CAPÍTULO 2

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O dia praticamente arrastou-se no tempo em que fiquei dentro do meu barco que estava ancorado no porto da ilha

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O dia praticamente arrastou-se no tempo em que fiquei dentro do meu barco que estava ancorado no porto da ilha. Eu ansiei ir embora assim que encontrei o par de olhos castanhos, não saberia explicar exatamente o porquê, mas havia me afetado de uma forma sem igual. E na mesma medida que o desejo de partir me bateu, eu quis ficar, porque os malditos olhos pareciam ter uma espécie de imã e eu desejei vê-los muitas vezes mais.

Metin me chamou no fim da tarde e eu quase esqueci que havia aceitado o seu convite de jantar em sua casa. Calcei minhas botas e saí em sua companhia.

— Minha casa fica do outro lado da ilha. – explicou enquanto andávamos em direção a uma moto. – Espero que não se incomode em ir de moto.

— Claro que não. – lhe sorri. – E como foi o movimento hoje?

— Foi muito bom. – disse-me enquanto subíamos no veículo. – Alta estação em Fethiye, o que é ótimo para nós. O turismo triplica.

— Os peixes que trouxe estavam bons?

— Ótimos, Can. O pescado que você me traz sempre é de ótima qualidade. – riu. – Preparado para uma boa refeição caseira?

— Com toda a certeza. – eu afirmei.

Nem sabia quanto tempo eu não comia algo inteiramente bom. Felizmente eu cozinhava bem e me virava melhor do que muitas pessoas em meu barco, mas estava sentindo falta de ter um bom jantar em terra firme.

Metin foi me mostrando as construções da pequena ilha e o local era realmente muito bonito e encantador. O outro lado da ilha não era tão longe de moto, mas deduzi que para uma caminhada seria algo longo. Logo o homem simpático que eu conheci ali estacionou em frente a uma simplória casa. A cerca azul era baixa e tinha um jardim pequeno, mas muito bem cuidado em frente a casa pintada de branco com listras azuis.

— Chegamos. – sorriu.

— Papai. – um pequeno garotinho correu em sua direção, abraçando suas pernas.

— Olá meu querido filho. – falou com carinho. – Can, esse é Kalil, filho, esse é meu amigo, Can.

— Ah, o homem que veio jantar aqui. – o menino que não devia ter mais que sete anos disse sorrindo. – Olá, Can bey.

— Apenas Can, criança. – baguncei os cabelos negros.

— Vamos entrar? – Metin chamou.

Eu e Kalil o acompanhamos para dentro da aconchegante e bem arrumada residência. Logo uma mulher loira de bonitos olhos azuis, assim como os do garoto, veio ao nosso encontro, enquanto secava as mãos em um pano.

— Oh, vocês chegaram. O jantar sai em instantes. – avisou, sorrindo. Metin foi a seu encontro, depositando um beijo em sua cabeça.

— Sem pressa, amada. – olhou-a. – Este é o Can.

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