Cuidado

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Não sei o que faço às vezes fico perdido em meus pensamentos, pensando em como minha vida teria sido diferente, estou a beira de um precipício e a minha vontade é de me jogar e talvez isso seja o que eu devo fazer, eu me levantei rapidamente da cama e me direcionei para o banheiro tomarei um banho e depois irei me aprontar falta pouco tempo antes que saiam, tenho que me arrumar provavelmente todos já devem estar prontos, mas pelo que eu conheço certa pessoa ainda deve estar se aprontando.

Tomei um banho rápido e eficaz, escolhi um vestido para baile que eu havia ganhado, sua cor era clara, rose longo com pedrinhas brilhante  simplesmente radiante, perfeito.  Vesti e me olhei no espelho, eu estava parecendo uma princesa, ajeitei o meu cabelo em um penteado simples passei o pó de arroz no rosto dei cor aos meus lábios.

Passei as mãos nos meus braços, e respirei fundo me aproximei da porta e a abri, lentamente me movi em direção a escada e pude perceber que ao chegar ao alto não havia ninguém ali apenas alguns empregados que pararam o que estavam fazendo para me ver, fiquei sem graça, mas quando eu cheguei no último degrau pude ver Dracula em sua vestimenta perfeita, seu cabelo bem penteado e com aquela boca rosada que lhe caia bem. Eu não sei o que estava acontecendo comigo, talvez fosse o convívio com ele, a curiosidade não sei, mas irei descobrir o que se passa comigo eu não posso estar apaixonada por aquele homem.

Quando seus olhos azuis entraram em contato com os meus pude perceber a irritação em seus olhos, mas eu não sabia disser o motivo de seu olhar está tão negro, continuei a caminhar em sua direção com o meu coração batendo descompassado, porém antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele saiu pela porta desceu a pequena escada da frente indo em direção a carruagem.

- Não iremos esperar sua irmã?. Disse apressando os meus passos.

- Ela foi na frente. Disse entrando na carruagem. Sentamos frente a frente e durante todo o percurso ele não disse uma palavra e por um momento fechei os olhos e deixei a minha cabeça me levar para longe.

- Não irá descer?. A voz de Dracula me tira de meus pensamentos.

Assenti com a cabeça, quando pisei no gramado ele me estendeu a mão e eu aceitei, meu coração palpitava e eu dizia a mim mesma "para com isso, é uma mão acompanhada de um braço forte, um corpo forte e de lábios rosados e carnudos que tem um sorriso perfeito, que coisa irritante, pode parar sua idiota." 
Agora eu sei talvez seja o convívio e a beleza dele, aposto que haverá homens mais bonitos aqui e eu ficarei encantada também.

Quando adentramos aquela imensa mansão todos nos olharam foi um pouco vergonhoso mas suportável, durante quase toda a festa Dracula me evitou, até o momento em que eu me cansei daquela situação, descidi sair a procura de Jessica porém um fundo musical tomou conta do ambiente e senti uma mão dar um pequeno toque no meu ombro, quando me virei pude ver de quem se tratava, o filho do prefeito que estava sorrindo pr mim com uma de suas mão esticadas em minha direção.

- Me concede essa honra?.  Disse com os olhos brilhantes.

- Claro, que sim. Ele realmente era encantados,  bonito, simpático e muito educado sabe tratar bem uma dama.

Quando dançávamos naquela música tranquila, romântica pude ver um vulto rápido a se aproximar e aparecia irritado percebi Dracula parado do nosso nado, então enfiou a mão no meio onde havia uma distância entre eu e meu par o empurrando para longe de mim.

- Daqui pra frente eu que irei dançar com essa dama, se me der licença. Ele me puxou para mais perto de si e apertou a minha cintura, pude sentir seu cheiro de menta que me tirou do chão, mas alguma coisa em minhas pernas me incomodaram.

- Com licença. Escutei uma voz feminina. - Posso dançar com ele agora?. Perguntou a loira com um ar de quem quer mais do que uma dança e só então percebi que aquele homem vivia rodeado de mulheres bonitas, e eu claramente não me encaixava nesse quesito, não sou feia mas tenho uma beleza natural e normal, hoje em dia as mulheres se pintam bastante e ficam lindas, já eu não gosto e isso me faz ser tão sem graça.

- Claro. Sai do agarro daquele homem e me afastei, eu sou uma louca mesmo por achar que ele poderia me ver como sua esposa, como poderia se ele está sempre rodeado de mulheres bonitas, e eu sou simplesmente, normal mas sei que beleza não é tudo na vida porém eu gostaria de ser a única a quem ele só tem olhos.

Foi nesse momento em que eu percebi que eu sou completamente apaixonada por aquele homem e se eu não der um jeito nisso, nessa paixão ela irá me destruir por completo pois ficarei vulnerável perante ele e é isso eu não irei admitir. Sai daquela festa sem olhar para trás e foi aí que vi o condutor da carruagem e acenei para ele que se direcionou em minha direção.

- Mas senhora, tão cedo. Respirei fundo pois ele realmente tinha razão estava muito cedo para sair de uma festa mas aquilo já havia acabado para mim.

- Infelizmente sim meu caro, será que vc pode me levar para casa?. Perguntei.

- Claro. A viajem de volta parecia enorme.

- Obrigada. Agradeci dando um leve sorriso.

Quando eu cheguei, fui logo entrando correndo em direção ao quarto, subi aquela escada como um relâmpago e só parei quando cheguei na porta, ainda com a respiração ofegante eu rodei o trinco da porta e a abri lentamente mas levei um susto quando vi Dracula deitado na cama com o rosto virado para mim.

-  Porque demorou tanto?. Idiota, como ousa zombar de mim, eu não sou uma vampira. - Porque saiu da festa tão rápido?. Respirei fundo e sorri.

- Porque eu não queria ficar mais lá. Fechei a porta atrás de mim.

- Por algum acaso você ficou enciumada?. Nesse momento o meu coração bateu descompassado parecia que estava querendo sair correndo de tanto nervosismo.

- Eu não estou com ciumes de um homem como você. Arqueei as sobrancelhas.

- Eu posso escutar as batidas de seu coração, esta tão acelerado que parece um cavalo selvagem correndo pelo campo. Ele levantou rapidamente da cama e veio em minha direção.
- Então não minta pra mim. Ele segurou meu queixo com uma de suas mãos, esfregou o polegar em meus labios tirando o batom que passei para ir na festa e soltou meu cabelo escuro que caia sobre a pele como cascatas. - Prefiro você assim. Nesse momento eu já não pensava direito.

- Beija - Me. Ele olhou para mim por um segundo e sorriu de canto de boca, me faltou oxigênio quando ele me pegou pela cintura quebrando todo espaço que havia entre nós. Como ele poderia ser tão selvagem e fazer com que meu coração batesse acelerado por ele.

Quando eu senti seus lábios tocando os meus, parecia que eu havia entrado em um turbilhão de emoções, minhas maos em seu cabelo pousada tranquilamente enquanto suas mãos apertavam minha cintura, ele parou o Beijo fazendo com que eu me perdesse mas sua boca tinha um novo destino, e o meu pescoço foi o escolhido, minha pele se arrepiou e sem planejar soltei um pequeno gemido.

De repente meus pés não tocavam mais o chão pois ele havia me levantado e como se ele quebrasse o espaço tempo me colocou na cama, ficando sobre mim, não sei onde estava a minha cabeça, arregalei os olhos quando ouvi o barulho de tecido sendo rasgado.

Eu estava com um vestido para dormir por baixo no que ele havia acabado de rasgar, simples e fino era o pequeno tecido que eu usava por debaixo da roupa e ele estava a me encarar em silêncio, passou a mão sobre a minha barriga com aquele olhar em chamas, mordeu o lábio inferior.

- Me desculpe não sou tão voluputuosa quanto as demais mulheres. Tentei me esconder mas ele me impediu.

- Você é linda, seu cheiro é bom, seu corpo perfeito, eu só estou surpreso de que isso esteja assim acontecendo. Eu fiquei sem graça e por mais que eu queira ter uma noite de amor com ele eu posso minha família não admitiria, eu não saberia o que iria acontecer depois quando eu me entregasse a ele e o mais importante de tudo ele nas me disse que me amava.

Como um leão faminto ele sugou os meus lábios me fazendo sentir várias sensações ao mesmo tempo e aquilo de certa forma me assustava mas eh teria que dar um basta naquela situação por mais que eu estava gostando não é o certo, fazer isso, me afastei lentamente e olhei em seus olhos que me queriam.

- Não posso se sua, não assim e muito menos agora. 

DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora