Série Os irmãos Backar - Amor por preconceito (Victor Ruiz) - livro 4.1

Consequências

Muitos diziam para que eu terminasse Victor e eu pensava comigo mesmo que ainda precisaria escrever mais, mas escrevendo esse capítulo eu notei que é sim o fim, porque nunca foi planejado um livro grande e esse casal viveu o que tinha que viver. 

Talvez tenha ficado muita coisa em um só capítulo e vocês achem demais, mas eu preferi concluir assim, certo? 

Espero que gostem e perdoem a falha dessa autora que novamente demorou um século para aparecer.

----------------------

Completamente desconfortável e sem saber como agir, Samanta limpou as mãos na lateral do vestido justo e passou a mão nos cabelos negros presos não tendo certeza de como encarar aquela situação.

Em outros tempos poderia agir de outro modo, mas ali, naquele momento, simplesmente estava odiando seu dom de gerar tumulto sempre que aparecia em público e pior, envolvendo homens comprometidos. Parecia uma sina e além da preocupação com a imagem da exposição, não queria ser mais uma pequena faísca naquela bomba que era o casamento de Genevieve LaMarque e seu marido.

Mario cambaleou para próximo a parede e virou a garrafa pessoal franzindo o cenho, a balançou crispando os lábios finos em desagrado. Estava suando em estado de completa embriaguez e Samanta começou a se preocupar, porque aquele homem era CEO do Banco Nacional e não ficaria nada bem se aquela imagem vazasse.

– Genevieve, não somos próximas e imagino que nesse momento não queira me escutar, mas se quer um conselho de quem não deseja ver nossas imagens públicas sendo distorcidas na mídia e prejudicando a todos e inclusive a exposição, vamos pensar racionalmente aqui. Precisa tirar seu marido daqui antes que alguém o veja.

– Não pense em me tirar daqui. – Mario alterou-se ainda tenso e confuso. – Eu quero a porcaria do divórcio.

– Pelo amor de Deus se não vai levá-lo peça a alguém que o faça. –começou a se irritar com a inercia da atriz francesa que mirava o marido como se não o conhecesse.

– Está bêbado?

– Estava abraçada com dois garotos de vinte anos? – ele rebateu.

Samanta levou os dedos a ponte do nariz.

– Discussão de casal aqui não, por favor, não estamos no privado e vocês precisam fazer isso sozinhos.

– Não temos nada o que discutir. – Genevieve sorriu, mas era um sorriso completamente fora do tom e pouco verídico, seus olhos azuis pareciam estagnados.

– Pelo amor de Deus, não me diga que sua surpresa em encontrá-lo bêbado vai fazê-la deixá-lo aqui e se prejudicar e a nós duas no processo?

– Eu ainda estou tentando entender tudo isso e não se esqueça que os peguei em um momento íntimo.

Samanta bufou.

– Tudo bem, não é da minha conta seu casamento, sua índole ou o comportamento dele, mas não julgue a atitude de um bêbado que procurou abraçar uma desconhecida para encontrar consolo por ter visto a mulher com outros. O que acha que ele faz? Joga truco enquanto você se diverte?

Genevieve pela primeira vez olhou em seus olhos.

– Isso não cabe a você.

– Tem razão, mas vocês dois me colocaram no meio disso e eu sou a tola que tentou ajudar.

Leonard se aproximou disfarçadamente e Samanta notou com um suspiro Victor os observando do outro lado e fazendo o mesmo.

– Ai. –o pintor francês sorriu meio tenso. – Mario, meu grande amigo, vamos ali beber um pouco de água, você toma um banho no meu apartamento e dorme na minha cama com Gen, eu durmo em um hotel.