Capítulo 1 - "A informação é demasiado valiosa"

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Tudo começou numa segunda-feira, fui à empresa do meu pai tal como fazia sempre e quase ia chocando com um carro preto, nem sequer consegui ver quem era o condutor.

- Não sabes ler? Diz 60 km/h! – Gritei, chateada, e segui caminho, estacionei o carro e entrei no escritório do meu pai. – Raquel, podes avisar o meu pai de que estou aqui?

- Claro que sim. – Fez uma chamada rápida. – O seu pai disse que podia entrar.

Entrei no escritório e cumprimentei-o com um beijo na bochecha.

- Pai, eu disse-te para não vires hoje à empresa.

- Se não tomo conta da empresa quem o vai fazer por mim?

- O médico disse que precisavas de descansar e tu não o fizeste.

- Prometo-te que dentro de uma semana tirarei umas férias. Como vão os estudos?

- Muito bem, tive excelente nalgumas disciplinas.

- Fico muito contente com isso, muito brevemente vais ficar a cargo da empresa.

- Pai era disso que te queria falar eu não quero trabalhar aqui, tu sabes que o meu sonho é dançar profissionalmente e ser conhecida mundialmente.

- Já falamos disto Sara, podes fazê-lo nos teus tempos livres mas não prejudiques os estudos por causa disso… – O meu pai gostava muito de mim, era o seu tesouro, era o que ele me dizia mas o seu sonho era que eu ficasse com o seu lugar na empresa quando já não o pudesse fazer, então eu decidi não discutir mais com ele, além disso o meu pai tinha problemas cardíacos e não queria provocar-lhe um desgosto.

- Eu sei pai, não tens de me relembrar. – De repente começou-se a ouvir vozes que pareciam estar a discutir.

- Já lhe disse que o senhor Oxford está ocupado, espere que o avise que está aqui. – Dizia a Raquel a alguém.

- Tenho a certeza de que ele me receberá!

- Espere, não entre! – Mas o rapaz não fez caso e entrou sem avisar, ao ver o rapaz entrar pela porta o meu pai deu um salto da cadeira. – Desculpe, disse-lhe para não passar mas não me ouviu.

- Eu recebo-o, podes ir. – Nisto a Raquel foi-se embora e deixou-nos aos três dentro do escritório.

- Vejo que não se esqueceu de mim. – O meu pai parecia estar nervoso, mas quem seria aquele rapaz?

- Ross Lynch, como te poderia esquecer? – O rapaz era alto, tinha olhos cor de mel, a sua pele era branca, tinha cabelo loiro e era muito atraente.

O meu pai olhou para mim para ver a minha reação.

- Bom, eu tenho de ir. Sara, vejo-te em casa, podem ficar aqui se quiserem. – Disse-me.

- Que mal-educado que sou, chamo-me Ross. – Disse beijando a minha mão.

- Sou a Sara. – Respondi amavelmente.

- Sim, sei ler só que estava com um pouco de pressa. – Disse com um sorriso.

- Desculpa? – Não percebi o que ele queria dizer com aquilo.

- Íamos tendo um acidente de carro hoje.

- Eras tu? Desculpa, é que me assustei, se eu não tivesse travado teria havido um acidente muito grave.

- A culpa foi minha.

- Tenho de ir embora, foi um prazer conhecer-te.

- Igualmente.

Caminhei até à porta e senti que Ross estava a olhar para o meu corpo. Como é que eu sabia? Pois, não sei explicar, é uma situação incómoda. Apressei um pouco o passo pois a situação incomodou-me mas ao mesmo tempo fiquei com vontade de saber mais sobre aquele rapaz porque o meu pai ficou nervoso quando o viu, será que tinha medo de alguma coisa? Decidi ir para casa e passado umas horas o meu pai chegou, meteu-se logo no escritório e eu fui atrás dele.

- Como é que correu? – Perguntei ao entrar.

- Não muito bem. – Disse sem ânimos.

- Passou-se alguma coisa que eu deva saber?

- Não faças caso filha, podes deixar-me sozinho? Preciso de fazer umas chamadas.

- Está bem, se precisares de alguma coisa estou no meu quarto. – Isto pareceu-me muito estranho, então decidi investigar, fui escutar atrás da porta.

- Mas como é que ele soube? – Dizia furioso. – Pensei que estava tudo resolvido, sabes que me ameaçou dizendo que ia contar à polícia? Não me importa o que faças, quero que te encarregues dele, amanhã irá outra vez ao escritório. – Mas do que é que falava o meu pai? Eram tantas as minhas dúvidas que decidi ir dormir.

Na manhã seguinte levantei-me muito cedo, fui para a cozinha e dei conta de que o meu pai já não estava em casa, isto era muito estranho porque ele nunca se ia embora sem se despedir de mim. Como nesse dia não tinha de ir à escola fui direta para a empresa, estacionei o meu carro e fui ter com o meu pai mas a Raquel disse-me que ele estava com o Sr. Lynch, tinha que saber o que se passava ali por isso meti-me na sala de reuniões, lá havia uma porta seguida de um corredor que dava para o escritório onde eles se encontravam, fiquei no corredor a escutar atrás da porta.

- Queres dinheiro? Diz-me quanto queres.

- Acho que não me está a entender, a informação é demasiado valiosa.

- Diz-me o que queres para entregar-me esses papéis.

- Está consciente do seu valor?

- Claro que sim, se alguém descobre esses papéis tudo o que tenho acaba-se, estou disposto a pagar o quer que seja.

- Quero a sua filha…

Olá! Esta é a minha nova fanfic e espero que gostem.

Antes de mais queria já avisar que esta história só vai ser atualizada uma vez por semana (duas, se houver algo para comemorar). Eu queria atualizar sempre no mesmo dia da semana, por exemplo todos os sábados mas ainda não sei o meu horário e se vou ter disponibilidade, por isso enquanto estiver de férias ponho os capítulos que quiser quando me apetecer e depois logo aviso ;)

Obrigada por lerem, comentarem e votarem <3

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