CAPÍTULO 3

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Oi gente, nem demorei né? Muito feliz pela aceitação de vcs com essa história. Muito obrigada pelo carinho!


Era fim de tarde quando cheguei em casa.

Assim que desci da bicicleta, com a cesta de flores praticamente vazia, vi o pequeno Kalil em frente a sua casa com a vasta coleção de carrinhos, brincando na calçada. Sorri e me aproximei.

— Oi pequeno. – falei e ele levantou a cabeça, me dedicando um sorriso logo em seguida, com o dente da frente faltando.

— Oi San! – até então estava agachado no chão, pôs-se de pé e me abraçou.

— Como vai? – alisei sua cabeça. – Foi pra escola hoje?

— Sim. – me encarou. – Tirei 9 na prova de matemática.

— Muito bem, Kalil. Assim que gosto. – beijei seus cabelos.

— Papai vai trazer um convidado hoje para o jantar, não é legal? – informou e eu franzi o cenho.

— Oh, será que eu não devo vir hoje então?

— É claro que deve vir.

A resposta veio do portão. A voz de Eylem preencheu meus ouvidos, a olhei e sorri. Eram ótimos vizinhos para mim, me tratavam como se eu fosse uma espécie de irmã e faziam eu me sentir como se fosse da família.

— Então virei no mesmo horário de sempre. – lhe sorri.

— Isso mesmo, linda. – Eylem piscou para mim.

Eu me despedi dos dois e voltei para minha casa, colocando minha bicicleta para dentro e fechando o portão. Saudei as minhas flores e logo em seguida, aguei-as. Retirei algumas ervas daninhas e podei algumas outras. Já estava escuro quando entrei em casa e comi o último tablete do chocolate que Osman havia me trazido do continente na semana passada. Queria mais alguns daqueles, precisava lembrar de pedi-lo na sua próxima ida.

Tomei banho relaxante e coloquei um vestido confortável. A noite estava fresca e ótima para aquele tipo de roupa, prendi meu cabelo e voltei para a sala. As flores que eu não tinha vendido, separei para levar a Eylem.

Toda sexta-feira eu jantava com eles e sempre levava flores como um agrado para ela, já que nunca me deixavam levar nada para contribuir com o jantar. Não que meus dotes culinários fossem algo presente. Eu gostava de ter bons amigos como Eylem e Metin, assim como Ayhan e Osman. Eram a família que eu não tinha, basicamente.

Bati na porta da casa ao lado e Eylem me recebeu com seu costumeiro sorriso acolhedor.

— Entre, entre. – pediu e eu passei, ela fechou a porta logo em seguida. – Adoro quando me traz flores.

— Fico feliz demais, Eylem. Essas estão lindas!

— Ah, minha linda. Elas são maravilhosas. – elogiou, recebendo as flores amarelas que eu lhe estendia.

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