ENCONTRO ARRANJADO

Cap 01

Narrador normal

O céu permanecia imerso em nuvens cinzas, a tempestade caía rigorosa, mas o tempo sombrio do lado de fora não se comparava a fúria dentro de Regina Mills. O açoitar da porta foi ouvido pela ruiva que anteriormente estava lendo. Uma morena furiosa surgiu pela porta.

--Zelena! --A Mills mais nova rosnou entredentes. --Se vai me forçar a ter encontros, poderia ao menos encontrar um cara que não more com a mãe, que trabalhe, tenha um mínimo de inteligência exigido por um ser humano normal! Ou pelo menos que seja bonito! Ah! Antes que eu me esqueça seria viável um homem que não tentasse me atacar!--A morena terminou, a expressão de fúria fazia a veia em sua testa ficar proeminente e seus olhos brilharem de ódio. Zelena poucas vezes havia visto sua irmã tão furiosa.

--Regina! Ele tentou o que?!--A ruiva levantou preocupada analisando a mais nova.

--Para Zelena! Eu estou bem, não graças a você. --Regina falou próximo ao rosto de sua irmã que engoliu em seco. As lágrimas nos olhos da ruiva não intimidaram a mais nova. Embora a diferença de idade entre as duas seja significativa, em maioria parecia que a mais velha era Regina.
A morena subiu para o quarto furiosa, assim que entrou arrancou o cachecol do pescoço e começou a se despir.

--Não sei porque ainda vou nesses malditos encontros, porque ainda escuto aquela ruiva estúpida. --Regina maldizia até que avistou o motivo pelo qual Zelena sempre conseguia ter o que queria, Scott, pai das Mills, seus olhos azuis eram refletidos nos de sua irmã mais velha e por isso sempre conseguia o que queria.
Regina suspirou e balançou a cabeça negativamente terminando de tirar a última peça de roupa, após o banho falaria com a ruiva. Mas agora tudo que precisava era tirar a sensação das mãos ásperas do seu acompanhante sobre suas pernas. Não havia acontecido nada além de algumas apalpadas, mas as mulheres sabem que depois disso vem o resto e que em meio a isto... seu corpo pode ser violado da forma mais brutal.
Após um banho longo Regina vestiu seu conjunto de short e blusa de alças cor branca com corações vermelhos e desceu. Zelena ainda estava na sala.

--Verdinha...

--Regina me desculpa por favor, se eu soubesse que esse cara ia fazer isso nunca teria marcado esse encontro. --A morena abraçou a ruiva.--

--Eu sei que não fez por mal, não foi culpa sua, eu que aceito sair com completos estranhos.

--É, por minha causa.

--Não aconteceu nada e nunca vai acontecer, sei me defender verdinha, não precisa chorar. --Zelena parou e acalmou-se. --Mas acho que está na hora de parar de tentar encontrar alguém para mim, seja feliz com seu namorado, que eu serei com meu filho, eu não preciso de um homem na minha vida, eles só fazem bagunça, em todos os sentidos.

--Juro que essa foi a última vez, quando estiver pronta sei que vai encontrar alguém.

--Obrigada.-- Em minutos o assunto pesado havia se dissipado e risadas ecoaram na mansão. As duas irmãs eram muito diferentes, mas se amavam além de tudo.

O dia seguinte amanheceu sem nuvens, não havia resquícios do dilúvio da noite anterior, a casa estava completamente em silêncio e os primeiros raios de sol adentraram as janelas do quarto de Regina. Não, ela não esqueceu de fechar as cortinas, Mills nunca dormia de cortinas fechadas pois tem medo de escuro, quando era criança Regina era muito calada e uma babá deixava ela de castigo em um quarto escuro da casa, algumas vezes passava o dia inteiro lá, seus pais só descobriram em um dia que foram mais cedo para casa, a babá havia saído e Cora escutou o choro da filha, encontraram a menina em prantos após ter machucado a mão em um prego saliente que havia ali. Desde então a morena desenvolveu fobia de lugares escuros, ela tentou o tratamento, mas se recusou a tomar remédio. Acabou tento que conviver com isso.
A luz do sol refletiu na pele de Regina e como se alguém tivesse a tocado, ela acordou. Esticou o corpo alongando seu tronco e pescoço, a morena olhou para o relógio e levantou, eram cinco e quarenta da manhã, para alguém com fobia do escuro a aurora é segurança então Regina saía para correr ao nascer do sol. Ela seguiu sua rotina de sempre, fez suas necessidades matinais, tomou banho, passou exatos cinco minutos escolhendo a roupa para trabalhar, desceu e fez um café forte para Zelena e tomou sua vitamina com torradas, depois saiu para correr, depois de uma hora correndo voltou para casa e tomou outro banho, vestiu a roupa escolhida e fez uma maquiagem não muito marcante com o seu inseparável batom vinho, olhou-se no espelho e sorriu com ar de superioridade. Regina não é do tipo que menospreza aqueles que estão abaixo dela, mas no trabalho é importante saberem que ela não é amiga de ninguém e que se quer ter recompensas como folgas não planejadas e saídas mais cedo deve fazer por onde.