POV Cheol
Ainda não consigo entender o que exatamente aconteceu naquele hospital. Já faz mais de um mês que não vejo o Dylan, e ainda por cima fui proibido de visitar ele no hospital, isso é ridículo, e pra piorar a May não sai do meu pé, em todo lugar que eu vou ela está lá me infernizando.
Mas toda essa história não está me cheirando bem, vou descobrir o que está acontecendo nem que seja a última coisa que eu faça!!
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Dylan não tem aparecido nas aulas, droga eu tenho que falar com ele de qualquer jeito.-Cheol!!!
A professora me tira dos meus pensamentos.
-Hah??!
Ela parece brava.
-A resposta da pergunta Cheol qual é?!
Merda eu não ouvi pergunta nem uma!!!
-Me desculpe professora é que eu não estou me sentindo muito bem hoje.
Minha sorte é que eu sempre me dei bem com meus professores.
-Então porque não vai para a enfermaria querido.
Ótima ideia, não aguento mais essa aula.
Levanto da mesa fingindo cambalear e sigo para o pátio principal da faculdade.-Cheol!
Ouço meu nome sendo chamado de longe. É a May com meus antigos amigos, aqueles que me largaram quando descobriram sobre mim e o Dylan.
-Sim?!
Digo me aproximando, e May corre e pega meu braço me puxando pra perto.
-Que bom que você e a May voltaram, sabia que uma hora aquilo ia passar.
Meu antigo amigo diz com a maior tranquilidade. Mas que merda é essa?! E como assim aquilo ia passar, como se eu tivesse pego uma doença e agora estou curado!!
Tiro o braço de May genialmente e respondo com a voz mais calma, pacífica e falsa de todas.
-Primeiro eu e May não voltamos, e segundo vão todos se ferrar!
Viro as costas pra eles e saio de lá o mais rápido que posso.
Bando de falsos, preconceituosos e ridículos!
Que se dane eu tenho que encontrar o meu Dylan!!!!POV Dylan
Encaro o prato de comida em minha frente, ele já está frio e eu mal toquei nele. Comer, me arrumar, basicamente qualquer coisa eu não sinto mais vontade de fazer. É como se o Cheol tivesse levado minha vida junto com ele.
Eu não saio de casa à dias, aliás nem sei quantos dias fazem desde que sai do hospital.
Estou em um quarto novo que à May conseguiu pra mim, claro para o plano dela dar certo.
Ela já deve ter conseguido o Cheol só pra ela nesse momento.
E eu, não sei mais como viver, ele era minha vida, minha luz!
Mas ele se foi e tenho que aceitar isso.
Saio da mesa e me jogo na cama querendo sumir dali, mas sempre que fecho meus olhos, eu vejo o rosto dele, e isso dói tanto, uma dor que nunca senti antes, e olha que de dor eu entendo.
Olho para meu celular que não ligo desde que entrei nesse quarto, será que ele me procurou?
Não!! Para de pensar nisso!! Ele não te quer mais, ele é da May e não seu!!
Sinto o pouco de lágrimas que sobraram do meu corpo, escorrer suavemente por meu rosto, e em minha memória veio a noite em que eu e Cheol fizermos amor pela primeira vez, ele acariciava minha bochecha tão suavemente que eu mal sentia, mas eu sabia que ele estava ali, e dói pensar que um dia àquilo já foi real, mas que não vai nunca mais acontecer.
Sinto como se à cada dia que passa, meu corpo vai morrendo um pouco mais, logo não vai mais sobrar nada de mim, nada do que nós dois vivemos.
Será que foi tudo um sonho?? Mas se foi, por que essa dor é tão real?!POV Cheol
Dois meses e nem um sinal do Dylan, estou à ponto de enlouquecer!
-Amor? Está tudo bem?
May está sentada ao meu lado em minha casa, jantando com minha família. É como se realmente tivéssemos voltado, ela está sempre atrás de mim e até me beija de vez em quando, mas eu sempre à paro e digo para ela não fazer mais isso, mas isso deixa ela bem irritada.
-Não está com fome filho?
Minha mãe como sempre preocupada comigo.
-É eu perdi a fome, com licença.
Saio da mesa e subo para meu quarto trancando a porta antes que May me siga.
Vrummm vrummm
Sinto meu celular vibrar em meu bolso.
-Alô?!
-Chefe eu achei ele!
Acharam o meu Dylan!
-Onde ele está?!
-Vou mandar o endereço por mensagem senhor.
-Okey obrigado!
Desligo e logo chega a mensagem com o endereço de onde o Dylan está.
-Ótimo não é tão longe, vou lá agora mesmo...
Tive que contratar um detetive particular para achar o Dylan pra mim, claro sem ninguém saber.
Mas e a May? Se ela me ver saindo vai querer vir atrás de mim! Tenho que sair escondido, como nos velhos tempos!
Pulo da minha janela até uma árvore que há ao lado do meu quarto.
Corro até a garagem e sumo da minha casa como um flash. Chamo um taxi que para minha sorte passava por ali.Mas que estranho o endereço que recebi é de um lugar que a May já morou uma vez.
Estaciono o carro em frente ao prédio e dou uma espionada.
Nem um sinal do Dylan, vou ter que entrar lá dentro.
Espero um grupo de jovens abrir a porta e entro atrás deles. Estão tão bêbados que nem me notaram ali.
Corro até o elevador e aperto o botão do 4 andar. Espero que esteja certo, meu Dylan tem que estar aqui!!!
Assim que o elevador para corro pelos corredores procurando o quarto 403 assim como me foi passado pela mensagem.
Achei!!!
Mas e agora? Se eu disser que sou eu ele não vai abrir! O que fazer?!-Posso ajudar?
Uma moça surge atrás de mim me assustando.
-Ah! Olá! Me desculpe você conhece o garoto que mora aqui?
Ela é bonita e tem um olhar simpático.
-Sim, o garoto depressivo.
Ótimo deve ser ele, mas fico triste em pensar nele depressivo.
-Poderia bater e chamar ele?
Ela me olha confusa.
-E por que você não faz isso?
-É que eu sou o ex namorado dele mas preciso falar com ele.
Ela não parece surpresa com minha revelação.
-Okey eu faço isso.
Toc toc
-Oi? É a Traicy abre ai!
Ouço a porta sendo destrancada.
Ela se abre um pouco e depois totalmente.-Seu amigo veio te ver!
Traicy diz isso e vai embora. E quando os olhos do Dylan me veem, ele congela. Ele está terrível!! Nem parece o mesmo Dylan.
Correndo ele tenta fechar a porta mas facilmente eu a empurro e entro no quarto.-Dylan?!
Ele não me olha nos olhos, fica encolhido no canto olhando para baixo.
-Podemos conversar por favor?!
Ele nega com a cabeça, mas eu sofri demais pra achar ele e não vou desistir tão facilmente assim.
Atravesso o quarto e pego seu pequeno rosto em minhas mãos e então beijo suavemente seus lábios.
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Distintos
RomanceSeria possível duas pessoas com personalidades totalmentes diferentes, se dar bem, ou até mesmo se apaixonar-se? Dylan é um americano órfã que foi levado para a Coreia muito jovem, porém seu jeito extremamente tímido e quieto fez com que nenhuma fam...