Capítulo 22 - "Isso já seria mau de mais"

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- Estão prontos? – Perguntou a mãe de Ross.

- Sim mãe.

- Espero que corra tudo bem e espero que venham com a notícia de que a Maky vai ter um irmão – disse Riker rindo.

- Vou ter um irmãozinho? Que fixe!

- Talvez, talvez – respondeu Stormie a brincar.

- Isso já seria mau de mais – disse Ryland só para chatear.

- Ryland cala-te! – Repreendeu-o Riker.

Ross só lhe fez um olhar chateado.

- Vão já que já se faz tarde.

- Obrigada por cuidarem da Maky, vou ter muitas saudades tuas pequenina.

- Eu também mamã mas eu sei que isto é para já não chorares mais.

Despedimo-nos de toda a família e entramos no carro e Ross conduziu até ao aeroporto, no caminho não consegui aguentar e perguntei-lhe porquê que o Ryland me odiava tanto.

- Ross, porquê que o Ryland me odeia tanto? Fiz-lhe alguma coisa sem dar-me conta?

- Não te preocupes com isso meu amor, ele é mesmo assim.

- Mas eu acho que tem de haver uma razão para o que ele me disse.

- Ele disse-te outra coisa sem ser o que me contaste?

- Não, ele foi só ao quarto insultar-me como já sabes.

Não era boa ideia contar-lhe tudo o que o seu irmão me tinha dito pois conhecendo-o como já o conheço de certeza que voltava para trás para dar-lhe o que ele merecia.

- Mas tens razão, não é preciso dar-lhe tanta importância.

Chegamos ao aeroporto e Ross deixou o carro no estacionamento como da outra vez, entramos no avião, eram poucas pessoas na classe VIP e a assistente de bordo que passava esta a fazer olhinhos ao Ross na minha cara! Era uma descarada mas o Ross só ria divertido ao ver como lutava para controlar os meus ciúmes.

- Tem calma Sara, ela não me interessa.

- Oh! Que alívio… – Disse sarcasticamente – Achas que não me dou conta que te babas por causa do seu decote “ligeiro e acidentalmente aberto”?

Ele riu.

- Não vejo onde está a graça.

- Gosto dos teus ciúmes.

- Pois, eu não gosto, mas pelo menos vai ser a última vez que a vês.

Passadas dez horas de voo mais incómodas e chatas da minha vida por causa daquela estúpida assistente de bordo chegamos a Paris, ao sair do avião esqueci-me dos ciúmes, tristeza e qualquer sentimento mau. Paris era uma cidade linda e isto era só a parte do aeroporto, fomos buscar as nossas malas e apanhamos um táxi até ao hotel.

- Vamos para um dos teus hotéis?

- Sim, vamos para um dos nossos hotéis, tudo o que tenho é teu.

Fizemos uma viagem de aproximadamente meia hora pois o aeroporto era longe do centro da cidade, durante todo o caminho Ross ia a sussurrar-me coisas “indecentes” ao ouvido fazendo com que me risse, o condutor observava-nos pelo retrovisor e só ria.

- Ssshhh! Que o condutor pode ouvir-nos – disse em sussurro.

- Acho que não consegue, para além disso já estamos quase a chegar, morro de vontade de beijar-te, e tocar-te e…

- Já estamos quase a chegar – repeti interrompendo-o.

- És um bocado mazinha, sabias? – Disse a rir.

Chegamos ao hotel e o segurança ajudou-nos com as malas muito amavelmente. Ross pagou o táxi e entramos no hotel, não foi preciso registar-nos porque o Ross é o dono e já todos o conhecem e ao que parece já tem um quarto sempre pronto para ele. Subimos para o elevador até ao último piso do hotel, no elevador Ross abraçou-me, beijava o meu pescoço sem se importar de que alguém nos pudesse ver, eu só ria e deixava-me levar. Quando o elevador chegou ao nosso piso Ross agarrou nas malas e guiou-me até ao nosso quarto, eu abri a porta e entramos no quarto, era lindo e muito grande, com varias divisões, uma pequena sala, parecia um pequeno apartamento, levei as malas para o quarto em que supus que dormiríamos e Ross foi atrás de mim, era a minha imaginação ou ele olhava para mim de forma estranha? Os seus olhos tinham um brilho especial, mas acho que sei quais eram as suas intenções porque não deixava de olhar para mim. Pus as malas no chão e ele abraçou-me e passou os seus lábios pelo meu pescoço mordendo-o suavemente.

- Acho que já esperamos demasiado não te parece?

- Para quê? – Fingi não saber ao que se referia.

- Levamos um mês sem estar juntos e morro de vontade de estar contigo.

Senti a mão de Ross recorrer as minhas pernas, eu só suspirei e ele sussurrava-me ao ouvido.

- Não sei o que me dás que me põe louco, quando estou contigo perco-me completamente.

Derretia-me ouvir o seu suave alento no meu ouvido, conduziu-me até à cama e pôs-se em cima de mim, o seu olhar percorria o meu corpo.

- Amo-te.

De seguida ele beijou-me, era um beijo único e muito desejado, ele abriu o fecho do meu vestido e com grande desespero desfez-se dele, depois pôs a sua boca sobre o meu pescoço, não me dei conta em que momento ficamos sem roupa, perdia-me nos seus beijos, era presa da paixão cada vez que me encontrava nos seus braços, em cada caricia entregamo-nos um ao outro depois de estarmos tão longe um do outro durante um mês, eu acariciava o seu peito fazendo pequenos círculos, Ross pôs a sua cabeça no meu ombro beijando-me levemente, encostei-me no seu peito como era costume e ele só beijou a minha cabeça. Esperamos que as nossas respirações normalizassem, conseguia ouvir o bater acelerado do seu coração, demos um último beijo apaixonado e ambos deixamos escapar um leve risinho…

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