Love Jail

cap 4

Camila Cabello (pov)

Ela me beijou. A mulher que me sequestrou me beijou, e ainda teve a audácia de dizer que isso tudo, que toda essa palhaçada é para mostrar o amor que sentia por mim.

Furiosa, a empurrei pelos ombros:

- Mil vez o Roger. Estúpida! Ele é muito melhor do que você. MUITO MELHOR! Ele pelo menos soube se aproximar feito uma pessoa decente e não feito uma criminosa como você!- bradei, apontando para ela.

Levando suas mãos sobre a cabeça, ela fechou os olhos fortemente e ao abri- los, começou a chorar.

- Acha mesmo que irei ter dó de você? Pode chorar a vontade. Estúpida! Eu odeio você, está me ouvindo? Odeio você!

Ao levantar o rosto e me fitar com os olhos extremamente magoados, me puxou sem delicadeza alguma em direção à saída da floresta.

O caminho todo de volta até a casa foi feito no mais absoluto silêncio.

Lauren Jauregui (pov)

"Eu odeio você"
"Eu odeio você"

A mulher que eu amo me odeia. Eu tentei. Juro que tentei. Acumulei provas de que seu noivo a agredia e roubava, trouxe ela para longe dele, construí uma estufa para ela. A tratei com a maior das gentilezas. Tudo isso em vão. Ela me odeia.

Isso é loucura.

A levei sem calma alguma de volta para a minha casa decidida a acabar com isso. Entrei na casa e caminhei até o quarto. Recolhi as suas poucas peças de roupas que estavam no armário e comecei a colocá -las em uma mala.

- O quê você está fazendo?

- Não é óbvio? Eu não vou mais te manter aqui. Vou te mandar de volta para o seu noivo perfeito. - respondi rancorosa.

Ao finalizar essa frase, meu celular tocou.

"Alô?!"

"Alô? Lauren, tem três dias que eu estou tentando falar com você e não consigo. Onde você está?"

" Mãe, agora não! Estou ocupada. Me ligue em outro momento, por favor."

"Lauren, que tom de voz é esse? O que está acontecendo? Não me diga que esse sumiço tem a ver com aquela moça do restaurante?" Minha mãe disse exaltada.

"Ligo depois, mãe. Ligo depois" disse apenas.

Camila Cabello (pov)

A tal da Emma finalmente caiu na real. Estava eu observando ela conversar aparentemente com sua mãe ao telefone. Ela parecia atordoada, descontrolada, não sei dizer.

Nesses poucos dias que passei aqui nunca a vi tão perdida. Não havia reparado em como ela possui uma boa aparência. E os seus olhos...

Os seus belos olhos estão completamente apagados.

Pigarreando um pouco, falei:

- Sua mãe sabe? apoiou isso tudo? - falei calmamente.

Parando de arrumar as malas, ela se virou e disse de forma ríspida:

- Jamais. Ela a todo custo tenta me ajudar a deixar meus sentimentos por você de lado. Mas eu achava que valeria a pena tentar, me enganei completamente.

- Não é como se eu fosse obrigada a retribuir seus sentimentos. Você tem noção do que você fez? Por que não tentou me mostrar de uma forma menos criminosa e assustadora? Se apresentando a mim como uma pessoa comum. - Acusei.

- Eu tentei! - Disse exasperada.

- Quando?! Eu nunca tinha te visto antes de você me sequestrar.

- Chega, ok? Chega! Vou te levar de volta até a cidade e de lá você vai de táxi até a sua casa ou o distrito policial mais próximo provavelmente. - Disse teclando algo no seu celular.

Finalmente. Estarei livre dessa maluca.

...