Crazier (Louis Tomlinson)

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- E cadê minha netinha postiça? - ouço a voz da senhora Ana. Como é possível um ser humano ser tão fofo, gente?
- Na cozinha - agora é a voz de Lila - s/n, sua cliente vip - ela grita e segundos depois aparece na cozinha.
- Oi - dou um sorriso amarelo de trás da pia.
- O que está fazendo aí? - minha chefe e melhor amiga cruza os braços.
- Eu? Nada... quer dizer, ajudando o Fred com essa massa, né Fred?
- Não me mete em nada não.
- Arg. - me levanto - depois a gente conversa - ameaçou Fred e vou para perto de Lila - você poderia atender a senhora Ana?
- Não. Aquela mulher te ama, não é possível. Você sempre fica animada apara atendê-la. O que foi?
- Ela continua insistindo naquela ideia. - reviro os olhos.
- Qual? - Lila se faz de sonsa.
- Ah, qual é! - cruzo os braços e ela continua me encarando - ela quer me apresentar ao neto dela. Feliz?
- Sim. - ela ri - Agora vai atender sua cliente ou eu te demito.
- Não faria isso.
- Não testaria se fosse você. - ela levanta uma sobrancelha.
- Para quê um inimigo quando se tem você? - sussurro e saio da cozinha.
- Oi, s/n! - senhora Ana faz o mais próximo de correr até mim.
- Oi, senhora Ana. - sorrio e a abraço. Fofa. - tudo bem com a senhora hoje?
- Tudo sim, minha filha. E você? Ainda estressada? Vem tomar um chá na minha casa, eu faço aquele que você gosta. Uma menina tão bonita como você, não pode ficar sempre estressada. Faz mal para a pele. - ela puxa minha bochecha e rio.
A senhora Ana frequentemente ia a padaria em que eu trabalhava. Todos os dias, às oito horas da manhã, para ser mais exata. Não lembro da primeira vez que a vi aqui, mas desde que nos conhecemos ela me trata como sua neta. Sempre foi muito fofa comigo, até descobrir que eu não estava mais namorando. De acordo com ela, eu deveria conhecer seu neto, Louis, mas tanto eu quanto ele sempre dizíamos estar ocupados para isso. Ela fica um pouco revoltada, mas mudo sempre de assunto.
- Vai querer o que hoje?
- Me dá uma fatia de bolo de laranja e coloca o de sempre para eu levar. - a ajudo a se sentar na mesa mais próxima do balcão, onde ela sempre conversa comigo.
- Cuidado com o açúcar, a senhora não pode abusar tanto hein.
- Vou morrer algum dia, não vou? Me deixe aproveitar as delícias da vida. - ela dá de ombros.
- Credo, Ana! Vira essa boca para lá! - bato três vezes na madeira do enfeite no balcão - a senhora ainda vai viver muito. Vive andando para cima e para baixo, não para quieta, e está certa. Errada sou eu que não corro há muito tempo.
Entrego o bolo dela e faço seu pacote para viagem. Enquanto converso sobre os afazeres dela, atendo os outros clientes. Ontem o neto dela a levou para jantar em um restaurante italiano e ela estava reclamando do que comeu. Eu só ria. Fiquei tensa a partir do momento em que ela disse que seu neto viria buscá-la hoje. E, claro, ela queria nos apresentar, por mais que ele tenha dito que passaria muito rápido. Pelo que entendo, ela morava sozinha com ele, seu marido havia morrido e os pais do neto moravam em outro país.
- Ah, aquele é o carro dele! - cheguei a me assustar no meio da conta que fazia de cabeça.
- Que?
- Louis chegou. Não acredito que finalmente vou apresentar vocês.
- Aqui, seu troco, volte sempre. - sorrio para a moça à minha frente e assim que ela sai, corro para a cozinha.
- O que você está fazendo aqui de novo, s/n? - Lila levanta a cabeça. Acho que está fazendo a lista do estoque.
- Lila, você tem que me salvar! - só imagino como devo ter uma expressão desesperada nesse momento - O neto da senhora Ana está aí.
- Aproveita e acaba logo com isso. Vai lá e diz um oi, depois volta para cá.
- Não. Lila, eu não aguento mais a Ana tentando fazer com que a gente se conheça. Já disse a ela que não tenho tempo para isso, tenho o trabalho e a faculdade. Por favor, só vai lá e fala que fui ao banheiro.
- Ai, okay. Mas essa é a última vez. Da próxima você vai conhecer esse garoto e acabar logo com isso. - ela começa a andar, mas para na porta - eu só ainda não consegui decidir se você tem medo de decepcionar sua avó postiça...ou realmente gostar do cara. - e saiu antes que eu dissesse algo.
- Nem me olhe. - Fred diz quando o encaro.
- Ei, você nunca me ajuda. Espera só precisar de mim. - me sento onde estava Lila.
- Se eu disser o que penso, você nunca mais olha na minha cara - ele da de ombros e vai tirar alguma coisa do forno.

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