Cap 33

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Lauren Jauregui (pov)

Um mês depois...

Hoje eu e Camila estamos completando nosso primeiro mês de namoro. Combinamos de comemorar mais tarde indo até uma sala de jogos. Ela escolheu o local, nem sabia que ela gosta de jogar, mas quem sou eu para ir contra seus desejos infantis.

Após o meu pedido improvisado há um mês atrás, estamos mais grudadas do que nunca. Naquele jantar com seus pais eu conseguir a "autorização" para continuar com Camila. Mas o senhor Cabello garantiu que se eu fizesse mal a ela eu seria uma mulher morta. Se eu fiquei assustada? Fiquei. Imagina um homem daquele tamanho te ameaçar, não foi fácil mas agora está tudo bem. Tudo ótimo na verdade.

Camila frequenta meu apartamento toda semana, e cada visita que ela faz é uma bagunça a mais que eu encontro. Nunca vi uma pessoa tão bagunceira como ela. Parece um furacão.

Estava eu na sala devidamente arrumada com meus trajes sociais recarregando minha arma para iniciar mais um dia de trabalho, quando vejo ela descendo das escadas de forma apressada.

- Lauren, você viu as minhas chaves? Eu já revirei o quarto todinho e nada delas aparecerem.

- Estão na bancada da cozinha, você as deixou lá ontem à noite quando chegou. - respondi sem a olhar. Concentrada no que eu estava fazendo.

- Lauren, o que você está fazendo? - Perguntou um pouco distante de mim.

Me virei para ela e balancei minha arma em sua frente tentando mostrar o óbvio.

- Recarregando minha pistola, ué.

- Pare de balançar essa coisa. - pediu com uma careta. - Pra que isso?

Ri da sua pergunta.

- Como pra que, amor? Eu trabalho em um distrito policial. Tenho autorização para andar armada, você sabe. Quantas vezes já me viu armada? - me aproximei e ela deu dois passos para trás.

- Eu sempre vejo você com ela presa em sua cintura e não em suas mãos. Guarde essa coisa, Lauren, por Deus. - falou brava.

Ela estava com medo? Ri sozinha.

- Você está com medo? - me aproximei. - Olha, minha bichinha não faz mal para ninguém.

- Guarde isso, Lauren! Agora! - falou brava. Ri do seu nervosismo e a guardei em meu coldre.

- Calma, baby spice, já guardei. - a abracei e ela logo se soltou. Neguei com a cabeça rindo.

- Não ria, idiota. Por que estava recarregando ela? Digo, se estava recarregando é por que as balas que estavam antes acabaram. Você anda atirando, Lauren? Em pessoas? - acusou.

Camila está com umas ideias que meu Deus. O que que o medo não faz. Ri sozinha.

- É claro que não, amor. Você sabe que eu não policio nas ruas. Eu só ando treinando tiro ao alvo, apenas. Por que está tão nervosa? - a abracei.

- Perdão. Eu estou com cólicas. - lamentou-se.

- Eu tenho remédio no banheiro pode tomar. Tem certeza que quer sair hoje à noite? - perguntei acariciando sua bochecha.

- Obrigada. Claro que sim, é o nosso primeiro mês juntas. Precisamos comemorar. Torça para que o remédio faça efeito. - me beijou e foi em direção à cozinha.

O dia correu normalmente. Camila iria passar lá em casa para se arrumar já que sai antes do trabalho.

Estava saindo da DP quando ouvi o oficial Kaluuya me chamar.

- Lauren, por favor! Antes de você ir poderia me ajudar rapidamente com um dos presos?

Olhei para o relógio. Combinei com Camila que estaria em casa antes das oito e já marcavam sete e meia. Ela fez questão de reafirmar que não era pra mim chegar depois desse horário.

- Ok. Vamos.

Levei cerca de 15 minutos para resolver o problema e saí em disparada torcendo para não ter muito trânsito até chegar em meu apartamento.

Do jeito que Camila está mal humorada hoje, não vai tolerar o meu atraso. O que que uma menstruação não faz, azeda meu anjo todinho. Ainda bem que a minha sempre foi tranquila.

Dirigi com calma mas não tão calma como costume. Cheguei, estacionei com pressa e passei apressada pelo hall do prédio. O relógio marcava dois minutos para as oito. Cheguei na porta de casa exatamente as oito e entrei. Respirando fundo.

- Olha só, chegou no horário combinado. Pensei que iria se atrasar. - disse sentada no sofá com as pernas cruzadas.

- Oi meu anjo. Claro que eu não iria me atrasar. - dei um riso nervoso e fui até ela lhe dando um beijo na testa. - Como foi seu dia? Você está melhor?

- Sim. Seu remédio é excelente. Agora vá se arrumar pois eu já estou pronta.

Camila vestia um macacão verde com mangas e um salto bege.

- Você está linda, Camz. - falei antes de subir as sacadas.

Tomei um banho e me vesti rapidamente com uma calça preta justa, uma blusa de mangas longas da mesma cor e uma botinha com salto. Coloquei um brinco e ajeitei meu cabelo. Eu não costumo me maquiar. Geralmente passo apenas uma base e um batom claro. Peguei minha bolsa e desci.

- Vamos, flor?

O caminho estava sendo feito em silêncio.

- Se incomoda se eu por uma música? - perguntei concentrada na estrada.

- Não, amor. - falou simples.

Liguei a música e começou a tocar Closer. Batuquei meus dedos no ritmo da música ganhando a atenção de Camila.

- Você não se incomodaria se eu começasse a cantar, incomodaria?. - me virei para ela.

- É claro que não, boba. - sorriu.

Dito isso comecei a cantar a pleno pulmões o refrão da música. Camila só ria da minha empolgação.

- Vamos, flor, vamos cantar a parte da Halsey juntas. - Ela me olhou rindo, negou com a cabeça e começou a me acompanhar.

Passamos o resto de caminho cantando como loucas. E eu estava extremamente feliz por isso.

...

Love JailOnde histórias criam vida. Descubra agora