CAPÍTULO 6

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— Então você está vivo! – o tom de voz do outro lado da linha me fez revirar os olhos.

— Parece que estou. – respondi com a mesma ironia. – O que você quer?

— Saber quando vai voltar, Can! – disse ríspido.

— E o que isso te interessa, Emre?

— Bom, eu sou o único que continua aqui, a frente de tudo, enquanto você toma seu tempo de princesa magoada. A vida segue, Can.

— Você está a frente de tudo e se bem me lembro é como sempre quis. Então por que raios você está enchendo a minha paciência, Emre?

— Não fale como se... – suspirou. – Você não sabe de nada, Can. Nada!

— Nem você, então, apenas me deixe em paz.

Desliguei a chamada tentando lembrar porque eu liguei o aparelho celular que carregava comigo. Meu irmão mais novo sempre seria um tremendo idiota, desde os primórdios de sua infância. Eu não aguentava mais sempre que era notificado de que meu celular estava ligado, ele me contatava para encher o saco, sendo que nada adiantava. Eu não iria voltar. Eu não queria.

Respirei fundo, jogando longe o aparelho e indo para a parte que eu considerava a cozinha do meu barco. Viver dentro dele era semelhante a morar em um trailer, onde todo lugar era tudo. Preparei uma comida rápida e fui para a parte de cima do barco, onde me acomodei para comer. Eu permanecia ancorado no mesmo lugar. Há alguns metros de distancia, na parte mais comercial do porto, estava Sanem, no mesmo lugar em que a vi pela primeira vez, com seu sorriso encantador, vendendo flores. Fiquei a observá-la. Era tão linda e natural... De repente desejei estar mais tempo ao seu lado, ouvindo sua voz doce e tendo aquele sorriso dedicado a mim. Então, mudou um pouco o clima quando a vi abraçar um homem que parecia muito feliz ao vê-la.

Eu havia ficado tão encantado com a garota que não pensei que ela pudesse possuir um pretendente e se ela tivesse... Murchei imediatamente.

**

Foi próximo ao fim da tarde que eu decidi ir até a casa da florista, devolver sua bicicleta e levar uma pizza (feita por mim), para comermos. Seria um teste. Se ela tivesse um namorado, eu iria embora no dia seguinte, antes que ficasse ainda mais atraído. Se não... Bem, então aí eu não iria saber realmente como agir.

Quando me recebeu no portão o choque de Sanem foi nítido, mas a felicidade foi incrivelmente acalentadora. O seu cheiro doce invadiu minhas narinas e eu poderia ficar, seriamente, viciado nela, mas não me importaria. Logo estávamos dentro de sua casa enquanto ela me pedia para mostrar meus dons.

Eu posso mostrar se você deixar minha boca beijar a sua. Minha língua é bem talentosa. Eu quis dizer, mas quando notei que ela realmente achava que eu estava falando de dons artísticos, afastei o pensamento tarado da cabeça. A garota era realmente surpreendente.

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