Cap. 8

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Um sábado nunca pareceu tão promissor como aquele.

Pâmela, Letícia e Daniela, todas em roupas de festa claramente caras e de deixar qualquer cara completamente caidinho. Acho que eu teria problema com caras dando encima delas, e ainda mais em os deixando afastados de Pâmela.

- Caras, essas são Letícia, Daniela e Pâmela. - indico elas e depois eles - Esses são os gêmeos, Augusto e Julio.

- Augusto e Julio? - ri Letícia.

- É, nossa mãe é bem criativa. - Augusto dá de ombro.

- Gostei. - comenta Daniela.

O olhar dela era no mínimo lascivo pra cima dos dois.

Ter os chamado foi coisa de ultima hora. Estava me arrumando quando pensei que seria legal ter uma ou duas companhias masculinas além das meninas. Não que eu não desse conta de três, mas queria poder aproveitar sem me sentir ocupado com elas. Além da conta.

- Vamos entrar vai. - diz Pâmela já virando para dentro da boate.

Era no centro, uma das boates mais badaladas e caras da cidade. Pelo que havia entendido elas conheciam o dono ou sócio e tinham entradas para a gente na faixa. Ao menos o do ingresso eu já estava economizando, o que significava mais bebida para beber.

O lugar já estava agitado, cheio de gente. Sinto uma mão na minha e noto que era Letícia me puxando pela multidão, seguindo Pâmela e Daniela que iam mais a frente. Não solto a mão da loira, apenas sigo ela e olho para trás para ter certeza que os gêmeos vinham logo atrás. Pelo olhar deles para a pista estavam gostando muito do que viam ao redor. Um mar de mulheres bonitas.

Subimos uma escadinha ficando numa parte mais alta que a pista central e percebo que aquilo era a área vip da boate. Finjo não estar impressionado, afinal as três eram bem ricas até onde eu sabia.

- Vamos começar com uma rodada de tequila? - sugere Letícia no meu ouvido.

- Por mim tudo bem, mas os gêmeos não bebem destilados.

- Vou já resolver isso. - garante ela indo até eles.

Olho aquilo com atenção, elas se aproximando e chamando os dois mais perto. Eram quase da mesma altura os três, mas os meninos aproximam o rosto dela e ouvem o que ela fala, eles trocam um olhar e assentem incertos e eu rio, porque seja lá o que ela disse pra eles, estavam bem enrascados mesmo.

- Pronto, resolvido. - diz ela passando por mim - Meninas, vou pedir uma rodada de tequila pra começar.

- Ótimo. - se anima Daniela.

- Você não tem cara de quem bebe. - comento pra ela.

- Acredite, eu não tenho cara de muita coisa.

Me abstenho de fazer algum comentário malicioso que minha mente já estava trabalhando, mas pego o olhar de Pâmela na minha direção, com pura diversão. Me aproximo dela e lhe cutuco com meu ombro.

- Ciúmes da sua amiga?

- Não. Ela não me trocaria por um encanador.

- Isso doeu. - digo tocando o coração - E eu quis dizer de mim com ela.

- Ah, isso. - ela ri balançando a cabeça - Mal nos conhecemos, Mateus. Não teria porque eu ter ciúmes de você.

- Você sabe como deixar um cara caidinho, hein.

- Eu me esforço.

Sorrimos um para o outro e Letícia volta anunciando que pediu também um balde de cerveja pra gente. Pelo visto aquelas três eram boas de bebida, e que eu estaria bem ferrado por misturar tequila com cerveja.

Um Caso de RiscoOnde histórias criam vida. Descubra agora