Nem sempre tudo sai como esperamos, Nem sempre o que esperamos é tudo | Navignier Cunha
Mais duas semanas haviam se passado e Brath nem sequer mandava uma mensagem para falar que estava bem.
Nossa última conversa ainda rondava minha cabeça. Era a primeira coisa que eu pensava quando acordava e a última quando eu tentava dormir.
Brath, eu consigo me lembrar de todos os dias que você falou que tudo ia dar certo, você falando qualquer coisa só para me fazer sorrir, daria de tudo para te ver sorrir de novo.
Minha cabeça chegava a milhão em pensar que eu fiz merda tentando fazer a coisa certa — pelo menos, a meu ver era certa, e do Nathan também.
Nessas duas últimas semanas que se passaram o Nathan não estava "muito lá essas coisas". Parecia desanimado e triste — vez ou outra brincava com o Stuart Júnior, mas não durava muito tempo e ele logo ia para o quarto.
O que merda que estava acontecendo como todos nós?
— Vamos! — Levantei do sofá em que estava sentado, Nathan abriu a porta e logo que saímos a trancou, ele a encarou uns três segundos e logo entrou no carro juntamente a mim.
— O idiota escondia balinha no porta-luvas — lhe mostrei algumas em minha mão. Ele dá um sorriso que mais parece um bufo.
— Tinha que ser o Brath. — ele pega uma da minha mão.
O caminho todo passamos em silêncio. Parecia que não éramos os mesmos.
— Chegamos Stuart. — ele fala desligando o motor. — Eu tentei falar com o Brath ontem.
— E ele ao menos te respondeu?
— Sim. — fala ainda com as mãos no volante e olhando o para-brisa dianteiro.
— Por que ele responde a você e a mim não?
— Eu não sei. — ele respira longamente.
— Eu faço ligações, mando mensagens e ele nem as visualiza. Ele acha que eu não me importo com ele também?! Eu não ligo para o que ele pensa de mim agora, Nathan. Eu só quero saber se ele está bem. — em todo momento que falei Nathan apenas olhava para frente.
— Ele tá bem, Stuart. — ele me olha.
— Você sabe onde ele está ficando?
— Não.
— Você está mentindo para mim? — perguntei sem pensar.
— Eu não mentiria para você, vai começar a desconfiança comigo também? — em nenhum momento ele deixou de ser calmo.
— Não, só perguntei. Até porque eu sei que se ele pedisse para você não me contar, você não me contaria. Eu faria o mesmo.
— Eu sei.
— Será que vamos voltar a ser os mesmos de antes?
— Claro que vamos Stuart. Isso é só uma fase, vai passar. — ele põe a mão no meu ombro.
E passou, não foi mesmo? Mas de um jeito que nenhum de nós queríamos.
Eu estava lá encostado na minha árvore de sempre fumando e vendo as pessoas passarem, até uma mensagem chegar em meu celular.
"Preciso falar com você na hora de ir embora".
"Pode ser?".
_Sarah.
Eu fiquei mais do que curioso para saber o que ela queria falar comigo.
"Pode".
"Me encontra no lugar onde eu fico sempre".
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QUATRO MESES PARA STUART
Teen FictionA vida nem sempre segue o rumo que queremos, muito menos nos garante companhia e segurança. E Stuart aprende isso dentro de quatro meses. Desde a sua infância seus irmãos se tornaram extremamente importantes na sua vida, dando apoio, cuidado e prot...