CAPÍTULO 14

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Eu estava me tornando, novamente, a porra de um adolescente

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Eu estava me tornando, novamente, a porra de um adolescente. Só isso podia explicar as reações que Sanem estava me causando. Parecia aquelas sensações que se tem quando se apaixona pela primeira vez, coração acelerado, ansiedade brigando no estômago e nervosismo reinando no corpo inteiro.

Além de todos os sentimentos, com ela havia mais. Havia uma beleza da qual eu nunca experimentara antes, algo intenso, forte e sublime. Ao mesmo tempo que ela me causava uma ansiedade imensa deixando meu coração prestes a explodir, eu também sentia uma paz inigualável quando Sanem me olhava e sorria. Ela tinha uma pureza e uma serenidade que eu nunca vi antes. Eu não havia encontrado muitas almas bonitas ao longo do meu caminho, talvez por isso preferi me isolar, mas aquela menina? Tinha algo a mais que eu não era capaz de descrever, somente de sentir, desde que a vi.

Quase não fui capaz de me controlar e por pouco não passei do ponto com ela, a verdade é que Sanem me enlouquecia de todas as formas possíveis. Bagunçara minha mente, se infiltrara em meu coração e me enchia de tesão. Um conjunto perigoso, para falar a verdade, pois a realidade naquele momento era que, estar junto a ela era como colocar fogo e pólvora juntos, explosão imediata e eu não tinha certeza de quanto tempo seria capaz de conter.

Quando cheguei ao meu barco na noite anterior, precisei tomar um banho gelado para conter as reações do meu corpo, mas nem assim fui capaz, porque minha mente ficava insistindo em voltar nos beijos trocados, nos sussurros e gemidos que ela soava, nos toques e naquele corpo maravilhoso que estivera em cima de mim por alguns minutos, sua pele sensível ao toque e fervendo, seu olhar repleto de desejo... É, era impossível não ficar duro instantaneamente. E foi assim que passei a noite inteira, com uma ereção latente, mas sorrindo. Efeitos loucos de Sanem.

Na manhã seguinte após acordar e tomar café, meus olhos procuraram por ela no porto assim que saí do barco, mas Sanem ainda não estava no mesmo lugar de sempre, nós havíamos ficado em sua casa conversando até mais tarde, ela era uma pessoa incrivelmente agradável e inteligente, era fácil perder o tempo, a linha e tudo ao seu lado. Então decidi sair e fui até o mercado do porto, ainda não havia visto Metin novamente, desde que havia decidido ficar em Ahmet por mais algum tempo. Logo cheguei em sua banca e ele me encarou.

Günaydin, Metin!

Günaydin! Não demorou a voltar desta vez, Can. – falou, cortando um peixe.

— Na verdade, eu nunca fui! – falei e soltei um sorriso.

— É, eu sei. – deixou a faca de lado e me encarou. – Sanem é minha vizinha, minha mulher e meu filho te viram por lá.

— Ela é uma menina incrível. – lhe disse.

— É mesmo, Can, a Sanem é uma garota iluminada e é por isso que eu preciso falar com você! – o tom sério me deixou em alerta, encarei Metin notando que estava incomodando.

— O que houve?

— Houve que Sanem é como uma irmã mais nova, Can. Ela é uma menina incrível sim e é facilmente apaixonante. Eu gosto muito de você, Can, não te conheço muito bem, mas eu realmente gosto de você, mas ela sempre vai ser prioridade, portanto não brinque com os sentimentos da garota, sabemos que você está só de passagem, sempre está! Por isso, não faça isso... A vida da Sanem nunca foi muito fácil, talvez por isso que esse instinto de proteção sempre fale alto, então...

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