CAPÍTULO 12

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Eu estava me tornando um ser patético

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Eu estava me tornando um ser patético.


Era algo oficial.


Lá estava eu, acompanhando a bicicleta de Sanem, enquanto íamos em direção a sua casa. Para cuidar das flores.


Só que havia um simples detalhe: eu entendia um total de nada a respeito de flores. A Sanem não precisava saber, no fim das contas, porque as flores era apenas uma justificativa, eu só queria ficar ao lado dela mesmo. Esse era o objetivo.



Chegamos a casa dela e assim que desceu da bicicleta, Sanem me olhou com um sorriso feliz.



- Vamos? - chamou, abrindo seu portão.


- Vamos sim. - a acompanhei para dentro.



Ok.


Eu poderia cuidar de flores o resto da minha vida, realmente, desde que ela me sorrisse sempre daquela maneira. Era uma garota iluminada, dona de um sorriso que acendia cada parte da minha alma e do meu ser.



Encostamos as bicicletas em uma parede e ela virou-se para mim. Estava claro ainda e o jardim exuberante mostrava toda a sua beleza. Sua cuidadora era realmente muito caprichosa e todas aquelas flores eram um reflexo de Sanem.



- Está pronto para cuidar das plantas? - perguntou levemente empolgada.


- Preciso confessar uma coisa, Sanem. - falei, me aproximando dela. - Na realidade, duas coisas. - sussurrei, tocando seu rosto.


- O que foi? - inquiriu um pouco assustada.


- Primeiro, eu não entendo nada de plantas ou flores. Quero te ajudar, mas vou precisar que me guie. - falei e vi o sorriso pintar sua face.


- A gente dá um jeito nisso. E qual é a outra coisa?



Eu soltei um sorriso diante de seu olhar de curiosidade. Ela conseguia ser ainda mais linda à medida que eu conhecia suas feições. Ela conseguia me encantar a cada descoberta. Não tinha o que fazer nem como fugir da onda de sentimentos que me arrematava.



Eu não cheguei a respondê-la, estávamos próximos demais. Um impulso e nossos lábios estavam grudados. Um segundo e parecia que tudo voltava aos eixos, meu mundo voltara a girar da maneira correta e tudo fazia sentindo. A boca de Sanem era suave, quente e macia, me fez imaginar como seria ela toda, e o pensamento já me fazia enrijecer por completo. Sua língua quente não demorou a invadir minha boca que ansiava por este contato e então eu estava perdido.


Minha mão tocou suas costas, puxando mais seu corpo para perto de mim. As suas mãos um pouco trêmulas seguraram meus ombros, enquanto eu aprofundava ainda mais o beijo. O que era candente e calmo, tornou-se um pouco mais agitado e exigente.


Me dei conta naquele instante, sentindo sua boca colada a minha e nossas línguas bailando em perfeita sintonia, de que necessitava de Sanem como de ar para respirar. Seu beijo parecia o antídoto para qualquer coisa e então me vi perdido, enevoando os pensamentos e emoções. A apertei entre meus braços, subindo uma mão para sua nuca, não querendo que aquele momento cessasse nunca.

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