Capítulo 14 - "Não mintas mais!"

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Comecei pelo armário, havia montes de sapatos e roupas mas também havia muitos brinquedos que deviam ser da Maky. Como não encontrava nada de jeito que me pudesse entreter enquanto estava ali fechada joguei-me para cima da cama, aborrecida.

Na posição em que estava consegui ver umas pequenas caixas escondidas na esquina do quarto ao pé de um móvel. Não resisti em aproximar-me e abrir uma, a primeira não tinha nada e na segunda caixa encontrei álbuns de fotografias, comecei a vê-los, um era só de uma rapariga, devia ser a mãe da Maky…

Numa das fotos aparecia o meu pai, mas o que fazia ele ali? Continuei a ver e sem querer caiu qualquer coisa do meio das folhas, eram uns papéis, decidi abri-los e para minha surpresa eram os documentos que tinham a ver com o meu pai, li detalhadamente cada um e no fim percebi o que se passava. Nesses papéis dizia que o meu pai tinha ocupado o lugar de outro homem ilegalmente para ficar com o seu capital e que para além disso tinha feito outros golpes. Não pude continuar a ler porque ouvi passos de alguém a aproximarem-se, rapidamente guardei tudo e atirei-me para cima da cama.

Estava tão chocada com o que tinha acabado de descobrir.

Quantas pessoas o meu pai magoou para conseguir ter o dinheiro que temos agora? Eram tantas as minhas dúvidas, mas com o tiro que ele levou e o seu estado de saúde delicado, um confronto podia matá-lo. Ouvi o barulho da fechadura e a porta abriu-se.

Vi Ross entrar com pouco ânimo mas por mais que quisesse correr para os seus braços não podia, não me ia continuar a humilhar assim. Entrou, fechou novamente a porta à chave, olhou para mim e de seguida entrou na casa de banho. Teria acontecido alguma coisa à Maky? Pus a cabeça na almofada para tentar dormir mas foi impossível, ouvi o barulho do chuveiro e uns quinze minutos depois Ross saiu só com uma toalha enrolada à sua cintura, ao vê-lo as minhas bochechas ficaram imediatamente vermelhas, odiava-me por ser tão óbvia. Ele ignorou-me, foi ao armário para tirar algo para vestir, eu desviei o olhar para outro lado. Ele olhou para a bandeja de comida que me tinham levado, mas apesar da fome que tinha quase não comi nada por causa da tremenda raiva que tinha.

- Porquê que não comeste nada? – Perguntou vestindo a camisa.

Eu não respondi.

- Pelos vistos não queres ver o teu pai, continuas com as tuas birras.

Ele estava à espera que eu o recebesse de braços abertos depois do que me fez?

- Daqui a meia hora regresso ao hospital, está nas tuas mãos, podes vir ou não comigo.

Continuei deitada na cama, então dei-me conta de que se tinha aproximado de mim.

- Temos meia hora e há muitas maneiras de convencer-me.

Percebi as suas intenções e levantei-me rapidamente da cama muito chateada com o que ele disse.

- Eu vou ver o meu pai, quer queiras ou não – já tinha tomado banho antes de ele ter chegado por isso estava pronta para ir – A Maky precisa do meu sangue – disse como último argumento para que ele me deixasse ir ao hospital.

- Não és a única pessoa no mundo com esse tipo de sangue por isso não uses essa desculpa.

- Preciso de ver o meu pai. Deixas-me aqui fechada porque não gostas de ouvir a verdade – disse para que ele finalmente se fartasse de mim e me pedisse o divórcio, mas algo me dizia que isso não ia acontecer.

- Vou levar-te ao hospital mas porque a Maky te quer ver, só por isso e tem cuidado com a maneira com que falas comigo.

- Vais-me bater? Fá-lo! É a única coisa que falta! – Disse desafiando-o.

Aproximou-se novamente de mim, agarrou agressivamente no meu rosto e beijou-me à força.

- Eu sei que me desejas – disse com os lábios sobre os meus, sentia a sua língua na minha mas por mais que a minha mente dissesse para sair dali o meu corpo não deixava, não podia negar que eu era muito fraca contra ele – Porque é tão difícil de acreditar que te amo?

- Não mintas mais.

- O que ganhava eu em mentir-te?

- Dormires comigo! – Respondi furiosa.

- Se eu só quisesse isso tinha-te obrigado na noite do casamento, coisa que não fiz! Decidi esperar.

Isso era verdade, devia acreditar nele? Odeio ser tão tonta, ele não ganhava nada em fingir que me amava mas doeu-me tanto a forma com que ele me gritou.

- Se pensaste na forma como te falei, reconheço que me excedi, és a única pessoa que me consegue tirar do sério.

- E porque me fechaste?

- Foi a primeira coisa que me lembrei.

- A primeira coisa que te lembraste? Achas que por ser homem e ter dinheiro que todos te vão obedecer?

- Não quero discutir, se a tua intenção é que te peça desculpas, informo-te já que não o farei.

- Pois, já estava à espera, vais deixar-me fechada novamente?

- Ainda tens dez minutos para convencer-me.

Tinha de conseguir ir ao hospital de qualquer maneira por isso decidi seduzi-lo, mas como? Eu não sabia como fazê-lo. Decidi usar os meus instintos. Aproximei-me dele provocadoramente, agarrei-me ao seu corpo e comecei a roçar os meus lábios nos dele, depois mordi-lhe ligeiramente o pescoço.

- Acho que já me estás a convencer.

- E o que falta para convencer-te por completo?

- Isto – pegou-me ao colo, deitou-me na cama e mandou-se para cima de mim, claro sem me aleijar – Quero fazer-te minha, só assim te deixo sair.

Sem dizer nada fui eu que o beijei apaixonadamente, fazendo um movimento fiquei em cima dele, tirei o vestido e fiquei só em roupa interior, Ross olhava para mim e eu estava a arder, dirigi as minhas mãos para as suas calças e tirei-as, enquanto eu fazia isso ele tirava a camisa. Ele moveu-se fazendo com que eu ficasse outra vez de baixo dele, sentir os seus lábios sobre a minha pele dava-me um imenso prazer, com as suas mãos desenhava o contorno do meu corpo acariciando-o com delicadeza e tirou a minha roupa interior.

- Tu pões-me louco.

E seguimos amando-nos até ficarmos rendidos um sobre o outro.

Olá! Quero pedir desculpas, novamente, por demorar tanto a atualizar a fanfic mas desde outubro que não tenho uma única semana livre de testes e infelizmente isso só vai acabar dia 10 de dezembro. Se eu não morrer até lá, prometo que depois dessa data me vou dedicar muito mais às histórias e que atualizo esta algumas vezes por semana e tento publicar Danger.

Marry a StrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora