Uma Conversa e Um Novo Plano

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Harry não pareceu abatido. – Prazer em conhece-lo. O que quer?

- Bem direto você ein? Gosto disso. – Disse ele sorrindo. – Imagino que saiba os meus objetivos...

 – Sim, de fato, mas acho uma perda de tempo. – Harry disse dando os ombros.

Grindelwald arqueou uma sobrancelha. – É mesmo? Gosta de ser oprimido pelas nossas leis? Não quer que os trouxas saibam de nossa existência? Prefere ver eles causarem a guerra e...

- Não é mais fácil ir lá no responsável por essa guerra, usar império nele e acabar com essa palhaçada, ao invés de querer usar esse motivo tolo como idealismo? O que um trouxa pode fazer contra um bruxo, que um bruxo não pode fazer a milhares de trouxas?

Grindelwald arregalou os olhos por um momento. – Isso é verdade, sem dúvida.

- Além do mais, se os trouxas souberem de nós, vamos ter outros problemas. Eles saberiam que podemos curar todas as doenças não magicas, criar próteses magicas para aqueles que perderam algum membro, poderíamos construir tudo com magia. Os bruxos teriam prioridade para qualquer coisa e isso faria milhares de trouxas perderem o emprego e nos odiarem, por saberem que tudo o que eles precisam estudar, trabalhar e fazer em conjunto com milhares de pessoas, um único bruxo pode fazer tudo isso sozinho. Eles nos atacariam e nos revidaríamos e dai todos eles morreriam, pois nós somos muito mais fortes do que eles. Com isso bruxos se casariam com bruxos até que não tivesse mais como ter descendentes até o momento que finalmente morreríamos e nossa raça se extinguisse... seu plano é a coisa mais absurda que eu já vi. – Harry tomou mais um gole de café e ficou observando a cara de paisagem de Grindelwald.

Ele piscou um pouco confuso. – Você é bem esperto...já até sabe aonde isso nos levaria.

- É muito obvio. Não é preciso ser um gênio para ter percebido isso. Seu plano era tão ridículo que eu pensei que fosse ideia de Dumbledore. Estou desconfortável de saber que é seu. – Harry tomou seu café e pediu uma fatia de bolo e uma xicara de café para Grindelwald que estava chocado.

- Você precisa de um pouco de açúcar. Vai te ajudar. – Disse ele empurrando o bolo para ele.

Grindelwald ficou em silencio por uns minutos, tentando absorver tudo o que Harry tinha dito. De fato, ele nunca pensou tão profundamente. Seu ódio pelos trouxas o havia cegado que ele não parou para ver tudo o que seria afetado junto.

- Nunca pensei nesse ponto de vista...- Disse ele tomando seu café.

- Eu imaginei. Eu também nunca pensei que estaria sentado na frente do assassino dos meus pais, tomando café e comendo bolo.

Grindelwald arregalou os olhos.

- Você não os matou diretamente, mas por causa do que você começou eles estão mortos.

- Você parece bem calmo. – Disse Grindelwald arqueando uma sobrancelha.

- Ainda sou um estudante e não quero ser expulso, caso contrário você já estaria morto.

Grindelwald estranhava o quão calmo estava o jovem a sua frente. Ele era um mistério. Não expressava nada além de um vazio, como se estar na frente de Gellert Grindelwald, o bruxo mais procurado atualmente no mundo, não fosse nada.

- O jeito que você fala... sem expressar nada e nem intenções... isso faz de você algo muito difícil de prever. Parece até que estou falando com outra pessoa, ao julgar as caras que você fazia para as pobres almas naquele massacre. – Grindelwald se encostou na cadeira.

- Isso é bom. Ser previsível é muito entediante, você não acha? – Harry sorriu.

Grindelwald estranhou a mudança de semblante do garoto. – Eu imagino.

Eu voltei por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora