Após terminar os sanduíches e beber mais uma caneca de chopp, estávamos ambos leves, e ela tinha o riso mais fácil.
- Vou pedir a conta. - falo pra ela quando termino meu copo.
- Eu pago. - ela anuncia rápido.
- Tem certeza disso? Podemos dividir. - sugiro.
Eu era acostumado a ter mulheres pagando pra mim, mas de alguma forma me incomodava um pouco alguém novo como ela querendo isso.
- Eu te convidei para isso. É meu agradecimento por ter ajudado naquele dia.
- Tudo bem então. - pego minha carteira após chamar o garçom e estendo uma parte do valor - Aqui, vou aceitar só os chopp como pagamento.
- Você é do tipo teimoso, não? - protesta sem nem tocar no dinheiro.
- Não, só do tipo que sente pena de ver uma mulher pagando a conta.
- Em outras palavras, machista.
Rio e dou de ombros.
- Se prefere assim, pode ser.
Ela morde o lábio segurando o riso e o garçom aparece com a comanda. Ela paga tudo no cartão e pega meu dinheiro fazendo uma careta pra mim, que rio achando bonitinha. Levantamos e saímos.
- Quer que eu te leve em casa? - indago.
- Não, eu vou trabalhar agora.
- Nesse estado? - olho surpreso.
- Não vai ser a primeira vez, te garanto. - ela ri.
- Você é mesmo uma rebelde. - provoco e estendo o capacete extra pra ela - Aqui.
- Não precisa, vou andando.
- Eu te deixo lá.
- É aqui perto a escola. Vou andando que ajuda a sair mais do álcool do corpo.
- Tem certeza? - ela assente então guardo o capacete.
- Foi divertido. - diz por fim.
- Sim foi. Podemos repetir. - olho pra ela enquanto subo na moto.
- Me fala teu numero. - ela já puxa o celular.
Falo pra ela, que anota e então me dá um toque, e também salvo o número dela.
- Até outro dia. - falo pra ela.
- Tchau.
Ela acena e espera eu sair do estacionamento. Olho pra um instante mais então ganho a rua, me sentindo mal por ter que ir embora.
•••
Passei o resto do dia pensando sobre Pâmela e seu jeito. Não digo que não ficaria com ela, era bonita, não podia se negar, mas algo em seu jeito me fazia querer a tratar mais do que apenas uma garota que normalmente levaria para a cama uma vez.
Domingo sai para jogar bola com uns colegar. Paulo e Antônio estavam juntos. Era um time de pelada que se reunia pelo menos um domingo no mês para comer carne assada, tomar cerveja, jogar bola e falar merda, mesmo que a mulher da maioria estivesse presente.
- E ai, Mateus, - indaga Jonas - Como vai o ramo de pegar coras?
Estávamos mexendo na churrasqueira enquanto nosso time não voltava pro campo. Eramos, junto com Antônio, os únicos solteiros do grupo, o que era bom, afinal só tinha os dois para falar sobre minhas conquistas sem ofender a mulher de alguém.
- Na mesma. Essas semana conheci uma ai, mas ela é meio estranha.
- Como assim?
- Ela só gosta de ficar por cima.
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Um Caso de Risco
RomanceMateus trabalha para seu tio Antônio na empresa de conserto de encanamentos dele, onde uma das regras é: Não transar com a cliente. Ele seguia essa regra a risca, até conhecer Aurora, uma mulher rica e com um grande apetite sexual, que faz dele seu...