Cap. 12

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- Tá apaixonado, com certeza. - provoca Julio.

- É bem aquela gatinha do dia da balada. - diz Augusto.

- Calem a boca. - digo pra ambos.

- Matheus gostando de alguém? Isso é inédito. - comenta Paulo.

Suspiro. Eles iam se manter nisso independente de eu os mandar parar.

Fazia três semanas que as coisas ganharam um ritmo. Aurora não me chamou semana passada, a faculdade finalmente tinha começado com os trabalhos e eu vinha dedicando todo meu tempo livre a eles, praticamente, mas quando podia Pâmela e eu sempre nos encontrávamos, ou trocávamos mensagem. E nesse momento era por isso que os caras estavam pegando no meu pé.

- Isso me lembra, que a amiga dela é bem gostosa. - comenta Julio.

- Achei que ainda se falassem. - olho pra ele.

- Esqueci de pegar o numero dela antes que fosse embora. - dá de ombros - Consegue pra mim?

- Gamou foi? - debocho usando o que ele usava contra mim.

- Claro que não. - bufa e vira disfarçando.

Agora ele entra na linha de provocações dos caras.

Termino de me arrumar e vou para a faculdade, marcando de encontrar com Pâmela depois. Aproveito que Daniela iria também e dou o número que Julio pra ela ligar, caso quisesse. Ela diz que não, mas pelo sorriso de canto que deu, aposto que iria.

Eu estava tranquilo com o ritmo que as coisas estavam seguindo, era confortável ter a amizade com a Pâmela. Nos divertíamos, tanto com suas amigas quando sozinhos. As vezes ela dormia na minha casa depois que saímos para beber e nesses momentos me perguntava como podíamos só lidar com a amizade sem termos interesse um no outro.

Não que eu não enxergasse como ela era bonita e que poderia a levar para cama, mas não era como se isso fosse algo que eu realmente desejasse. Mas me pegava me perguntando se ela se sentia da mesma forma ou não, se me via apenas como amigo.

Ver Aurora depois de uma semana sem contato com ela foi estranho. Era mais do mesmo e isso parecia estar me fazendo perder o interesse nela. Já não me sinto animado ao ver sua mensagem e quando chego na sua casa me sinto mais interessado em provocar a sua empregada gordinha do que chegar no quarto dela.

Deixo ela fazer o que quer comigo, montar, cavalgar, rebolar e quando goza só me visto sem fazer questão de ter gozado. Aurora me olha por um tempo enquanto coloca seu quimono, finjo que não noto o olhar dela, mas estou bem ciente dele enquanto visto minha calça e camisa.

- Há algo errado? - ela indaga.

- Não. - nem me digno a olhar para ela, apenas sento e calço meus sapatos.

- Tem certeza?

Finalmente a olho enquanto amarro o cadarço.

- Porque acha que tem algo errado?

- Você esteve tão comportado hoje.

- Achei que era assim que queria que eu me comportasse.

Ela não responde, apenas toma fôlego e me dispensa indo para o banheiro. Eu realmente não entendia essa mulher, e já nem fazia questão de entender.

•••

Chego em casa e após um banho vou preparar um miojo. Vejo uma mensagem de Pâmela perguntando o que faríamos no fim de semana.

M - Tenho jogo com uns amigos no domingo.

P - Posso ir ver?

Penso sobre isso um instante. Não sei se seria interessante para ela ir, mas como havia algumas meninas dos caras lá, ela aparece depois de um momento poderia ser legal.

Um Caso de RiscoOnde histórias criam vida. Descubra agora