Eu nunca desisti de você.
JunHee, eu sempre te amei. Pensei, inúmeras vezes, em te colocar em um potinho para te proteger do mundo que insiste em te ferir. Quis que você fosse minha, quis que você soubesse quem eu sou.
Eu sou covarde... E talvez um pouco egoísta, por querer que fosse um sentimento apenas meu, uma lembrança que existe apenas em mim...
Olhei novamente nos olhos dela, naqueles olhos que eu não cansava de apreciar. Os olhos da minha garota, minha futura esposa... Que no momento era minha amiga. Só isso.
Mas se depender de mim, nesse acampamento eu vou finalmente conseguir fazer com que minha garota se torne minha namorada.
- Você não pensa em cortar seu cabelo? - Taehyung disse ao meu lado na fila do ônibus. Seus olhos estavam vermelhos assim como o seu nariz, eu presumi que ele havia chorado a noite toda mas eu não disse nada, e ele também não comentou.
- Não quero cortar. - eu disse e passei a mão direita por meus fios castanhos, que já cobriam meus olhos. - talvez você devesse fazer outra trança pra mim. - eu disse e JunHee finalmente direcionou o olhar em minha direção.
- Pode ser. Vamos fazer no ônibus. - ela disse e eu abri um sorriso enorme. Nós estávamos evoluindo, ela passou a não ter nenhum empecilho para tocar em mim. E eu não posso negar... Estou adorando.
Taehyung parecia em outro mundo. Ele sempre reclamava que eu não o dava atenção, mas dessa vez ele estava me superando.
Ele não comeu quando eu ofereci salgadinhos e besteiras e eu acho que ele não colocou nada no estômago desde sábado. Me senti aliviado quando ele se virou no banco, já que estava em nossa frente e fungou o nariz olhando para JunHee.
- Você... - ele começou a dizer mas negou com a cabeça e voltou a sentar de forma correta, com fones de ouvido, voltando para o mundinho que ele havia criado.
- O que ele tem? - JunHee perguntou para mim, falando bem baixinho. E isso fez com que ela se aproximasse. Ela não queria que Taehyung escutasse nossa conversa. E eu deduzi que ela também já soubesse de tudo.
- Ele é um idiota. - eu sussurrei. - Você já falou com a ChaeSo? - perguntei e a mesma acenou com a cabeça.
- Eu estou preocupada. ChaeSo disse que nem quer mais dar aulas de violão se for ao lado dele... Eu achei que eles estivessem namorando. - Ela disse e eu suspirei. Eu não sabia que estava nesse ponto, não sabia que ChaeSo não queria ver Kim Taehyung nem pintado de ouro. Isso só dificultava as desculpas que eu havia sugerido.
- Ele gosta dela. - eu disse e minha garota fez uma expressão completamente surpresa.
- Eu achei que... - ela suspirou. - Bom, ele a ofendeu e rejeitou. Achei que ele não estivesse interessado. - sorri ladino.
- E voltamos a primeira frase da conversa. Ele é um idiota. - Assim que eu disse isso o clima pareceu suavizar. - Ficou nervoso e não sabia o que dizer. Ele é homem, não julgue, nossa raça faz isso. - Assim que eu disse isso JunHee tapou a boca evitando uma gargalhada, mas eu não segurei o riso e então depois de algum tempo. Nós dois estávamos envolvidos em piadas e brincadeiras. Estava mais que empenhado em fazer com que ela desse risada e tentado a forçar o limite imaginário que tínhamos colocado um no outro. Eu às vezes me inclinava demais na direção dela e quando ia sussurrar alguma coisa... Me orgulho muito em dizer que fazia com quem meus lábios tocassem na orelha dela de forma bem proposital.
Nós estávamos nos aproximando do tal acampamento e eu havia ganhado minha trança. Cochilei parte do caminho, já que, eu parecia ter um fraco por JunHee mexendo em meu cabelo.
Assim que abri os olhos eu vi que estava apoiado no ombro dela. Mas ela não pareceu se importar, apenas ficou fazendo mais carinho em minha cabeça.
Quando me levantei e me espreguicei , bocejando brevemente, olhei para a garota ao meu lado, que tinha um sorriso no rosto.- desculpa... - eu disse envergonhado, coçando um pouco os olhos e suspirando.
- Você sempre dorme quando fazem carinho na sua cabeça? - perguntou e eu senti minhas bochechas esquentarem. Mas ela não parecia aborrecida por eu ter dormido nela.
- Só quando você faz. - Eu disse e bocejei novamente, só então percebendo que estávamos em uma situação constrangedora.
- Já pensou se eu fosse uma assassina? - ela disse sorrindo e eu franzi o cenho. - você seria a vítima mais fácil de todas. - ela prosseguiu me fazendo rir.
- E como você me mataria? - me aproximei um pouco, sabendo que quase todos estavam dormindo, e se eu não quisesse gerar nenhum problema, teríamos que falar baixo.
- Ah, eu não sei. Eu acho que faria carinho em você, e quando você dormisse eu pensaria em uma morte legal. - então eu precisei tampar a boca para não rir alto.
- Isso não faz sentido. Você deveria pensar na morte antes de fazer carinho na vítima... Sherlock. - eu disse ainda rindo um pouco.
- Eu acho que vamos ter que montar nossas barracas no início do fim da tarde. - ela mudou de assunto fazendo com que eu olhasse para a janela que estava ao meu lado.
- Parece que sim. - respondi brevemente, tocando no vidro gelado. - pegue uma blusa, porque parece frio. - eu disse e minha garota acenou. - Eu não esperava ser seu amigo. - eu disse do nada fazendo com que JunHee me encarasse.
- O que isso quer dizer? - questionou intrigada.
- Nada... só gosto de você. - eu prossegui e olhei para ela que tinha uma expressão muito surpresa no rosto, peguei sua mão e levei em direção a minha cabeça enquanto eu voltava a me aninhar ao ombro dela. - Não diga nada, por favor. - eu disse e senti a garota relaxar visivelmente.
- Eu não ia. - ela parecia não saber nem por onde começar mas eu apenas suspirei.
- Eu estou um pouco cansado, faça carinho em mim. Cuide da sua vítima direito, sim? - eu disse arrancando um meio riso dela.
Eu nunca havia visto tanta verdade em uma frase só. Eu era realmente uma vítima de Choi JunHee, ela havia levado meu coração de todas as formas...
E não, eu não estava nem um pouco preocupado em pedir devolução.
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Chubby - Jeon Jungkook
RomantizmConcluído ✔️ É uma história divertida, sem fins lucrativos sobre pessoas que não me pertencem. Espero que aproveitem ✨🩷 Nunca entendi o motivo de tanta zoação e, sinceramente, não consigo entender o que há de errado. O que havia de tão ruim em Ch...