Nunca mais me deixe

52 2 0
                                    

O que dizer da saudade quando se aflora com ímpeto de fazer o nossos corações doerem, bombear mais sangue e explodirem em adrenalina, ao bater mais forte todas as vezes que lembramos de alguém muito especial em que sentimos falta. É verdade, sentir falta de alguém demostra que nos importamos com tamanha intensidade sobre um sentimento já enraizado em nossa alma e, que, a queremos o mais breve possível ao nosso lado. 
Concordo que, para se gostar ou amar alguém, exige um grande cuidado ao que se deposita e dispõe ao coração. Deles sabemos que procede as saídas da vida, mas se ele é enganoso... Poderemos sempre contar com ele, parcialmente falando, em qualquer situação e em dar as "saídas"? Já de antemão, neste orgão tão precioso há uma via de mão dupla, se pensarmos assim. Obterá soluções ou confusões. O importante será viver! Você poderá escolher quem quer que entre ou saia dele. Autonomia terá eternamente sobre isso. O desapegar de certos sentimentos frustrados que é a experiência e exatidão que poucos conseguem durante toda a vida.

Por falar em saudades, Mike está radiante em felicidade por finalmente estar em NY. Novamente na cidade em que tanto adora, o ex-sargento poderá viver e estar com quem tanto ama. É bem verdade que ele não veio sozinho. Annelyn, sua adorável mãe, estava na maior metrópole do mundo junto de sua companhia e pretende fixar moradia ao tentar achar cuidados especiais de saúde, seguindo de um bom neurologista. O intuito é retardar o seu câncer para que viva por muito mais tempo de ver seus futuros netos. Mike quer mantê-la por perto e aproveitar a cada segundo. O tempo em que ficou separado dela ao tentar uma carreira na polícia, andando sempre na sombra de seu pai e em períodos de guerras servidas no Afeganistão, sugaram quase todos os seus momentos e oportunidades a ponto de quase não chegar a vê-la com vida. 
Olivia não sabia o que a aguardava. A tenente estava em clima de tranquilidade, largos sorrisos e sentindo que algo bom aconteceria, em breve. Ela, por sua vez, está em seu quase terceiro mês de gravidez, sente o quão é valioso carregar seus gêmeos preciosos. Noah anda dando seus passos por todos os cômodos do imóvel. Agora, que aprendeu a andar e tenta expressar algumas palavrinhas, o pequeno não quer saber de outra coisa a não ser andar atrás de Olivia e acompanha-la aonde for agarrando-lhe pelas pernas e a chamando alegremente por "mamá". Além de esperto, ele é o verdadeiro protetor e segurança da mamãe enquanto Mike não poderia estar por perto.

Em Chicago, as investigações na casa de Ryan sobre um possível vestígio de algo em que incriminem Comandante Fischer e William Dodds, estavam a todo vapor. Erin e sua turma não paravam se quer um minuto junto da perícia pela busca implacável por algo valioso e que lhe ajudaria, na casa do falecido. Enquanto o incansável trabalho continuava, Voight estava arrumando sua mesa e guardando todos os seus pertences para o seu possível "adeus", na Unidade de Inteligência. Era comovente como vagarosamente juntava seus objetos ao lembrar de cada momento marcante em que passou no local. Sobre muito sentimentalismo e lágrimas explícitas, o sargento avistava o misterioso Comandante Fischer vindo em sua sala para o protocolo de despedidas. Voight não o olhava muito, procurava manter toda a sua atenção no que se encontrava fazendo.

— Bom dia, Voight. Vejo que esta bem decidido ao que escolheu para o resto da vida... - diz sem muito alarde. Pega uma cadeira avulsa que está em frente a mesa e que é destinada a "visitas" e mantém o semblante sério ao ver que Voight continua lhe ignorando, arrumando suas pertences. - Não precisa ser tão dramático, Voight. Você sairá com sua aposentadoria bem recheada... - o provoca, meio incomodado com o silêncio do sargento.

Voight parou por alguns segundos de fazer o que estava desenvolvendo. Continuou com a palma de suas mãos apoiadas aos beirais da caixa como se fosse locomove-la a algum lugar novo. Olhava fixamente ao que estava dentro dela, mas, em especial, para o pequeno bilhete embrulhado que Olivia haveria lhe enviado junto com a bebida.

— Acho que sei muito bem o que posso fazer depois de tudo isso. Eu fui muito sagaz em alavancar minha carreira policial aqui e não me arrependo de tantas vidas que pude salvar. - desfere um olhar bem intimidador para seu chefe e ressalta orgulhoso de si.

E Se Eu Ficar?Onde histórias criam vida. Descubra agora