◼ Epílogo ◼

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[ Escombros de Asgard ]

Inúmeros soldados continuam trabalhando na remoção dos escombros que cobrem as ruas asgardianas para que a cidade possa ser reconstruída. Entre eles um homem caminha calmamente sobre os escombros mas na direção oposta do grupo.

Ele para em meio as ruínas do Palácio Valhala e passa o pé sobre alguns entulhos no chão, revelando uma pequena luminosidade verde no piso do local.

O homem sorri e abaixa-se apanhando uma pequena esfera brilhante que revela-se diante de si. O homem que dias antes retorcia-se em dor sobre um trono de pedra enegrecida agora sorri ao ter em posse uma das pedras mágicas asgardianas.

[ Asgard, anos depois ]

Um homem está sentado no trono de Asgard, no Salão Principal do Palácio Valhala. Seus braços repousam sobre o apoio, enquanto suas mãos agarram em um firme aperto as pontas do mesmo. É quando um soldado asgardiano adentra o recinto com passos firmes até parar diante do representante de Asgard ficando de joelhos.

--Senhor Durval, uma Amazona de Athena está aqui e solicita vê-lo. - anuncia o soldado timidamente.

--Tudo bem, peça que ela venha até mim. - diz Durval e sua voz é apenas um sussurro.

--Sim senhor! - exclama o soldado fazendo uma reverência retirando-se do local.

Durval sorri matreiramente e olha para o espelho que encontra-se no pilar à sua direita porém, ao invés de ver seu reflexo é a imagem de Loki que aparece no espelho.

[ Santuário, seis meses após os eventos em Asgard ]

Lynx encontra-se pensativo, sentado-se na grande poltrona localizada no décimo terceiro andar do prédio principal do Complexo Santuário.

Subitamente, um jovem adentra o recinto em uma caminhada tímida. Ele ajeita seu cabelo negro desalinhado que combina perfeitamente com seus olhos enquanto para diante da mesa que encontra-se diante do lemuriano.

O antigo conselheiro de Athena parece não perceber a presença do garoto que aguarda pacientemente sem sucesso em ser notado por seu superior.

--G-Grande Mestre... - diz timidamente o jovem.

--Tidus meu rapaz, por favor aproxime-se e por favor não me chame de Grande Mestre, esse título não me pertence. - diz Lynx calmamente.

--Desculpe-me senhor Lynx, parecia-me tão concentrado, que até esqueci que não aceitou o título de Mestre do Santuário. - diz Tidus ao lemuriano.

--Problemas meu jovem, não importa quem ganha ou perde, os problemas sempre voltam. - diz Lynx ao jovem.

--Certo, mas então, eu vim avisá-lo que os Cavaleiros de Prata retornaram e eles desejam vê-lo o quanto antes. - diz Tidus.

--Por favor, diga para que entre e deixe-nos à sós por gentileza. - diz Lynx.

--Sim senhor. - diz Tidus virando-se e caminhando até desaparecer pela porta.

Logo dois jovens entram no salão, o primeiro tem cabelo loiro penteado para cima, olhos caramelo, um porte atlético e uma postura imponente, o segundo é mais baixo, seu cabelo é branco como a neve, usa roupas tradicionais do extremo norte e seus olhos azuis completam uma feição caótica em seu semblante.

--Já faz algum tempo que não nos vemos nobres companheiros! - exclama Lynx levantando-se da poltrona assim que ambos posicionam-se em sua frente.

--Sim, já faz tempo, mas a missão a qual nos incumbiu não foi das mais fáceis. - disse o jovem loiro.

--Eu sei, mas então, o que descobriram? - quis saber o lemuriano.

--Suas suspeitas estavam certas, Éris renasceu em nosso tempo e já começou a agir. - disse o jovem de cabelo branco.

--Agir? - indaga novamente Lynx.

--Sim, um cemitério foi invadido e três  túmulos foram profanados. - informa o jovem loiro.

--Túmulos de cavaleiros. - completa o outro jovem.

--Então ela pretende usar Cavaleiros Fantasmas nos seus planos. - diz Lynx a si mesmo.

--Sim, nós até já nos deparamos com um, por pouco escapamos ilesos. - diz o jovem loiro.

--Certo, vão e descansem, mas mantenham-se em alerta, provavelmente logo precisarei de vocês novamente. - diz Lynx.

--Estaremos às ordens. - diz o jovem de cabelo branco antes de se retirar na companhia de seu companheiro de jornada.

Lynx para um pouco, refletindo sobre tudo o que acabara de ouvir e logo seu olhar concentra-se na porta.

--Tidus... - diz Lynx chamando o jovem.

--Senhor. - responde o jovem adentrando o salão.

--Por favor, peça para que todos os membros disponíveis no Santuário estejam preparados para a ação e envie mensagem para todos os cavaleiros que estiverem em campo... Protocolo Erva Daninha... - diz o lemuriano em um tom apreensivo.

--Sim senhor! - responde Tidus partindo imediatamente para cumprir as ordens de seu superior.

Lynx por sua vez caminha para trás da poltrona acessando uma ala à parte do salão. Uma pequena sala sem janela com um cofre na parede oposta.

O lemuriano digita alguns números e abre a porta do cofre retirando um objeto de seu interior, um dispositivo de comunicação.

Lynx tecla o dispositivo quatro vezes e olha para o aparelho conferindo-o enquanto quatro símbolos aparecem na tela do mesmo.

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--Espero que já estejam prontos, pois o tempo de preparação acabou, agora a defesa da Terra estará nas mão de vocês. - divaga Lynx virando-se para vislumbrar quatro urnas douradas com os símbolos correspondentes aos da tela de seu aparelho, repousando em uma prateleira na parede oeste do aposento.

                                FIM

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Defensores da Terra: Viagem ao Mistério - Uma saga asgardianaOnde histórias criam vida. Descubra agora