E Se Eu Ficar?

Acima de tudo!

A vida de Hank Voight está nas mãos do cardiologista, Dr. Patel, do Chicago Dade. A agonia por notícias , vai dos corredores do hospital passando pela Unidade de Inteligência e indo até a UVE de Manhattan. Todos, até os mais exigentes estão querendo que o sargento se saia bem dessa. Lá em NY, todos estão completamente estupefactos com tamanho do acidente em que o sargento sofreu. Isso prova que não existe dia e nem horário certo para que "os mais treinados" sofram algum dano. Caindo por terra qualquer teoria egocêntrica bizarra! Rollins continua cuidando do pequeno Noah, que não faz ideia da situação em que sua mamãe se encontra: em um leito de hospital. Dodds, o pai, está mais preocupado em ter um tenente interino enquanto Olívia esta fora, do que com o próprio estado em que ela se encontra - pra variar. Mike ficou ao lado dela no hospital e se quer "pregou" o olho para dormir.

Enquanto isso no Chicago Dade, depois de quase quatro horas de espera, finalmente uma notícia do Dr. Patel, que fez Antônio, Ruzek, Jay e Erin, que chegou logo após saber do ocorrido, se levantarem do sofá esperançosos.

– Detetives, o sargento está fora de perigo. A bala, por milagre, apenas atingiu de raspão o coração... - Doutor dá a boa notícia da menos pior .

– Graças a Deus! - se alivia Lindsay, logo em seguida abraçou Antônio.

Ruzek e Jay vêem o médico mudar o semblante, fazendo assim, eles ficaram muito preocupados.

– O que foi Dr. Patel, o que houve? - pergunta Ruzek bastante preocupado.

– Bem... ele teve um traumatismo craniano em grau três e ficará em coma induzido, até que o coágulo, que foi ocasionado devido à queda, normalizar - notifica o Doutor.

Ruzek continua conversando com o médico, enquanto Jay, se afasta lentamente e bastante perplexo com o estado em que seu chefe se encontra. Erin fica aos prantos nos braços de Antônio, sem muito saber o que fazer ao ouvir que o estado dele ainda é grave. As próximas horas serão cruciais para vida do sargento, que tem possibilidades de ter um dano cerebral e até perder a memória se o seu quadro não estabilizar.

As coisas não estão nada fáceis. Uma madrugada tensa e bastante triste se estendeu até mais que o devido. Mike estava completamente pernoitado, com os olhos avermelhados e ainda sim persistiu ficar de pé ao lado do leito em que a tenente estava. Ele a observava atentamente a cada detalhe de seu rosto e, por um momento, acariciou o cabelo dela imaginando que ela acordasse repentinamente. Quando finalmente viu que Olivia reagia, ele rapidamente recolheu suas mãos colocando-as no bolso de sua calça, disfarçadamente.

– Eu nunca vi uma sargento tão dorminhoca em minha vida! - Brinca Mike

– Pelo jeito, com tão pouco tempo em que estamos trabalhando juntos, descobriu que eu gosto de dormir... Droga! - Olivia sorri com dificuldades devido estar sob efeito de sedativos.

– Para desvendar mistérios que eu vivo. - acrescenta Mike. - Como você está Olivia?

– Eu não vou mentir para você, eu não estou bem! É a primeira vez que eu digo isso! – desabafa. - Talvez, não ficarei bem tão cedo até que o Hank melhore. Ele é como um amigo pra mim... - completa Olivia tentando esconder de Mike a relação em que eles têm.

– Não precisa mentir pra mim! Eu, meu pai, a UVE... todos nós sabemos o que há entre vocês. - dispara Mike. - Eu sei que andaram se encontrando as escondidas... como daquela vez que eu bati à sua porta e a encontrei com a blusa dele... - revela

– Sobre aquela blusa... você é muito observador senhor Mike Dodds! - Diz Olivia sorrindo e lembrando da situação.

– Fique tranquila! Só eu sei o que aconteceu entre vocês àquela noite e não contarei nada a ninguém. - Acalma o sargento. - Sobre o seu corpo e o pedaço da lingerie em que estava vestida...? - dispara Mike brincando e passando seus olhos por todo o corpo dela como fez da primeira vez em que se encontraram, ameaçando levantar o lençol do hospital em que a cobria, a descontraindo.