CAPÍTULO 15

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SENTEI, e pensei "preciso escrever". Não podia deixar vocês que esperam por atualizações na mão, então aqui estou eu. Peço perdão pelo sumiço, tive alguns contratempos e em meio a eles a falta de inspiração. Ela veio hoje, por bem ou por mal, mas veio.

Espero que gostem! E lá vai o capítulo.


Eu nunca entendi a expressão "o tempo voa" antes de ter Can na minha vida

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Eu nunca entendi a expressão "o tempo voa" antes de ter Can na minha vida.

Na realidade, até aquele ponto minha rotina sempre fora monótona e simples demais. Agora eu tinha algo a mais. Ansiava por vê-lo no porto, por sentir seu abraço e arrancar-lhe um sorriso. Ansiava por seu abraço e por seus beijos no fim do dia, nos dividindo entre minha casa e seu barco.

Era bom estar vivendo tudo aquilo. Parecia que para ele os momentos em que estávamos juntos significavam tanto quanto era para mim.

Acho que nunca antes me senti querida nesse nível. Ou até me senti, mas faz tanto tempo que nem me lembrava mais da sensação.

Não sou ingrata e não falo pelos meus amigos – a família que acabei adquirindo – e eles sempre me fizeram sentir amada, além de protegida. Mas falo sobre pertencer, sobre sentir lar. Até Can chegar, eu não lembrava o que era isso.

Fazia duas semanas que ele estava em Ahmet.

Duas semanas que eu poderia dizer que sua presença em minha vida era luz. Duas semanas de plenitude. Duas semanas que pareciam mais dois anos. Ou duas décadas. Entendi aí nesse ponto que tempo não julga sentimento. Ou como uma pessoa vai afetar a sua vida e colidir com o seu mundo.

— Então, o Can já te pediu em namoro? – Ayhan me perguntou com um sorrisinho sugestivo pintado em seus lábios.

— Não. – meneei a cabeça, arrumando minha cesta. Já era fim do dia.

— Mas que pessoa lenta. – reclamou.

— As coisas não são assim, Ayhan! – pontuei.

— Como não? Ele já devia ter pedido até a sua mão! – encarou-me.

— E ele iria pedir minha mão para quem? Para o meu pai? Aquele que eu não tenho? – indaguei me chateando com o rumo da conversa.

— Não fale assim.

— Mas é a verdade. – dei de ombros.

— Ele pode pedir ao Metin ou ao meu irmão. – argumentou.

— Allah, Ayhan! – meneei a cabeça. – Eu já vou embora. Vamos? – lhe chamei.

Ela iria fechar a lanchonete. O porto já estava calmo e sem clientes em potencial. A medida que a noite ia chegando, àquele lugar ficava esquisito e silencioso, bem ao contrário da correria e falatório que se apresentava durante o dia.

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