Cap 37

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Camila Cabello (pov)

Três semanas depois...

- Sai Lauren. Insuportável! - falei brava.

Estava no apartamento de Lauren no domingo tentando fazer um bolo. Desde aquele dia da frigideira, estou tentando aprender a fazer algumas coisas para não passar mais vergonha na frente da mãe da minha namorada.

E é lógico que eu uso a dispensa e a cozinha de Lauren para testar minhas habilidades culinárias. Ela é rica. Eu posso gastar tudo que ela tem sem culpa.

Mas o problema é: ela deixa, mas é muito intrometida. Fica dando palpites a todo momento, mais uma intromissão dela e eu a afogo naquela pia.

- Você não está colocando a quantidade certa de farinha.

- EU que estou fazendo esse bolo, EU! - apontei a colher de pau para ela. - Sai daqui antes que eu pegue essa colher e te acerte. Me deixe em paz com a minha farinha. - falei irritada e voltei a mexer a massa.

Lauren riu da minha ameaça e tomou a colher da minha mão.

- A colher é minha. Você não vai usar ela para me bater. - falou com uma pose desafiadora.

Fechei meus olhos tentando controlar minha irritação. Abri os olhos e sorri diabolicamente para ela que franziu o cenho.

Peguei o saco de farinha de trigo e fingi observar algo dentro.

- Camila o que você está... - não esperei ela terminar e joguei o saco em cima dela. Gargalhando em seguida.

Como ela estava falando, sua boca encheu de farinha. Será que tem um gosto bom? Gargalhei mais ainda.

Ela cuspiu a farinha e passou a mão nos olhos. Me encarou com os olhos franzidos.

- Ops! Cadê a Lauren? Sumiu. - zombei rindo.

Lauren pegou a tigela que estava usando pra mexer a massa pegou um pouco com a colher e partiu para cima de mim. Imediatamente comecei a correr dela pela cozinha.

Parei de um lado da bancada e ela de outro nos encarando fixamente.

- Nem pense, Jauregui, nem pense!

- Não vai escapar dessa, Cabello, não vai! - falou com uma voz que julgou ser ameaçadora.

Ficamos naquela posição durante alguns segundos. Até que Lauren deu a volta rapidamente sem eu conseguir perceber e esfregou a colher com a massa em meu rosto.

- Lauren! Eu vou te matar! - falei simulando um estrangulamento com os mãos.

- Só tente, tampinha! Tente. - zombou e cruzou os braços.

Dei impulso e subi em cima dela. Com o impacto, nós duas fomos ao chão. Ela é claro amorteceu minha queda.

- Porra Camila! Minhas costas, cara. - falou fazendo uma careta de dor.

Sentei em seu quadril.

- Hey. - dei um tapa em seu braço. - Não fale palavrão e bem feito. Não mandei ficar me enchendo o saco.

- Eu amo te encher o saco. - me puxou para perto do seu rosto cheio de farinha.

- Idiota. - limpei o excesso da sua boca e a beijei.

Um beijo melado de farinha e massa de bolo. Que delícia!

Depois disso eu obviamente desisti de tentar fazer o bolo. Ajudei Lauren a organizar a cozinha e depois tomamos um banho juntas.

Agora estamos aqui na sala de TV para assistir o tal do Enrolados que Lauren insiste que eu devo assistir. Essas três semanas inteiras ela insistiu para que eu aceitasse ver o filme com ela. Depois a criança sou eu.

Ela se sentou no sofá, deu play no filme e eu me acomodei no meio das suas pernas.

Até que era um filme legal e fantasioso como o costume. Lauren praticamente não piscava se concentrando totalmente no filme. Ao que ele terminou falei brincalhona:

- Acho que você é o meu Flynn Rider. - Lauren riu.

- Como?

- Eu sou a donzela que te salva da prisão.

Lauren gargalhou.

- Bem, não foi exatamente ela que salvou o Rider, mas eu aceito que você seja minha donzela. - beijou meu rosto e se levantou rapidamente.

Me estendeu sua mão e disse:

- Vem. Vamos cantar vejo em fim a luz brilhar. - sorriu.

Ri do seu pedido e peguei em sua mão. Lauren me puxou até o meio da sala e aproximou nossos corpos.

- Lembra da letra? - assenti. - Certo, então vamos cantar e dançar. Pode começar, Rapunzel. - bicou meus lábios e deu dois passos para trás.

- Tantos dias olhando das janelas. Tantos anos presa sem saber...
Tanto tempo nunca percebendo, como tentei não ver? - Lauren pegou minhas mãos e me fez dar um giro como se estivéssemos em uma valsa me posicionando de costas para ela.

Continuei a música:

- Mas aqui, a luz das estrelas.
Bem aqui, vejo o meu lugar... - me virou de frente para ela.

- Sim aqui, consigo sentir estou onde devo estar.. - cantei olhando em seus olhos.

Ela sorriu e se preparou para cantar comigo o refrão.

- Vejo enfim a luz brilhar. Já passou o nevoeiro...
Vejo enfim a luz brilhar. Para o alto me conduz....
E ela pode transformar. De uma vez o mundo inteiro...
Tudo é novo pois agora eu vejo...
É você a luz.

Cantamos enquanto nos balançavamos suavemente. Nossos olhos não deixaram em nenhum instante uns aos outros. Castanho no verde e verde no castanho.

- Minha vez! - Lauren se afastou e fingiu se preparar. Ri da cena.

- Tantos dias, sonhando acordado. Tantos anos, vivendo a vida em vão... - se aproximou e rodeou o meu corpo como se estivesse interpretando a canção. Ri.

- Tanto tempo nunca enxergando.
As coisas do jeito que são... - parou em minha frente, me olhou e segurou minhas mãos entrelaçando nossos dedos.

- Ela, aqui, à luz das estrelas. Com ela aqui, vejo quem eu sou,
Ela que, me faz sentir que eu sei pra onde vou. - finalizou lindamente.

- Vejo enfim a luz brilhar. Já passou o nevoeiro...
Vejo enfim a luz brilhar. Para o alto me conduz....
E ela pode transformar. De uma vez o mundo inteiro...
Tudo é novo pois agora eu vejo...
É você a luz. - encerramos a música e nos abraçamos.

- Você é a luz. Minha luz, baby spice. - Lauren disse em meu ouvido e em seguida me beijou.

...

Love JailOnde histórias criam vida. Descubra agora