Finalizo meu trabalho no restaurante no sábado e pego a moto seguindo para o centro, tinha que comprar um material para uma estante em casa. O dia estava ensolarado, até meio quente. Paro no sinal na saída do bairro e olho as pessoas que atravessavam. Olho melhor pra duas pessoas atravessando. Era a loira que esteve no restaurante e a ruiva que estava com ela e também ajudei com o namorado.
- Ei! Ruiva! - chamo.
As duas olham pra trás, confusas e eu aceno. Obviamente que não me reconhecem com o capacete, então seguem reto, subindo na calçada cochichando uma com a outra. O sinal abre e eu acelero cortando na frente do carro, que buzina alto pra mim, mas nem estou ligando, apenas estaciono e desço da moto, correndo rápido na direção delas.
- Ei, espera. - falo quando mais próximos.
Ambas congelam e a ruiva já vai tirando a bolsa de lado que usava. Me toco que ainda estava com o capacete e o tiro, rindo.
- Desculpa, não vou assaltar vocês. - digo parando na frente delas.
- Você é doido ou o que? - diz a loira me olhando irritada, então para me olhando melhor - Espera, eu te conheço?
- Minha nossa! Você é o rapaz daquela noite. - a ruiva estala.
- E ai, como você está? - sorrio por ter sido reconhecido - Digo, não por agora, foi mal mesmo, não quis assustar. Quis dizer a respeito daquele dia.
- Ah, eu tô bem. - ela olha pra loira - Ele é o cara que te falei.
- Eu tô vendo. - a loira me olha dos pés a cabeça - E você atendeu a gente no restaurante na semana passada.
- Foi, eu trabalho aos sábados lá. - assinto.
- É amiga, - a loira olha pra ruiva - falei que ele tinha ficado de olho em você. Deve ter te seguido naquele dia por isso te ajudou, e hoje também, pelo visto.
Olho entre as duas, a ruiva ficando completamente sem graça e desconfortável e eu demoro um instante para sacar o que ela quis dizer.
- Ei, não. - rio nervoso - Não é isso. Aquele dia eu tinha acabado de sair do bar lá perto, e agora to saindo do trabalho, pego esse caminho pra casa.
- Você não tinha cara de quem fica sem graça. - provoca a loira.
- Deixa ele, Letícia. - pede a ruiva - Desculpa por ela. É que ela gosta de provocar os outros.
- Juro que não estou te seguindo, foi tudo uma coincidência.
- Sei. - diz a loira.
- Cala a boca. - manda a ruiva.
Rio sem graça e percebo que a abordagem não foi das melhores e que não conseguiria nada ali.
- Bom, eu só quis ter certeza que ficou tudo bem naquele dia. - falo olhando entre as duas - Er... vou indo agora.
- Tchau lindinho. - diz a loira.
- Espera. - a ruiva fala - Você tem algum compromisso agora?
A loira olha atentamente pra ela, assim como eu.
- Ahn, nada.
- Quer comer um lanche comigo? Eu pago. Como agradecimento por aquele dia.
- Você tá louca? - a loira pergunta.
- Quieta. - manda a ruiva dando um olhar de alerta pra ela.
Seguro um riso do jeito das duas que discutiam pelo olhar. Deviam ser amigas de longa data.
- Por mim tudo bem. - confirmo e espero a reação da loira.
Ela me olha nada surpresa e volta a encara a amiga.
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Um Caso de Risco
RomanceMateus trabalha para seu tio Antônio na empresa de conserto de encanamentos dele, onde uma das regras é: Não transar com a cliente. Ele seguia essa regra a risca, até conhecer Aurora, uma mulher rica e com um grande apetite sexual, que faz dele seu...