Entramos no carro pois ele tinha-o deixado no parque de estacionamento, não demoramos a chegar a casa e Ross chamou imediatamente a empregada.
- Onde está a Maky, como está? – Perguntou mal entrou.
Eu não fazia ideia de quem é que ele estava a falar por isso limitei-me a ouvir.
- Está no hospital com a sua mãe – respondeu a rapariga.
Ross reparou que eu estava confusa e que não tinha a menor ideia do que se passava.
- Depois explico-te amor – disse-me – Sei que estás cansada, mas queres vir comigo?
- Claro que sim.
Deixamos as malas na sala e Ross pediu à empregada que as pusesse no nosso quarto. Voltamos para o carro e fomos até ao hospital, Ross estava desesperado. Passados dez minutos chegamos, ele perguntou a uma enfermeira onde estava Maky.
- No quarto número quinze – respondeu a enfermeira.
Ross deu-me a mão e entramos no quarto, quando entramos estava Stormie ao pé da cama dando a mão a uma menina pequena que estava a dormir.
- Como está? – Perguntou aproximando-se da sua mãe.
- Já está estável, tiraram-lhe a máscara de oxigénio há pouco tempo, não sabias?
Eu só olhava sem perceber nada, ia perguntar-lhe mas vi-o tão preocupado que não tive coragem. Alguns minutos depois ela acordou.
- Mamã, mamã – repetia a menina, uma e outra vez – Mamã, onde estás?
Então reparei que a menina repetia o meu nome, instintivamente aproximei-me dela.
- Mamã – disse olhando para mim.
Fiquei gelada e dirigi o olhar para Ross.
- Maky, o pai e a mãe precisam de falar, por isso vão sair por um momento.
- Está bem avó. Mamã não demores – disse-me a pequena.
Mamã? O que se estava a passar? Ross e eu saímos do quarto e fomos até à cafetaria, sentamo-nos numa mesa e pedimos um café.
- Ross, o que se passa? Tentei perceber e não te perguntar nada porque vejo que estás muito preocupado mas acho que tenho direito a saber o que se passa.
- A Maky é minha filha.
- Tens uma filha?
- Sim, já te devia ter dito antes – não me olhava nos olhos, parecia estar com medo da minha reação – Neste momento deves estar a perguntar-te porque é que ela te chamava mamã se nunca te tinha visto na vida, eu vou explicar-te tudo. Quando pedi ao teu pai para te casares comigo tirei uma foto tua do seu escritório, a Maky viu-a e eu disse-lhe que tu serias a minha mulher e ela pensou logo que fosses a sua mãe.
- E a sua verdadeira mãe? O que lhe aconteceu?
- Ela abandonou-nos quando a Maky nasceu, nesse tempo a minha empresa ainda era muito recente e eu não tinha o dinheiro de que agora disponho e ela abandonou-me deixando-me com a Maky, por favor compreende-me eu sei que já te devia ter contado mas tive medo.
A Maky era filha do Ross portanto também era minha filha, a menina era uma ternura, como é que alguém a conseguiu abandonar? Tive muito medo pois não sabia como era ser mãe, mas se o amava tinha de aceitar qualquer coisa, além disso eu sei o que é não ter uma mãe e se eu podia evitar que a Maky sofresse como sofri eu fazia o que fosse possível.
- Sara! Podes gritar comigo, insultar-me, o que quiseres mas por favor diz-me alguma coisa, não fiques calada!
- Quantos anos tem? – Perguntei finalmente.
- Quatro anos. Mas não vais gritar comigo nem reclamar que ela te chame mãe?
- Como é que eu podia reclamar por me fazeres mãe de uma menina tão linda? – Disse dando-lhe um dos sorrisos mais sinceros que se pode dar.
- A sério que não estás chateada?
- Tenho medo de não ser uma boa mãe para a tua filha – suspirei – Mas tentarei fazê-lo, cuidarei dela, prometo-te. Agora diz-me, porque é que ela está aqui?
- Tem problemas de asma e tenho de a trazer muitas vezes aqui à clinica, por vezes o seu inalador não a ajuda a controlar as crises.
Agarrei na mão de Ross e apertei-a com força.
- Ela vai ficar bem, não te preocupes – disse-lhe tratando de dar-lhe ânimos.
- Sei que não me enganei ao casar-me contigo, amo-te! E tenho a certeza que vais ser a melhor mãe do mundo – deu-me a sua mão para me ajudar a levantar da cadeira – Vamos vê-la?
- Sim.
Saímos da cafetaria de mão dada até ao quarto onde estava Maky. Estava nervosa, o que ia dizer a uma menina de quatro anos? Como me deveria comportar? Entramos no quarto e Stormie estava a contar-lhe uma história, quando entramos ela fez silêncio, viu que estávamos de mão dada e sorriu.
- Ainda bem que compreendeste – disse a mãe de Ross.
Eu respondi-lhe com um sorriso.
- Mamã – disse a pequena estendendo-me os seus braços.
Aproximei-me e dei-lhe um grande abraço.
- Pensei que não gostavas de mim porque não me vinhas ver.
- Desculpa, é que estava numa viagem com o pai. Como te sentes? – Perguntei sentando-me ao seu lado.
- Dói-me aqui – dizia tocando na sua garganta – Mamã diz-lhes para me tirarem isto – apontando para as agulhas do soro.
- Isto é para que te sintas melhor, se te tirarem vais demorar mais a sair do hospital, e tu queres sair rápido daqui, não é? – Disse acariciando a sua carinha.
- Sim, sim – disse pondo as suas mãos na cabeça.
Era tão fofa que dava vontade de abraçá-la para sempre.
- Quando sair daqui brincas comigo às bonecas?
- Claro que sim linda.
- Eu tenho de ir, estou muito cansada, estou a cuidar da Maky há dois dias e não dormi nada – disse Stormie.
- Porque não nos avisou desde que ela veio para o hospital?
- Não queria interromper os recém-casados – disse com um sorriso – Mas depois ela piorou e tive de avisar o Ross. O médico disse que ela precisava de uma transfusão de sangue.
- Não me digas que a enfermeira avançou.
Stormie só baixou a cabeça e com isso entendemos tudo.
- Mãe, ela só tem quatro anos, porquê que isto lhe está a acontecer?
- Vamos avançar e depois logo verás.
Já andei a eliminar e a editar capítulos porque o Wattpad anda completamente doido e está a trocar-me tudo. Vamos rezar para que desta vez esteja tudo bem.
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Marry a Stranger
FanficSara é uma rapariga de dezasseis anos que sempre viveu com o seu pai, a sua mãe faleceu pouco depois de esta ter nascido e o seu pai sempre cuidou dela. É herdeira de uma grande fortuna e até há uns meses era muito feliz, até que aconteceu a desgraç...