Por esse mundo eu tenho tropeçado
Tantas vezes traída
Tentando achar uma palavra honesta para encontrar
A verdade livre
Oh você fala comigo em enigmas
E você fala comigo em rimas
Meu corpo doe por respirar seu ar
Suas palavras me mantêm vivaE eu seria aquela
A segurá-lo forte
Beijá-lo com força
Te deixarei sem ar
E depois, eu enxugaria suas lágrimas
Apenas feche seus olhos querido--- Possession, Sarah Mclachlan
As luzes da cidade os acompanhavam à medida que o carro deslizava suave pelas ruas, Samanta estava determinada a manter os olhos na paisagem porque se olhasse para o loiro era provável que suspirasse como uma adolescente boba.
Era verdade que ele havia a surpreendido. Nunca alguém fora busca-la daquela forma, deixando claro que queria passar apenas algumas horas ao seu lado, sem nenhuma pretensão, nenhuma intenção a mais que apenas estar com ela.
Era bobo, não queria, mas sentira um aperto quente no peito com aquela sensação nova.
— Espero que não ache um programa entediante. – ele admitiu contornando para estacionar e ela observou ao redor. – Vem. – desceram do carro e ele deixou o terno no mesmo, guardou a chave e deu a volta passando o braço ao seu redor. – Há aproximadamente um ano vivemos em São Paulo, antes disso viemos poucas vezes, mas todas elas eu peguei o carro e vim aqui sozinho, é a primeira vez que trago alguém.
Ela conhecia o parque por nome, era o Parque do Pôr do Sol no Alto de Pinheiros, ele acertara em um ponto. Ela jamais pisara em um parque antes não fazia muito sentido para ela, mas ainda assim resolveu não contestar já que fora pega de surpresa, na sua cabeça ele a levaria para jantar e então para seu apartamento.
Depois da entrada ele ofereceu a mão e ela o fitou confusa, ele sorriu e ela rolou os olhos sem graça e aceitou que ele lhe segurasse a mão. Passaram a caminhar sem pressa era tudo gramado e leve, já anoitecia há algum tempo e haviam algumas pessoas por ali. A certa altura ele a fez subir alguns degraus para uma espécie de redoma gramada no centro do parque onde algumas pessoas se sentavam em grupos, mas estava quase vazio.
Ele a guiou para uma árvore mais afastada e sentou-se na grama, ela colocou as mãos na cintura o fitando incrédula, mas ele não tirou o sorriso do rosto. Os últimos raios de sol derramavam-se no horizonte e ela suspirou sentando-se ao seu lado com uma pequena careta, mas esqueceu de tudo quando ergueu os olhos e o pôr do sol mais incrível que já vira aconteceu bem a sua frente. Foram poucos minutos de raios dourados lançados num céu de um avermelhado único, mas a emoção que a tomou assistindo aquilo perdurou mais tempo, uma sensação boa como uma paz profunda infiltrou em seu interior a deixando dormente.
Poucas vezes na vida Samanta tivera tempo e disposição para observar além do que havia ao seu redor e não se lembrava de nenhuma vez ter parado para agradecer por alguma coisa, mas ali frente aquele espetáculo ela entendeu que havia sim pelo que agradecer, uma delas por poder apreciar aquele show da natureza que nunca parou para assistir e ver a beleza deslumbrante que exercia.
Aos poucos o céu escurecia sobre suas cabeças e quando olhou para o lado novamente se surpreendeu com Victor deitado na grama com os braços cruzados atrás da cabeça e um sorriso terno, era como se soubesse o que pensava.
Virou-se para frente e permaneceu ali sentada com a cabeça livre de qualquer pensamento inquietante. Não soube dizer quanto tempo ali permaneceram, mas já haviam estrelas no céu escuro quando escutou o sorriso dele.
— Eu não sabia o que gostava, então optei por te apresentar algo meu que ninguém sabia. Sua vez. – ela voltou-se para o belo loiro, seus olhos pálidos a fitavam com expectativa o que a surpreendia cada vez mais.
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Série Os irmãos Backar - Amor por preconceito (Victor Ruiz) - livro 4.1
Romance***Spin off da série os irmãos Backar*** Victor Ruiz nunca teve medo de se apaixonar e se entregar a alguém, no entanto enquanto a flecha do cupido não o acerta ele leva a vida intensamente sem preocupar-se em decorar os nomes das suas parcei...