Capítulo 7 - "É importante para ti"

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- Ainda achas que sou infantil? – Disse sem separar-me dele.

- Tu surpreendes-me, num momento dizes que já não me suportas e noutro fazes isto.

Ele tinha razão, nem eu sabia porquê que fazia isto.

- Mas isso agrada-me… Queres dar uma volta pela cidade?

- Claro, adoro a ideia, deixa só ir tomar um banho, eu não me demoro – separei-me dele e fui até às minhas malas, tirei dois vestidos e perguntei – Este ou este? – Disse mostrando-lhe os vestidos – Até te mostrava mais mas um ogre não me deixou traze-los – disse a brincar.

- Oh, mas esse ogre vai renovar-te o guarda-roupa, não é o que todas as raparigas desejam?

- Sim, agora que me relembraste não te vais safar disso – disse ainda a brincar.

- Então toma banho rápido para que possas ver todas as lojas de Florença!

- Estás a falar a sério?

- Claro que sim pequena, agora vai tomar banho que eu também vou – ele reparou que eu estava surpreendida porque pensei que ele estivesse a dizer que íamos tomar banho juntos – Há duas casas de banho – disse divertido.

Demorei uma hora e meia a me arranjar e quando saí da casa de banho já estava vestida e maquilhada, Ross já estava à minha espera deitado na cama.

- Já estou pronta.

- Pensei que fosses tomar um duche – disse levantando-se da cama e olhou para mim durante alguns instantes, o que me incomodou.

- Se tirares uma foto dura mais, se não estou bem assim basta dizeres não é preciso ficares a olhar assim para mim.

- Estás linda – disse dando-me a mão para que eu desse uma volta – Eu disse, estás linda! Agora podemos ir?

- Claro, vou só buscar a mala – fui à pequena sala onde tinha deixado a mala, agarrei nela e saímos do quarto e Ross pediu um carro à rececionista que ao parecer já estava reservado, fomos até à zona turística da cidade – Vens muitas vezes a Florença?

- Umas cinco ou seis vezes por mês, por causa dos negócios.

- Vens por causa da venda de instrumentos musicais? – Parecia-me muito estranho que alguém viesse a Florença tantas vezes por mês para vender equipamentos musicais.

- Não, também tenho uma cadeia de hotéis, o hotel em que estamos hospedados faz parte da cadeia.

Isso pôs-me a pensar que na realidade não sabia nada sobre ele.

- Se quiseres podes vir comigo sempre que vier em viagem de negócios.

- A sério?

- Claro que sim!

Passados uns minutos chegamos ao nosso destino, vi muitíssimas lojas e Ross vinha atrás de mim sempre a ver se a roupa que eu escolhia era “decente”, comprei muita roupa, quase todos vestidos pois era o que eu usava com mais frequência, ao lado de uma das lojas de roupa estava uma joalharia e tive de parar para ver a montra e fiquei paralisada ao ver uma joia muito familiar.

- Não pode ser a mesma – disse sussurrando.

Ross pôs-se a meu lado.

- O que se passa? Estás bem?

Eu não conseguia responder-lhe, estava surpreendida.

- Responde-me!

Começaram a sair lágrimas dos meus olhos, não o conseguia evitar.

- Esta pulseira era da minha mãe – disse por fim.

- Tens a certeza? Podem haver mais iguais, mas porque estás assim? – Disse preocupado com a minha reação.

- Tenho a certeza absoluta – sem dizer nada entrei na joalharia e Ross entrou logo a seguir de mim, pedi à empregada que me mostrasse a pulseira e ela fê-lo amavelmente, examinei-a minuciosamente e dei-me conta de que estava certa, era a mesma pulseira que tinha pertencido à minha mãe – Quanto custa?

- 1 300 € – Respondeu a empregada.

Era demasiado cara, tinha as minhas poupanças mas não chegava e tinha-me esquecido do meu cartão de crédito na minha antiga casa, se fosse em dólares não havia problema… Guardei a minha carteira e quando ia a sair da loja Ross deteve-me.

- Eu compro-a – disse à empregada.

- É demasiado dinheiro, não faz mal.

- É importante para ti e para além disso se tenho o dinheiro é para gastá-lo.

A empregada colocou a pulseira numa caixa e entregou-a a Ross.

- Toma, é tua – disse dando-me.

Depois disso fomos outra vez para o carro, tirei a pulseira e comecei a vê-la de novo, não conseguia evitar chorar pois isto era a única lembrança que tinha da minha mãe, durante o caminho Ross não me disse nada, chegamos ao hotel e subimos até ao quarto, já nele sentei-me no sofá.

- Obrigada, quando chegar a casa devolvo-te o dinheiro.

- Sara, é um presente que eu quis dar-te, não tens de me devolver nada, quero que saibas que o que mais quero é fazer-te feliz, estamos casados e tudo o que tenho também é teu, só te peço uma coisa em troca, conta-me porque é que choraste quando viste essa joia.

- Esta pulseira pertenceu à minha mãe, ela morreu quando eu era muito pequena e isto era a única lembrança que tinha dela, mas quando eu tinha doze anos a empresa do meu pai começou a ter problemas financeiros e o meu pai ia parar à prisão se não pagasse algumas dívidas, então ele precisou de vender a única lembrança da minha mãe, pois como já sabes é muito valiosa. Nunca soube onde ou a quem o meu pai a tinha vendido, pensava que estava perdida para sempre, mas a mim não me interessa o seu valor económico, o que importa é que tenho algo que pertenceu à minha mãe e que ela me deixou a mim.

Olá! Desculpem demorar tanto tempo a atualizar a história mas para conseguir fazê-lo com regularidade tenho de adiantar alguns capítulos e guardá-los nos rascunhos, para que possa publicá-los pelo telemóvel.

Quero agradecer à @SaraR5 por ter feito a nova capa da fanfic, se quiserem passem pela conta dela porque ela tem uma história fantástica do Ross. Obrigada linda! <3

E também quero agradecer-vos por lerem, comentarem, votarem mas sobretudo por me apoiarem sempre. Obrigada <3

Marry a StrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora