não. Não temos nada. Eu e o, o Edson, não... nada. - gaguejou na fala, e Aracy caiu na gargalhada.

-Tá. - revirou os olhos, rindo. -Você nem disfarça mais. Nem falei do Edson!

-Ah, mas só pelo seu jeito de falar... - bufou, sem jeito. -Eu vou conversar um pouco com a Marisa e depois dormir. - se levantou, indo em direção ao quatro.

[...]

Com o susto da porta abrindo, Marisa se remexeu na cama e passou a fingir que estava dormindo.

-Você não consegue. - Cláudia falou e Marisa riu de lado, tentando segurar. -Eu não sou a Aracy, amiga. - pega um travesseiro e joga nela, que ri alto. -Palhaça.