Eu te perdôo

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Duas semana após o reencontro de Mike, Olivia e Annelyn, algumas coisas iam se consolidando entre eles. Pensando assim, uma nova família estava fixando suas fortes raízes em NY. Tudo perfeito em uma cidade que, só por seu apelido, Big Apple (A grande maça) é impossível não apaixonar-se e sentir à fundo algo tão forte como essa fruta tão doce e suculenta simboliza à nós. Quem ousa ser o individuo que não gosta dese fruto tão maravilhoso?! Bem, existe até uma classificação grosseira para este ser, mas cada um com o seu cada qual. Sem ressentimentos.

Em Chicago, as lacunas que merecem ser preenchidas davam um ar de incompletude. Bastava o chefe Dodds não estar em coma induzido devido ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) agudo e traumatismo craniano - das bordoadas violentas de Mike; Ryan não ter sido assassinado e enterrado, possivelmente, levando com si, as pistas que conduzem os dois maiores comandantes de policia à prisão. E, por fim, Voight, por ter deixado a chefia da Unidade de Inteligência por estafa emocional, sobre algumas negligências que acima de seu comando se estabelecia. Indo de encontro a vida pessoal do ex-sargento, ela está se tornando um caos total desde o último telefonema em que recebeu. Bastou lembrar-se deste breve acontecimento para logo procurar tranquilidade em pequenos comprimidos de calmantes que sempre se situa encima de seu criado mudo - acompanhado de um generoso copo com água. Ele passou a medicar-se regularmente desde que a insônia se tornou sua pior inimiga. Era impossível ele parar de tomá-los. A ansiedade era grande.

No dia seguinte...

Voight havia acabado de acordar. Como de costume, sempre fica sentando e pensativo à beira da cama. Enquanto olhava para a janela, pôde relembrar de alguns momentos felizes em que lhe ocorreram em épocas passadas. Lembranças que eram bem acompanhadas de um breve e tímido sorriso de canto de boca - demonstrava estar mais tranquilo. Não demorou muito a ser interrompido pelo som da campainha. "Alguém" o chamava assiduamente, lá fora. Ele sabia que Erin já tinha ido trabalhar e mesmo perto das escadas, pronto para descer, resolveu gritar por ela como de costume “- Erin!" - realmente pôde ter certeza que ela não o respondia de imediato e por vontade própria desceu meio tonto devido aos efeitos dos remédios e atendeu à porta. Ao abrir, se surpreendeu por receber a visita inesperada da Dra. Spivot. Ela, por sua vez, sustentando um sorriso amigável disfarçando um pouco do receio por procurá-lo.[Vale a pena lembrar que o último encontro dos dois não foi nada bom.]

— Bom dia, Hank! - sorri

— Bom dia, Chase. - a responde com uma voz meio ociosa, retribui o sorriso e mantém o contato visual com ela.

O silêncio toma conta do momento por alguns segundos. Suspiros espontâneos de ambos eram o ingrediente principal, demonstrando que tinham algo interminável mantendo-os ligados. Os dois se olhavam. Esperavam pela coragem. Alguém tinha que se doar a falar primeiro.

— Chase, por quê não entra para que possamos conversar melhor?- a convida educadamente, cortando o silêncio instigante e teimoso que se estabelecia. Sai do meio do portal, encostando-se à porta para que ela adentra-se ao local.

— Obrigada! - o responde serenamente.

Spivot adentra calmamente ao local, seguindo Voight até o cômodo em que ele escolhera para se acomodarem e ficarem à vontade. Ela estava temerosa por conversar algo com Voight de que o envolveram, no passado. Tomavam um café enquanto o momento era oportuno e desenrolado. Um deles daria o braço a torcer em algum momento.

— Hank, eu sinto muito por ter te ligado inesperadamente, há uma semana, e ter aparecido aqui assim. Foi algo que precisava, sabe? - revela ao lamenta-se, simultaneamente. Leva a xícara de café à sua boca e desvia seu olhar ao dele.

— Não... Tudo bem, Chase. – a responde calmamente e a observa, quanto a suas expressões corporais e faciais.

— Lembro-me de quando brigamos por você ter me pedido algo em que não queria fazer, na última vez em que nos vimos... - relembra vagamente, ainda temerosa e cuidadosa.

E Se Eu Ficar?Onde histórias criam vida. Descubra agora