Fields of Gold (Harry Styles)

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   Inspiro lentamente aquele ar fresco, de olhos fechados, o vento batendo levemente em meu rosto, acariciando - o. Abro os olhos e admiro a vista para o mar, o vento trazendo o som da risada das crianças. Estou em meio a uma plantação de trigo, que fica localizada no alto de um penhasco com uma linda vista para o mar. Quem me apresentou este lugar foi Harry Styles, há três anos, mais ou menos e a lembrança me tira uma lágrima dos olhos.
- Mamãe, mamãe! - escuto a voz de Chloe e olho, ela corre em minha direção. Benjamin não fica para trás.
- Oi, meus amores! - digo e dou um beijo em cada um, quando eles chegam - Já estão cansados? Querem ir para casa?
- Não, mamãe! - Ben grita e se joga em cima de mim. Ele e Chloe vivem juntos, mas ele é, de longe, o mais bagunceiro.
- Mamãe, conta de novo aquela história do papai? A que parece de conto de fada... - dou uma risada.
- Tudo bem, sentem os dois aqui. - dou batidinhas de leve no chão ao meu lado e eles obedecem. E assim, começo a narrar:
" Tudo começou, quando a jovem s/n estava grávida. Ela esperava seu bebê há pouco mais de oito meses e ele nasceria dali a algumas semanas. Tudo corria bem. Ela tinha um namorado, Harry e ele fazia tudo para ela. Eles se amavam. Todos os dias faziam alguma coisa juntos, iam ao cinema, parque ou só ficavam em casa mesmo, experimentando receitas novas. Eles riam de tudo, afinal, eram felizes. Mas como nada é perfeito, havia um pequeno problema, um problema que mudaria algumas coisas.
   Harry vinha sentindo uma dor no estômago ultimamente, mas tentava esconder de sua amada para que ela não se preocupasse, ela estava grávida e isso poderia afetar em alguma coisa. Mas ao longo dos dias a dor não passava e s/n acabou percebendo que tinha alguma coisa bem errada. Ele contou à ela e a mesma o forçou a ir ao médico. Ele foi. Uma radiografia foi feita e no dia em que o resultado saiu, s/n disse que iria junto e assim aconteceu.
- E aí, doutor? - s/n estava ansiosa e Harry, preocupado com ela.
- Bom, estão vendo essas manchinhas aqui? - apontou. Ele parecia preocupado. Os dois concordaram. - Brutalmente falando, você está com uma doença. E ela... - o doutor pigarreou - é uma doença terminal.
- Ai, meu Deus! - s/n começou a chorar. O doutor explicou mais cientificamente para Harry, disse como era e o que fazer. S/n não prestava mais atenção à nada, parecia que o mundo estava acabando e ela, sufocando. Ela voltou a prestar atenção quando seu namorado falou.
- E... Quanto tempo eu tenho? - Harry não parecia tão desesperado quando s/n e ela não entendeu isso.
- Semanas, talvez um mês, não se sabe. As reações variam de pessoa para pessoa.
   Naquele dia, s/n achou que ia morrer junto com Harry. Para ela nada mais fazia sentido. Por que isso estava acontecendo com eles? Logo agora que estavam tão felizes e com tantos planos para o futuro. Depois de um tempo, parece que a ficha de Harry caiu e os dois adormeceram chorando. No dia seguinte, Harry tinha uma surpresa. "
- Uma surpresa!! - Ben gritou e riu.
- Adoro essa surpresa, mamãe faz uma surpresa para mim? - Chloe se ajeita em meu colo.
- Calma, crianças, vocês não queriam ouvir a história?
- SIM - os dois gritam em uníssono.
- Continuando, então. - pigarreio.
   " s/n acordou meio desorientada no dia seguinte. Ela tinha chorado muito de noite e seu rosto estava inchado. Quando ela abriu os olhos, em sua cama havia uma linda bandeja com café da manhã. Harry apareceu logo depois, com uma flor. Ela achou errado, porque a notícia ruim que tinham recebido no dia anterior era destinada a ele e mesmo assim quem estava recebendo algo era ela.
- Não precisava disso. Você está bem? - ela deu um beijo nele - Como se sente? Está com dor? - e mais uma vez, uma lágrima desceu por seu rosto.
- Ei, tudo bem. Está tudo bem. Harry secou sua lágrima solitária - Tenho uma surpresa para você. Vamos tomar o café e depois saiímos.
- Harry, você... - eles começaram a comer - O que vamos fazer? Eu não sei viver sem você! - e com isso, ela o abraçou com uma força de um urso e não queria mais soltá - lo. Ela tinha medo por ele e por ela também.
- Vou te dizer o que vamos fazer. Nós vamos aproveitar todos os nossos momentos e você não vai deixar que isso te afete.
- Como não quer que me afete?! Harry, você vai morrer! - e ela começou a chorar de novo. Demorou para que ela parasse e depois de algum tempo, Harry conseguiu levá - lá para a tal surpresa.
Ele fechou seus olhos e a guiou, para que ela não caísse em uma pedrinha sequer.
- Posso abrir? - s/n sorriu, ansiosa. Não sabia o que esperar.
- Ainda não. - e os dois continuaram caminhando. S/n podia sentir que era uma subida e quando, por fim, pararam, ela teve que respirar um pouco antes de abrir os olhos. - Aqui está! - Harry disse, tirando as mãos de seu rosto.
   Por um momento, ela ficou um pouco desorientada. Estava muito claro, o Sol brilhava tanto em seus olhos, que teve de improvisar com a mão. E então ela olhou, e viu o paraíso. Um imenso, parecia infinito, campo de trigo. Os raios do Sol batiam nas plantas e refletiam para todos os lados. Era uma visão maravilhosa e ela não soube o que dizer de imediato, apenas ficou olhando, maravilhada e teve a certeza de que estava boquiaberta.
- Harry, isso é... é... não sei! - ela riu e ele também - É maravilhoso, é lindo, é perfeito! - e naquele momento, se ela pudesse pularia em cima dele, mas se preocupava com os bebês e apenas o abraçou com todas as forças que tinha - Eu amei.
   Eles passaram muito tempo ali. Na beira do penhasco, onde acabava a plantação - sim, infelizmente não era infinita - tinha o mar. O casal apaixonado se sentou o mais próximo que conseguiram da beira do penhasco e ficaram ali, observando as ondas do mar, recebendo o vento no rosto. Os dois se sentiram perfeitamente bem, naquela tarde. Deitaram e ficaram conversando sobre a vida, sobre coisas bobas e sobre coisas sérias, mas então, Harry se levantou com o rosto completamente sério.
- s/n, quero que me prometa, que nunca vai esquecer esse lugar.
- Mas...
- Assim como quero que prometa que nunca vai me esquecer. Sempre que se lembrar desta plantação, venha aqui e lembre de mim, lembre de nós. Me prometa isso, e eu ficarei despreocupado.
- Meu amor... - ela fez carinho no rosto dele - Eu nunca te esqueceria. Nunca. - a essa altura do campeonato ela já chorava.
- Prometa que virá aqui. Que nossa criança correrá por esses campos e você contará a ela nossas histórias e o quanto eu a amo e sempre amarei. A vocês dois. Eu amo você.
- Não se despeça. Não agora. Por favor. - s/n quase implorava e abraçou Harry com força, como se aquilo pudesse impedi-lo de sair de seus braços. Ele apenas riu e retribuiu i abraço, não parecia ter mais o que dizer.
   Quando anoiteceu e os passarinhos foram para suas casas, Harry e s/n fizeram o mesmo. Ele fez um jantar super romântico à luz de velas e contou à ela que queria aproveitar seus últimos dias nessa vida, mas sabia que ela não podia pegar avião por estar grávida, e então tinha planejado uma viagem para um lugar mais perto, onde eles poderiam ir de carro mesmo. Ela amou a ideia, apesar da situação em que estavam. Mais tarde, dormiram enquanto viam um filme. Na verdade, Harry dormiu antes e s/n ficou ali, fazendo cafuné nele, enquanto chorava com todas as suas forças, e orando para que não o tirassem dela. Foi assim que a adormeceu. Mas seu desespero foi ainda maior quando ela acordou e se levantou.
- Mas o que... - ela não entendeu nada do que tinha acontecido. A ideia de que tinha urinado perna abaixo passou por sua cabeça em um milésimo de segundo, até que ela entendeu - Meu Deus. HARRY! - gritou do banheiro, abrindo a porta - Harry, a bolsa estourou!! "
- Fez xixi na calça, mamãe? - Ben ri e aponta para sua irmã, que ainda está com problemas para abandonar as fraldas.
- Eu não faço xixi na calça! - Chloe grita e se esconde atrás de mim.
- Benjamin! Peça desculpas à sua irmã. Agora!
- Mas...
- Agora! - cruzo os braços.
- Desculpa.
- Por... - incentivo.
- Me desculpa por ter falado que você faz xixi na calça. - ele se senta emburrado e fica quieto.
- Chloe...
- Está desculpado. - ela também se senta um pouco emburrada.
- Querem que eu continue a história? Ou posso parar agora mesmo?
- CONTINUA! - os dois gritam em uníssono e eu sorrio. Mais uma vez domei os dois. - Onde parei? Ah, então...
   " Harry veio socorrê-la sem nenhuma palavra, parecia em estado de choque. Seu cabelo cacheado estava completamente fora de ordem e isso o deixava mais bonito do que ele já era. Apenas a pegou no colo e a colocou no carro, e voaram para o hospital. O médico explicou para ele que s/n estava estressada e isso fez com que entrasse em trabalho de parto mais cedo do que esperavam. O bebê era para dali a algumas semanas ainda.
   O parto demorou, foi natural e Harry passou quase a tarde inteira ali. Ele não sabia se ficava feliz por poder conhecer o filho antes de partir ou nervoso pelo parto ter sido adiantado e medo de alguma coisa desse errado. Durante todo o tempo da cirurgia, ele ficou ali orando para que ficasse tudo bem com seu herdeiro e que se algo tivesse que acontecer, que Deus o levasse no lugar. Ele ligou para os pais de s/n e disse o que estava acontecendo, eles não sabiam sobre o exame dele e tudo o que aconteceria, mas ele queria fazer uma surpresa para ela. Mal sabia Harry, que sua surpresa seria maior quando ele entrasse no quarto.
- Gêmeos?!
- Sim! - s/n disse toda empolgada.
- Meu Deus...são lindos. - Harry pegou os dois no colo e os beijou na cabeça. Uma lágrima desceu por seu rosto. Imaginou poder ver seu filho, mas recebera a bênção de um casal. Não tinha como ser melhor.
   S/n recebeu seus pais, depois que o namorado saiu e lhes contou tudo. Falou das dores de Harry e do exame. Os dois ficaram chocados e também se permitiram chorar, eles adoravam o genro. Depois, ela contou sobre a viagem que fariam.
- Ele quer aproveitar o máximo de tempo que ainda tem. Vocês têm que entender, isso vai ser bom, os bebês estarão bem perto do pai e prometo que a viagem não vai ser para longe.
- Filha... - a mãe de s/n passou a mão em seu rosto. A filha sabia que ela estava preocupada, ela e o pai.
- Vai ficar tudo bem. Prometo. - s/n sorriu e abraçou os dois.
- Dê notícias e não minta sobre nada para a gente, entendeu? - o pai disse.
- Sim, pode nos contar tudo. Somos seus pais e te amamos. - a mãe completou.
Os pais passaram a tarde ali, conversando com s/n, Harry e os netinhos. Falaram sobre muitas coisas, mas elas não eram importantes, então vou falar sobre o dia em que foram viajar."
- Sobre o que eles falaram? - Ben, como sempre curioso.
- Nada, meu amor. Falaram sobre muitas coisas, mas você não vai querer saber.
- Quero sim.
- Não quer, não. Posso continuar?
- Sim. - ele resmunga.
- Okay.
   " Harry e s/n planejaram a viagem toda, como seria, o que fariam, e tudo o que precisariam para cuidar dos bebês. Eles não eram muito bons nisso ainda. O melhor amigo de Harry tinha uma casa na beira da praia e ofereceu para que eles passassem uns dias lá. Fred, o amigo dele, quase não ia na casa e Harry já tinha ido lá várias vezes, então aceitou. Ele explicou para s/n:
- Sei que praia não é um lugar exatamente para bebês, mas é o lugar mais perto que conseguimos ir com eles e lá é muito lindo. Lembra a última vez que brigamos e eu sumi? Foi lá que eu fiquei.
- Meu Deus. - s/n riu - Não acredito que vamos levar nossos filhos para onde você ficou quando estava irritado. - Harry apenas ficou a encarando, com os olhos brilhando - O que foi?
- Ouviu o que disse?
- Que? - s/n estava confusa.
- Você disse "nossos filhos". - e uma lágrima lhe desceu pelo rosto. S/n sorriu e lhe deu um longo beijo. "
- Eca! - Chloe franze o rosto.
- Beijar é nojento! - Ben gritou e cobriu a boca com uma mão.
- Quero ver vocês dizerem isso quando forem mais velhos. E outra, não vou acabar a história nunca se ficarem interrompendo toda hora. - cruzo os braços e eles riem sem graça.
"- Vou aonde você quiser. - s/n disse para Harry.
   E assim, eles arrumaram malas e colocaram no carro. Cadeiras de praia e guarda sol também foram. Todos entraram no carro e Harry deu uma inspirada profunda antes de ligar o carro. Disse que estava indo buscar o seu final feliz. Mas antes deles saírem, o celular dele tocou e ele desligou o carro. Tinham vidas importantes em suas mãos.
- Alô. - um momento de silêncio - Olha, não vai dar não. Estou saindo de férias com a mulher da minha vida e meus dois lindos filhos. - ele abriu um sorriso de tirar o fôlego de s/n. Mas aí, seu rosto ficou sério - O que foi? Okay, está bem. Estou indo.
- O que foi? - s/n o olhou preocupada.
- Era o Dr. McCann, ele parecia um pouco alterado, na verdade. Quer que eu vá lá o mais rápido possível.
- Ah, deve ter resolvido aquele problema, sabe, eu reclamei.
- Do que?
- Eles me disseram que eu teria um filho, mas tive dois. Não estou reclamando, mas poderia processá-los. Eu só reclamei mesmo, para eles consertarem o que estivesse errado.
- Ah. Pode ser isso.
   Harry foi o mais rápido que seus bebês permitiam para o hospital e chegando lá, s/n quis ir junto. Afinal, ela tinha reclamado, queria saber o que tinha resolvido. Os dois estavam tranquilos, mas não sabiam o que os esperava. Podiam ter avisado antes.
- Doutor. - Harry cumprimentou.
- Ah, senhor Styles. Senhorita. Preciso mostrar uma coisa a vocês. Venham. - o doutor estava nervoso e isso deixou os dois nervosos também. Eles seguiram para a sala dele e se sentaram.
- Doutor, o que foi? - s/n agora estava mais ansiosa que Harry.
- Então. Vocês sabem que eu trabalho nessa sala pela manhã e a doutora Scott, pela tarde, certo?
- Sim. - s/n respondeu, sem entender a ligação. Doutora Scott foi a médica que acompanhou sua gravidez.
- O que tem a ver? - Harry foi mais direto.
- O monitor, senhor, o monitor está quebrado. Vejam. Ontem, doutora Scott fez o ultrassom de uma grávida de trigêmeos, o monitor mostrou que ela só tinha um bebê. Ela entrou em pânico, achou que tivesse abortado os outros dois, queria saber se isso era possível e quase nos processou.
- Eu avisei. - s/n disse.
- Sim, sim! Mas não foi por isso que os chamei com tanta urgência. O senhor Styles também foi atendido aqui. Quando a outra grávida fez um escândalo, resolvi tentar entender. Testei a máquina ontem, fiz uma radiografia em mim mesmo e podem adivinhar o resultado? - nenhum dos dois respondeu. Eles, lentamente, começaram a compreender.
- O senhor... - Harry começou.
- O monitor está quebrado! - o doutor gritou de novo - Senhor Styles, revi seus exames em outra sala. O senhor não está doente.
- Está dizendo...
- Sim! Harry Styles não vai morrer!
- Ai, meu Deus! - s/n conseguiu abraçar Harry, em estado paralisado, mesmo com os dois bebês em seu colo.
- O que o senhor tem, na verdade, é uma pedra na vesícula e pode ser retirada por uma cirurgia. Não precisa ser urgente, é só se quiser, mas é recomendável, fora isso, está saudável.
- Eu... eu não vou morrer. Eu não vou morrer. - e então Harry se levantou e começou a pular - EU NÃO VOU MORRER! - Ele pegou os bebês do colo de s/n e os abraçou - Vou ver meus filhos crescerem. Ai, caramba! - ele deu um beijo na testa de cada bebê e um na testa de s/n. Ela deu um beijo apaixonado nele, da forma que pôde, sem machucar os bebês no meio.
   Saíram do consultório e voltaram para o carro. Harry não podia acreditar no milagre e segunda chance que ele estava tendo para aproveitar sua vida junto com quem amava. S/n se ajeitou dentro do carro e Harry lhe ajudou com os gêmeos, mas ficou sentado em silêncio, apenas olhando para o hospital, em frente ao volante.
- O que vamos fazer? - s/n soou animada. Harry pensou um pouco e disse:
- Filhos, se preparem para a primeira vez na casa do tio Fred. - e acelerou.
   E foi assim, que Harry e s/n começaram o felizes para sempre deles."
- Ebaaaaa! - Chloe girou com os braços abertos - Eu gosto de final feliz.
- Eu sei, filha. - dou um beijo em sua testa - E você, Ben?
- Gosto. Mas sem beijo e sem princesa. Luta é mais legal.
- Meu Deus. - reviro os olhos rindo - Agora vão buscar Tommy e Oliver para a gente não... - os dois saem correndo antes mesmo de eu terminar de falar, para pegar os cachorros, que estão correndo livremente - Essas crianças. - rio sozinha.
- Que você ama. - ouço aquela voz grave e abro um sorriso. Me viro e vejo Harry, descabelado, e rio.
- Sim, eu amo. - passo meus braços por seu pescoço e suas mãos se apoiam em minha cintura - Não se preocupe, também te amo.
   Ele me joga em seu ombro e sai correndo comigo gritando. Não consigo parar de rir e gritar para parar enquanto ele corre, fazendo meu corpo pular. Ele tropeça e nós dois caímos rolando, rindo. As risadas se misturam e aos poucos vão parando. Ele me olha nos olhos, ainda com um sorriso no rosto. Ele está em cima de mim, as mãos apoiadas no chão.
- Está bem? Se machucou?
- Não - olho dentro daqueles olhos verdes e acaricio seus cabelos. Tão macio.
- s/n. - ele diz meu nome pausadamente e meu corpo se arrepia.
- Hum? - fecho os olhos. Tem muito sol a sua volta.
- Eu te amo. Mais que tudo. - abro os olhos a tempo de ver seus olhos cheios d'água, e ele me beija. Meus dedos se entrelaçam em seus cachos e meu corpo é atraído para o dele como imã.
- ECA! - ouço Ben e Chloe ao mesmo tempo e eu e Harry os encaramos assustados.
   Nos levantamos rápido, ajeitando nossas roupas e tirando alguns galhos e folhas dos cabelos. Eu e Harry nos olhamos e começamos a rir. Por que estamos com vergonha?
- Vem, Fred disse que a casa que compramos fica perto da dele. - Harry diz e passa um dos braços pela minha cintura, faço o mesmo. Começamos a andar, abraçados, descendo a colina para voltar ao carro.
- Crianças, quem quer ir à praia? - digo e os dois gritam "eu" e saem correndo, apostando corrida até o carro.
   Fico um tempo os olhando correndo. Nossos filhos. Lindos. E nossos. Quando olho para Harry, ele está me encarando com um lindo sorriso, que deixa suas covinhas à mostra. Desta vez sou eu quem o beija, Harry, agora meu marido.

*Baseado na música "Fields of Gold" do Sting.

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